Wednesday, April 29, 2009

Lura

LuraThe picture above captures Lura’s riveting beauty and the self-contained but exuberant passion she has for her music, all in a moment of quiet, serene exaltation. She was born in Lisbon but both her parents hail from Cape Verde, as her father is from Santiago island and her mother from São Nicolau. Lura has come a long way since her days as one of Cesária Évora’s backup singers and dancers. The sensual diva first caught the attention of Évora’s producer José da Silva after she sang duets with Lusophone music heavyweights such as Bonga and Tito Paris, since a voice like hers is hard to keep quiet. Da Silva produced her musical debut, Di Korpo Ku Alma, which features Na Ri Na, one of her most famous songs. But the songs featured here are from her sophomore effort, M’Bem di Fora, featuring a more mature, more liberated Lura. Steeped in her parents’ preferred rhythms of funana and batuque, M’Bem di Fora is self-consciously Cape Verdean, an aural journey through the archipelago, very reminiscent of Mayra Andrade. The title track is my favorite song of hers, sang with Zeca Nha Reinalda, one of Cape Verde’s most well known artists. Fitiço di Funana is not far behind, a beautiful funana track that tests your resolve to not dance.

M'Bem di Fora
Fitico di Funana

Lura é linda. A foto acima captura a sua beleza natural, serena, num momento silencioso de exaltação e paixão pela sua música, a prenda que ela deu ao mundo. Nasceu em Lisboa de pais Cabo Verdeanos, o pai da ilha de Santiago e a mãe de São Nicolau. Ja percorreu um longo caminho desde os tempos em que era bailarina de Cesária Évora. Foi descoberta pelo productor de Cesária, um tal de José da Silva, que descobriu a sua voz única após participações dela em músicas do São Tomense Juka, do Bonga, e do Tito Paris. É díficil uma voz destas ficar na obscuridade por muito tempo, e não tardou nada até que Lura fizesse o seu primeiro album com José da Silva intitulado Di Korpo Ku Alma, que contém a canção Na Ri Na, a mais conhecida dela. Mas os sons destacados aqui são do seu segundo album M’Bem di Fora, em que Lura está mais solta e consciente das suas reais capacidades. As suas canções fazem lembrar Mayra Andrade, da forma que nos transportam ao arquipélago Cabo Verdeano. A canção com o mesmo nome do album é a minha preferida dela, cantada com o grande Zeca Nha Reinalda. Fitiço di Funana não fica muito longe atrás – é um funana daqueles que não vale ficar sentado e não dançar. Mesmo sem saber como.

- Photo by Africolor

Lura on Myspace
Lura's website

Monday, April 27, 2009

Monica Freire

Monica Freire
Monica Freire is a free spirit, a globe trotter, and her music reflects that. Born in Bahía, Brazil of Syrian-Lebanese, African, Portuguese, and indigenous ancestry, she started singing at 15 and before long established herself as the premiere singer for the Carnaval troupe Bloco Pinel, the same troupe where Brazilian MPB superstar Daniela Mercury started out. Monica’s next stop was St. Martin in the Caribbean, where she stayed for a few months, and then southern France, where she arrived by boat from the Caribbean and stayed for a couple of years, absorbing the musical culture of the land. Next in her itinerary was Japan, where Monica became a star of sorts, releasing an eponymous debut that was the best selling world music album in that country for that year. But it was in Montreal where Monica established and honed her distinctive sound, where she matured into the singer, songwriter, and guitarist she is today. It’s where she opened for Cesária Évora for the Montreal International Jazz Festival. Breathy, easy-going summer sounds like the ones in the song Ressonancia de Schuman are featured in her latest album Na Laje, but the real jewel here is Do Outro Lado, a simple, laid back melody showcasing her beautiful voice and an acoustic. It’s all you need.

Do Outro Lado
Ressonancia de Schumann

Monica Freire é um espírito livre, uma viajante por natureza. É Bahiana mas tem sangue africano, syrio-libanes, português, e ate índio nas suas veias. Começou a cantar aos 15 anos e aos 18 ja cantava para a turma de carnaval Bloco Pinel, a mesma turma onde a Daniela Mercury se tornou uma estrela da MPB. Pelos proximos anos Monica passou por St. Martin nas Caraíbas, onde ficou uns meses, e depois apanahou um barco para o sul de França, onde se instalou por uns anos e bebeu da cultura musical daquleas belas paisagens. No Japão, a sua próxima paragem, a cantora participou em vários festivais de música e completou o seu primeiro album, Monica, que foi o album mais vendido de world music em 1996. Mas foi em Montreal que a Monica aperfeiçoou a sua música e desenvolveu ao potencial os seus talentos como cantora, compositora, e guitarrista. Foi em Montreal onde ela abriu por Cesária Évora no Festival Internacional de Jazz de Montreal. Melodias simples e refrescantes como o som Ressonancia de Schuman são destacadas no album Na Laje, o último que ela lançou, mas a verdadeira jóia aqui está na canção Do Outro Lado...é só Monica Freire, a sua voz aconchegante, uma guitarra acústica, e pouco mais.

