January 6th, 2012 was the first time I saw Angolan musicians perform a concert outside of Luanda. Kalaf, Conductor, DJ Riot and J-Wow, the latter two from Portugal, came to New York's Bowery Ballroom and I was there to see them with a huge Angolan flag and several of my closest friends. We got right up to the stage and must of been among the loudest fans - we kept calling out to Conductor and Kalaf and they kept coming over to shake our hands. I had never been to a Buraka concert before and it was one of the funnest times I've had at a live music show. The audience - a mix of Portuguese, Brazilian, African and of course American fans - was in a mood to party and dance, and the dance floor was as eclectic as it was electric. Blaya, the female member of the band, doesn't seem to have actual limbs, such was the way she moved - and she made sure the audience was on their feet as well.
As an Angolan it was an admittedly surreal experience having people grab the Angolan flag and know exactly what it was, in downtown New York City. It was surreal seeing Conductor,
who I interviewed back in 2010 and who I first heard about as one of the producers of MCK's first CD, shake up a crowd in New York. From complete obscurity to being recognized and applauded worldwide. My usual experience here when people ask where I was from has been blank stares...this was the first time I rolled into a concert venue with an Angolan flag and people gave me high fives. As for the music, it's one thing listening to Komba on your stereo, and another hearing the album's song live. Here is Candonga, my favorite jam on the album.
Candonga
Dia 6 de Janeiro de 2012 foi a primeira vez que vi músicos angolanos a actuarem fora de Luanda. O Kalaf, Conductor, DJ Riot e J-Wow (os últimos dois são portugueses) vieram ao Bowery Ballroom em Nova Iorque e eu estive lá para os ver actuar. Trouxe comigo uma bandeira angolana de considerável tamanho e alguns dos meus amigos mais chegados. Conseguimos nos situar mesmo ao pé do palco e acho mesmo que fomos os fãs que mais gritavam (e talvez os mais chatos!). Chamamos incansávelmente pelo Kalaf e o Conductor e eles sempre a virem ter connosco para nos saudarem...nunca estive num show dos Buraka mas posso dizer sem papas na língua que foi um dos shows mais divertidos da minha vida. O público era maioritariamente português, brasileiro, africano, e claro, americano, e todos estavam armados em dançarinos. Foi bonito ver. O cenário estava montado: era tão ecléctico como eléctrico. Blaya, cantora que canta com os Buraka, parece não ter ossos no corpo dela, tal era a maneira que se contorcia. E fez questão de pôr todo mundo a saltar...
Como angolano, foi uma experiência surreal ouvir kuduro ao vivo em Nova Iorque, a ver gente a agarrar na minha bandeira angolana e a saltitar com ela. Foi surreal ver o Conductor,
que entrevistei em 2010, e cujo nome ouvi pela primeira vez como um dos productores do primeiro CD do MCK, a fazer saltitar o público de Nova Iorque. Foi de obscuridade total a um gajo que é apreciado por onde vai no mundo. Nestas bandas, quando alguém me pergunta de onde sou e eu respondo, estou habituado a me deparar com um olhar totalmente esquisito, como se eu tivera inventado algo de outro mundo. Esta foi a primeira vez que fui a um concerto cá nos states com uma bandeira mangope e todos sabiam o que era. E para terminar, uma dica: uma coisa é ouvir o álbum Komba no teu stéreo, outra é ouvir e dançar as músicas ao vivo. Acima está Candonga, a minha música preferida do puro disco.