- Photo by Handfielddesign

Monica Freire's Myspace

'Nossa Musica' à procura de novos talentos

Kaysha no Club Luanda
A produtora musical angolana Nossa Música, Lda. solicitou a colaboração deste blogue para uma maior divulgação do projecto que eles desenvolvem: a procura de novos talentos musicais, algo fora do comum. A Nossa Música pretende descobrir novos talentos no mercado lusófono e tranformá-las em vozes credíveis de sucesso. Estás interessado/a? Parece estar ao teu alcance? Então clica aqui e faz um download do documento word para mais informações.

- Photo by Kaysha

Sunday, April 26, 2009

Roberto Carlos, o Rei

Roberto CarlosO Rei. The King. Zunga. Roberto Carlos goes by several nicknames, all of which imply greatness and glory. The highest selling Latin-American artist in history, he is to Brazil what his idol Elvis was to the USA, and he was very much inspired by the hip swinging musician. He’s the type of artist that defines a generation, having pioneered the Brazilian pop rock movement of the late 50’s and throughout the 60’s, and has had a career that has spanned 50 years (completed this past April 19) and over 100 million records. The songs in his 1966 album Roberto Carlos – Eu Te Darei o Céu are pure rock and roll, written in the cusp of the rock movement to the delirium of his Jovem Guarda fan base, comprised of the younger generation that yearned for the rock and roll sounds they heard coming from England and the States. He has since gone romantic and toned down his sound for an older audience. Nevertheless, I blasted this album as I drove through the streets this bright sunny morning as I was very much in the mood for some boogie woogie retro funk, much to the curious/annoyed glances of people who just didn’t understand. Negro Gato and o Génio are class acts, exactly what I needed. The King lives on!

Negro Gato
O Genio

O Rei. Zunga. O Rei da MPB. O Rei da Juventude. Roberto Carlos tem várias alcunhas, todas elas insunuando glórias e conquistas. Ele conquistou o coração de milhares de Brasileiros e não só, e é o artista latino-americano e brasileiro com mais discos vendidos de todos os tempos. É para o Brasil e o mundo lusófono o que Elvis foi para América, e inspirou-se muito no modo de ser do Rei Americano. Zunga é o tipo de cantor que define uma geraçao inteira, e foi ele o pioneiro do movimento rock brasileiro e da MPB (música popular brasileira) durante os anos 50 e 60. Este passado dia 19 Zunga completou 50 anos de carreira, com a cifra exorbitante de mais de 100 milhoes de discos vendidos. As músicas do album Roberto Carlos – Eu te Darei o Cé são rock & roll puro, escritos naquele época que a Jovem Guarda brasileira respirava e delirava com o rock que ouviam de Inglaterra e os States. Desde lá, Roberto Carlos virou um romântico de primeira e agora faz sons para uma audiência mais madura, mas mesmo assim continua sendo o icône da música brasileira. E mesmo assim, como apetecia-me um boogie woogie retro funk nesta manhã super ensolarada, peguei no album Eu Te Darei o Céu e meti-o a alto volume no carro, ignorando os olhares curiosos/chateados de alguns motoristas que não percebiam patavina nenhuma de grandes sons como Negro Gato e Génio. A Zungueira continua!

Roberto Carlos - Eu Te Darei o Ceu on Amazon
Roberto Carlos Official Page

Thursday, April 23, 2009

Dulce Pontes

Dulce PontesShe is without doubt one of Portugal’s most successful and respected singers, and one of the most talented, soulful fado artists to ever grace us with her music. Dulce Pontes conveys through her music the nuances of what it means to be and feel Portuguese, and the music she writes is melancholic and deeply emotional. But Dulce, ever the experimenter, doesn’t just do fado – she also composes pop songs, classical ballads, and other forms of Portuguese folk music. She will inevitably be compared to Amália Rodrigues, Portugal’s queen of fado and most loved singer, but Dulce Pontes is a highly creative musician that, while clearly inspired by Rodrigues, has put her own (sizable) stamp on fado and contemporary Portuguese music. Featured here are two excellent tracks from one of her earlier albums, Caminhos. Fado Portugues is a great introduction to the kind of fado she composes, and the range of her exquisite voice. Mãe Preta is an African-influenced rendition about a slave mother who must care for her white master’s child while watching her loved one get whipped by his owner. It is Dulce's reinterpretation of a Duo Ouro Negro classic.

Fado Portugues
Mae Preta

É sem dúvida uma das cantoras mais respeitadas do mundo lusófono, e uma das artistas de fado mais respeitadas pelo mundo afora. Por vida da paixão com que ela canta o fado, ela transmite-nos o seu prazer em ser portuguesa, e a música que ela cria é repleta de melancolia e emoção. Mas Dulce não canta somente o fado...também compõe canções em estilo pop, clássico, e outros tipos de música portuguesa contemporânea. Com certeza que será comparada à muito amada Amália Rodigures, a rainha do fado. Mas, Dulce Pontes é uma cantora ùnica e muito criativa, e a música que ela cria tem as mesmas qualidades. Pode ser inspirada por Amália, mas a música dela é impar. Estão aqui destacadas duas excelentes canções do album Caminhos, um album que ja faz 11 anos desde que foi lançado. A primeira, Fado Portugues, é uma excelente introdução ao estilo de fado que Dulce canta, e Mãe Preta, musica famosa de Duo Ouro Negro, é uma história comovente melhor contada por ela própria

- Photo by Desi Estevez

Dulce Pontes

One Month of Caipirinhas

Caiprinha LoungeToday marks the one month anniversary since the day Fernanda Porto first graced your ear drums with her sexy downtempo tracks, adding more flavor to the caipirinha in your hand. Or is it the other way around? It has been one month of music from all corners of the globe that speak Portuguese, from Paulo Flores in Luanda to Dili All-Stars in Timor to Terrakota in Lisbon to Mundo Livre S/A in the streets of Recife to Eneida in Bissau to Mayra in Cape Verde. I hope you've enjoyed yourselves so far, and will keep coming back for more!

Faz hoje um més desde que Fernanda Porto delicious-nos com as suas canções perfeitas para o fim do dia, caipirinha na mão. Faz hoje um més desde que começou a viagem pelo melhor que ha de música pelo mundo lusofono afora, desde Paulo Flores em Luanda aos Dili All-Stars em Timor aos Terrakota em Lisboa aos Mundo Livre S/A das ruas de Recife à Eneida em Bissau e Mayra Andrade em Cabo Verde. Espero que tenham gostado e que voltem sempre!

- Photo by BogusBrazilian

Eneida Marta

Eneida MartaAnother gem from the sands of Guinea Bissau, Eneida Marta’s soothing music is a far cry from the current plight of her homeland and makes you wonder if the people driving Guinea into abject strife know that such poignant beauty is created in their own country. Calm and confident, Eneida’s voice travels along a background of acoustic guitar and water drums, reminiscent of her compatriots Bidinte and Manecas Costa and very similar to Cesária Évora’s brand of morna. A great example is N’pirdi Coragem, sung in Guinean Creole, a simple stripped down number prominently featuring her voice and the ever-present guitar. Na Bu Mons is a bit more mellow and haunting, but with a lifting chorus where a deep male voice is the perfect accompaniment to Marta’s.

N'Pirdi Coragem
Na Bu Mons

Mais uma jóia musical das terras de Guiné Bissau, a música calmante de Eneida Marta é um antídoto as notícias de sofrimento e pobreza que nos chegam sempre daquelas paragens. Até faz-nos pensar, será que os que arrastam a Guiné para o lado errado da história têm conhecimento da beleza aural que é criada naquele país? Relaxade e comovente, a voz de Eneida Marta soa lindamente sobre as guitarras e batuques d’água, como uma espécie de versão feminina de Bidinte e Manecas Costa. Até faz lembrar os mornas de Cesária Évora. Um belo exemplo é N’pirdi Coragem, cantado em creole, um arranjo musical simples em que a sua voz e a guitarra acústica são as principais personagems. Em Na Bu Mons, uma canção linda, o coro é cantado por Eneida e uma voz masculina grossa, fazendo uma parceria perfeita.

Eneida Marta on Griot Sound
Eneida Marta's Myspace

Sunday, April 19, 2009

Caipirinha Lounge Cinema: Origins of Kuduro

The video is in Portuguese, but you'll get the gist of things.

The creation of Kuduro by Tony Amado

Caipirinha Lounge Cinema: Sound of Kuduro

Featuring DJ Znobia, one of the greatest Angolan DJs and major contributor to the kuduro scene.

Buraka Som Sistema

Buraka Som SistemaThis isn't really news...Buraka Som Sistema have been rocking out Europe for the better part of two years. But it has been two days since they came to the US and rocked out Coachella (Pics here) in LA, California. As an Angolan, I am extremely proud to see kuduro taking the world by storm. Most Angolans always felt like kuduro would eventually get big; we dreamt of it being played in clubs from Osaka to Stockholm. Seeing the reality of Buraka propagating Luanda's most intense rhythm the world over is thus very special. Witnessing a dream become reality is always an intense feeling - Buraka have played in Osaka and Stockholm to enormous success.

Frequently described as a Portuguese group, its main creative force is our known Conductor, perhaps the best producer Angola has seen. Other members of the group include Rui Pité (DJ Riot), João Barbosa (Lil John) and Kalaf. While their sound is not strictly kuduro, as they have meshed it more Western rhythms such as house and techno, it is nonetheless a riotous, frenzied dance rhythm that could only have been inspired in the slums of Luanda. Here are two of the tracks that have been instrumental to their career and made bodies around the world pulsate with rhythm: Yah! and Sound of Kuduro, featuring MIA of Paper Planes fame. Yah! is from their first album, From Buraka to the World, and is featured here because it put them on the map. Sound of Kuduro is from their latest album, Black Diamond, and is here because a) it’s my favorite song of theirs; b) because it helped consolidate their position as one of the premier world dance music acts of recent times. Long live kuduro!

For a comparison with straight up kuduro without Buraka gloss, check out these tunes, and watch this video.

Yah!
Sound of Kuduro

Eles ja não são notícia. Ja fizeram vibrar uma grande parte do mundo com os seu kuduro único, com aquele ritmo que podia ser criado no frenezim luandense, porque só aquela confusão pode criar música deste tipo. Mas faz hoje dois dias que este grupo levou o Coachella ao auge e introduziu o kuduro ao público de Los Angeles (Pics aqui). Sinto que é o começo de algo grande. Como angolano, estou extremamante orgulhoso de ver uma criação nossa espalhada e aceite pelo mundo afora. Muitos angolanos sempre sentiram que o kuduro era maior que nós, que um dia ia tocar em discotecas e concertos desde Osaka a Stockholm. Ver este sonho ser tornado realidade é uma coisa impressionante. Os Buraka ja fizeram japoneses em Osaka vibrar com o kuduro, e fizeram o mesmo em Stockholm.

Descritos como um grupo português, a fonte de inspiração do grupo é angolana e tem um nome: Conductor. Talvez o melhor productor que Angola ja viu nascer, o homem juntou-se com Rui Pité (DJ Riot), João Barbosa (Lil John) e Kalaf. O som de Buraka não é kuduro simples do estilo Os Lambas, ja que os Buraka mistura o kuduro com ritmos tais como house e techno. Mesmo assim, é um ritmo cheio de energia e quase impossível de se ouvir sentado e quieto. Aqui estão duas das músicas mais importantes da sua carreira: Yah!, do seu primeiro album From Buraka to the World, que os ajudou a sair do anonimato, e Sound of Kuduro com MIA, do seu segundo album Black Diamond, que os tornou ainda mais conhecidos e aceits no mundo de música de dança. Viva o kuduro!

Para escutar aquele kuduro puro so produzido em Luanda, uma viagem ao youtube vem mesmo a calhar. E este video é impriscindível

- Photo by Haaland

Buraka.tv
Buraka Som Sistema Myspace

Friday, April 17, 2009

Katia B

Katia BAiry vocals, soft sounds, and jazzy arrangements make Katia B a late night chanteuse par excellence. While not relying on production as much as Ive Mendes, and with a voice not quite like that of Bebel Gilberto, Katia offers us a unique combination of those two, and may remind you more of the latter than the former. But her type of sound stands out on its own and conjures images of smoky lounges and after-hours drinks. Or maybe that’s just me…I’m never quite sure. Descontrole, featuring JR Tostoi, is a moody number and has echoes of Jazzinho, while Are You Sleeping, a beautiful song sung in English, is distinctly Katia B and no one else. She croons sensually against the backdrop of confident piano strokes. Parece Mentira, perhaps her most famous song, can be heard here.

Descontrole
Are You Sleeping

Vocais leves, sons em tons suaves, e insinuações de jazz fazem de Katia B uma cantora perfeita para deliciar os seus ouvidos em altas horas, naquele período aconchegante pòs-jantar mas pre-cama, quando todos os convidados já se foram embora e so estas tu e a/o dama/o. Ela Usa menos instrumentos que Ive Mendes e faz lembrar Bebel Gilberto, e a sua música tem certas características das duas artistas mencionadas acima. Não obstante, sua música é única.Descontrole, come JR Tostoi, tem ecos de Jazzinho, mas Are You Sleeping, cantado em inglês, é o meu tema preferido dela, uma canção doce, sensual. Por ultimo, Parece Mentira, talvez a sua canção mais conhecida, pode ser ouvida aqui.

- Photo by Katia B

Katia B
Katia B on Myspace

Tuesday, April 14, 2009

Paulo Flores: An Introduction

Paulo FloresEvery country has that type of singer that perfectly captures the mood of a time in history, of an entire generation, and creates just the right type of music with just the right type of message, containing certain nuances that only his native audience can fully appreciate. Brazil has Caetano Veloso, Djavan, and others, the US has Billy Joel and Bob Dylan, Angola has Paulo Flores.

His music of choice is semba, but Paulo also dabbles in kizomba and other native Angolan genres. With a calm, emotive voice, Paulo’s songs deal with the Angolan day to day and are at times intensely political, especially when he talks about corruption and the daily grind of living in Angola. At other times they are apolitical, beautifully written ballads like the three tracks featured here, two of which are from earlier works of his written in the early 90s. Cabelos da Moda is a humorous semba in which he talks about how women in Angola dig white-haired men, and Canto a Solta is a bare, bilingual roots reggae track in which he lays naked the pain he feels about his cousin’s passing.

Cabelos da Moda
Canto a Solta

Cada país tem aquele tipo de cantor que captura por completo os sentimentos de uma geração e um povo, a sua maneira de ser, e a sua identidade, e cria a música perfeita com a mensagem perfeita contendo certas piadas e situações que só este povo compreendiría. Brazil tem o seu Djavan, o Caetano Veloso, e outros, os americanos têm o Billy Joel, o Bob Dylan, e os angolanos têm o Paulo Flores. Somos nós o povo dele.

O seu estilo de música de eleição é o semba, mas ele também canta umas kizombas bem feitas. Tem uma voz calma e emocionada, uma voz que fala do quotidiano angolano de tal forma que só um amante do país consegue. Muitas das vezes as suas letras são políticas ou falam de algum tema social, e outras vezes são lindas canções sem temas políticos como as duas expostas aqui. Uma delas, Cabelos da Moda, é dos anos 90, e Canto a Solta é de um cd mais recente intitulado Recompasso. Cabelos da Moda, o meu som preferido dele, é um semba engraçado e nos dias de hoje o seu conteúdo até pode ser verdade! Por último, Canto a Solta é um reggae puro, angolanizado e triste em que Paulo Flores fala da dor em perder um primo seu.

- Photo by Egeac.pt

Paulo Flores at Last.fm

Caipirinha Lounge Cinema: Terrakota

Here is the quirky, stylistic video for Terrakota's É Verdade, featuring Buraka's Conductor and Ikonoklasta.



Eis o video do som É Verdade pelos Terrakota, com participações do Conductor e do Ikonoklasta. O vídeo é um pouco diferente do que estam habituados...mas o que esperariam deles?!

Terrakota


Intoxicatingly African, joyously upbeat, refreshingly intelligent. Such is Terrakota, a Portuguese band that might as well be Malian, fronted by an exquisite Angolan beauty that might as well be Nubian. Comprised of seven members including the Angolan lead vocalist Romi Anauel, the Portuguese Junior who plays, among other things, the ballafon and the djembe, and his countryman Nataniel, who also plays a variety of West-African instruments, Terrakota produces a sound steeped in Afro-beat but inspired by reggae. Three of the band’s members spent several years studying African percussion and instrumentality, complementing their studies with a 3 month stint spent traveling throughout Burkina Faso, Senegal, and Mali. Their music speaks for itself, retaining the political, incisive lyrics of classic reggae and the high energy of afro-beat. It is as if Manu Chao and his Mano Negra collective finally met their match from across the Atlantic.

In the three great tracks featured here, off their newest release titled Oba Train, Caipirinha Lounge veteran Ikonoklasta features in two of them (E Verdade, Ekuality is Kuality), adding some Portuguese lyrics to songs sung in English and Mandingo. Oba Train is an infectious rhythm championing African self reliance, while the catchy É Verdade, also featuring Buraka Som Sistema’s Conductor is a witty exposé of our gullible culture. Ekuality is Kuality is an epic song that requires 8 minutes of your attention but is worth every one.

Oba Train
E Verdade
Ekuality is Kuality

Entusiasmadamente Africano, ebuliente, refrescante e inteligente. Enrolo me em palavras tentando descrever o som mexido dos Terrakota enquanto eles furam-me os tímpanos pelos headphones e eu tento em vão manter-me quieto. Tente imaginar uma banda portuguesa que tem um som maliano, em que a vocalista principal é angolana mas que fala mandingo. Se é díficil conceber, é porque a única banda que tem estas qualidades é esta, e se ainda não ouviste, não saberás do que falo. Composto por sete pessoas, incluindo a angolana Romi Anauel e os portugueses Junior e Nataniel, que, por acaso, tocam perfeitamente o ballafon e o djembe, dois instrumentos Africanos, os Terrakota produzem um som distintamente afro-beat mas decididamente inspirado no reggae.

Três dos membros do grupo estudaram percurssão africana durante alguns anos, e viajaram por três meses por Burkina Faso, Mali e Senegal aperfeiçoando as suas técnicas e bebendo as experiências e os ensinamentos dos mestres que encontravam pelo caminho. Eis o resultado. A sua música contém o aroma e a energia do afro-beat, misturado com a política e espírito de revolução característico do reggae. Foi como se Manu Chao e a sua banda Mano Negra finalmente encontraram a sua versão africana.

Das três canções aqui expostas, pertencentes ao seu mais novo album Oba Train, o ja conhecido Ikonoklasta voca em duas delas. Uma delas chama-se É Verdade, onde ele voca com o Conductor, que começou como rapper mas agora é kudurista dos Buraka Som Sistema. A outra é Ekuality is Kuality, uma canção que dura 8 minutos mas onde cada minuto vale a pena.

- Photo by Terrakota

Terrakota on Myspace

Caipirinha Lounge Cinema: Dili Allstars

In the ‘About Caipirinha Lounge’ section in the upper right hand corner I wrote that I intend to host music from all Portuguese-speaking countries of the world, including Timor-Leste. You’ll notice that the ‘if I ever found music from there’ part is crossed out. Inaugurating the East Timorese contingent at Caipirinha Lounge are the Dili Allstars, a reggae/ska ensemble named after Timor's capital and made up of Australians and East Timorese exiled in Melbourne. I remember hearing a lot about Timor Leste and their leader Xanana Gusmão in 1999 when I lived in Portugal, around the same time that Timor Leste finally gained independence from Indonesia and became the first new sovereign state of the 21st century.

What I didn’t know at the time was how much the Dili Allstars contributed to the independence process, as well as the role they played in generating worldwide awareness to the plight of the East Timorese. A strongly political band, the Allstars were instrumental in garnering the mood of a people and expressing it through music. Their songs were used as inspiration in Timor’s independence struggle, and their popularity grew to the point where Xanana Gusmão joined them on stage at a concert staged in Melbourne to raise money and support for the cause of East Timorese independence. Back in 1999 their songs had to be smuggled into East Timor since it was unsafe to listen to them; today you can hear them on Youtube. Here is Increase the Peace, an infectious reggae jam from their latest EP of the same name, sung in English, Portuguese, and Tetum.



Na secção intitulada ‘About Caipirinha Lounge’, no canto superior direito deste blogue, escrevi que era minha intenção partilhar convosco a música de todos os países do mundo onde se fala português, incluindo Timor-Leste. Hoje, posso finalmente cumprir a promessa timorense. Do único país asiático onde se fala português como língua oficial vos trago os Dili Allstars (sendo Díli o nome da capital timorense), grupo de reggea/ska composto por australianos e timorenses auxilados em Melbourne. No tempo em que vivi em Portugal, nos finais da decada dos 90, falava-se imenso em Timor Leste e Xanana Gusmão. Falava-se muito menos dos Dili Allstars, mas a sua música inspirou milhares de timorenses numa das épocas mais emotivas da sua história. Foi nesta altura que ganharam a sua independência, tornando-se no primeiro país soberano formado no século 21.

Os Dili Allstars são fortemente patrióticos, e o amor deles para com Timor é evidente. São daquele tipo de banda que inspira povos inteiros e ajuda a formar uma nova identidade nacional, um pouco como fizeram os Ngola Ritmos em 1974. Tanta era a popularidade dos Allstars com o povo timorense e não só, que o próprio Xanana Gusmão subiu ao palco e cantou com eles num concerto em Melbourne. Os Allstars também têm um grande interesse em caridade, e é comum eles fazerem concertos para angariar fundos para causas socias no seu país. Em Díli em 1999 so era possível ouvi-los em cassetes clandestinas; hoje em dia podemos ver os seus vídeos no Youtube. Aqui vai Increase the Peace, um reggae mexido cantado em Portugês, Inglês, e Tetum, uma língua timorense.

Dili Allstars on Myspace

Thursday, April 9, 2009

Mayra Andrade

Mayra AndradeI don’t know what draws me to her more, her slightly raspy, beautiful voice or her stunning looks. Maybe it’s the exotic combination of the two. Mayra has the kind of voice that is perfect for starting out your day in the morning, or ending it on a quiet, sensual note at night. I was first introduced to her work by my brother on one of my trips to Angola a couple of years ago. The song he showed me was Mana, an acoustic melody that got me immediately hooked. I yearned for more and bought her whole debut album, Navega, upon returning to the States.

It was my best musical purchase of the year.

Mayra Andrade is further testament to the musical soul of Cape Verde, home of Sara Tavares, Cesária Évora, and countless others. Mayra is a bit of a globetrotter, having been born in Cuba and grown up in Senegal, Germany, Angola, and now lives in Paris, France. She started singing at a very young age and won her first international competition at the age of 16, a habit she has preserved ‘til the present day, as she also won the BBC Radio 3 Awards for World Music 2008. She sings in a variety of styles, including morna, funana, and batuque, and croons in a variety of languages, including Portuguese, creole, and French. Her album is sparsely produced, making it sound simple and intimate, with a lot of acoustic guitars, drums, and various Cape Verdean instruments. It is one of those albums in which every song is a gem in its own right, but my two favorite songs, the ones I most want to share with you, are Lapidu na Bo and Tunuka. They both highlight her intoxicating qualities as the new voice of Cabo Verde.

Lapidu Na Bo
Tunuka

Não tenho a certeza do que exactamente me atrai desta maneira a Mayra Andrade. Não sei se é a sua voz maravilhosa, única, um pouco rouca, ou a sua beleza intensa, intensamente Cabo Verdeana. Acho que é uma combinação das duas. Ela tem aquele tipo de voz que é perfeita para se ouvir demanhã num dia ensolarado, ou terminar o dia numa daquelas noites de luar com brizas suaves a arrefecer o calor do dia. A primeira vez que ouvi a sua voz foi depois de um roubo ao hard disk do laptop do meu irmão, durante umas das minhas férias à Luanda, numa tentativa de ouvir o que tinha perdido o ano anterior. Foi aí que ouvi Mana, e, estupefacto, rendido a simplicidade da guitarra, apaixonei-me por ela e a sua música. Quando regressei aos States não hesitei em comprar o album inteiro.

Foi a melhor compra musical que fiz o ano inteiro.

Mayra Andrade é mais uma prova de que Cabo Verde tem algo mágico, algo que pode criar uma Sara Tavares, uma Cesária Évora, e muitos outros. Nascida em Cuba, ela cresceu em Senegal, Alemanhã, e Angola, e agora vive em Paris. Começou a cantar numa tenra idade, tendo ganho o ser primeiro prémio internacional aos 16 anos. Hoje, é portadora do BBC Radio 3 Awards for World Music 2008. Canta em estilos diferentes, including o morna, funana, e batuque, e em línguas diferentes, como o português, crioulo, e francês. O seu album é simples e natural, ao som da guitarra acústica, o reco reco, batuques, e vários instrumentos cabo-verdeanos. É um daqueles albums em que cada música é uma delícia, mas as minhas preferidas são Lapidu na Bo e Tunuka. Duas verdadeiras jóias que exemplificam o talento musical de mais uma filha de Cabo Verde.

- Photo by Pix Gremlin

Mayra Andrade
Mayra Andrade on Myspace
Mayra Andrade's Navega Album

Da Lata

Da Lata Posters
The inherently infectious nature of Brazilian music is such that DJs and musicians the world over have fallen in love with it, remixed it, sampled it, fused it, or reinterpreted the original to create their own version of the Brazilian essence. Patrick Forge's Da Lata has done all of the above. A British collective, Da Lata is made up of Chris Franck, a multitalented instrumentalist, Lilian Chachian on most of the Portuguese vocals, and dj/producer Patrick Forge, who is a proven Latin-jazz and soul music lover. Their music is a high energy, globe-trotting soundscape of Brazilian influenced dance tracks, such as the samba flavored Afrobeat track Serious, featuring English Jazz virtuosos Bembe Segue and the Malian Mamani Keita. But Da Lata respects its Brazilian inspiration with the track Ponteio, a lively batucada that is pure Bahia.

Serious
Ponteio

A natureza reinvigorante e única da música brasileira faz com que muitos djs, productores, e músicos pelo mundo afora se apaixonem por ela, a remixam, fazem samples, misturam-na, e reinventam-a, levando-a para terras longíquas mas mantendo a sua essência brasileira. Da Lata, de Patrick Forge e companhia, é um destes grupos que reinventam a música brasilera. Baseado em Inglaterra, Da Lata é composta por Chris Franck, um instrumentalista de renome, Lilian Chachian, a voz brasileira na canção Ponteio, e o dj/productor Patrick Forge, admirador confesso de jazz latino e música soul. As suas canções são energéticas e remexidas, misturando por exemplo o Afrobeat com o samba em Serious, feito com a participação da inglesa Bembe Segue e a maliana Mamani Keita. Como sempre, Da Lata respeita a sua inspiração brazuca na música Ponteio, uma batucada que cheira a Bahía.

- Photo by vince.varga

Da Lata on Myspace
Da Lata on Amazon

Wednesday, April 8, 2009

Yola Semedo

Yola SemedoWith a throaty, strong voice steeped with soul, Yola Semedo is considered by many to have the best female voice in Angola. The native of Benguela province, scientifically proven to have the prettiest girls in the country, is an in-demand star in Angola’s music scene and has lent her voice to a wide variety of musicians such as new wave rappers, old school semba artists, and her own group Impactus 4. A singer since she was seven, Yola specializes in the Kizomba genre, and her soulful ballad Don’t Doubt, sung in English, is testament to her vocal versatility and bilingual songwriting ability. Watch out for the electric guitar about 3:30 minutes into the song. The hugely successful Sentimento Intruso has Yola Semedo serenading you in her native Portuguese, in a heartfelt kizomba perfect for the late night.

Don't Doubt
Sentimento Intruso

Com uma voz cheia, forte, mas suavemente delicada, não é à toa que muitos consideram Yola Semedo a melhor cantora angolana da actualidade. Nascida em Benguela, província esta que produz as mulheres mais lindas de Angola (facto scientificamente provado, por mim), Yola Semedo, vocalista principal do seu grupo Impactus 4, é uma cantora muito cobiçada pelos artistas músicos do país, desde rappers como Afroman até os mais conceituados sembistas da praxe. Canta desde os seus sete anos, e as suas mais belas canções são feitas em estilo kizomba, tal como Don’t Doubt, cantado em inglês e com um solo de guitarra eléctrica que põe este kizomba noutro patamar. Ja o Sentimento Intruso, que fez muito sucesso nas pistas de dança do país, é cantado em português.

- Photo by Palco Principal

Yola Semedo on Last.fm

Sunday, April 5, 2009

A Guitarra

Teresa SalgueiroThere is a common element in almost all the songs featured in this space – the acoustic guitar. Whether the song is a morna composition from Cape Verde, a gumbe ballad from Guinea Bissau, or a bossa nova inspired track from Brazil, the intricate, melodic strum of an acoustic guitar is prominent. Sharing this love for the acoustic is Madredeus, who wrote the aptly named track Guitarra as an ode to the beautiful instrument. There are two guitarists in Madredeus and the interplay they do in the beginning of the track is wonderful and stunning. Maio Maduro Maio further showcases Madredeus’ talent with the acoustic guitar, from the country where it all began.

Guitarra
Maio Maduro Maio

A guitarra acústica é um elemento principal em quase todas as canções expostas neste espaço. Seja a canção um gumbe guineense, um morna cabo verdiano, ou uma bossa nova brasileira, a guitarra acústica é uma parte integral, quase como a identidade da canção em si. A banda Madredeus parece partilhar desta linha de pensamento, e fez uma canção toda ela dedicada a este instrumento. Inteligentemente intitulada Guitarra, esta canção deliciosa contém duas guitarras brincando uma com a outra, produzindo uma bela melodia que demonstra a beleza do instrumento. Maio Maduro Maio é outro belo exemplo de como os guitarristas da Madredeus brincam com a guitarra, lembrando-nos que foi em Portugal onde nasceu a música lusófona.

*Both songs are from Madredeus' CD Ainda, featured in the film Lisbon Story

- Photo by Hansspekenbrink

Saturday, April 4, 2009

Manecas Costa

Manecas CostaWhile many people have never heard of Guinea-Bissau and cannot find it in a map, its music deserves far wider recognition. Click on Ermons di Terra and hear Manecas Costa lovingly play the acoustic guitar to a beautiful gumbe* melody replete with native Guinean sounds such as the water drum. Listen to how his soulful voice reaches out, how it yearns, how it complements the melody perfectly. His music is universal and you don’t need to understand Creole to appreciate its unique qualities. Manecas Costa is one of Guinea-Bissau’s most accomplished musicians, a master of the acoustic guitar. He has played with several notable musicians including the Angolan Waldemar Bastos, the Spaniard Jose Romero, and Sara Tavares. His lyrics usually have a social theme, dealing with the many difficulties of his country. Manecas composes, produces, and writes all his own material, and his skills are displayed to full effect on the catchy tune Fundo di Matu, a hit when it came out in Portugal, his adopted home.

Ermons di Terra
Fundo di Matu

Enquanto que ha muita gente pelo mundo afora que nunca ouviu falar de Guiné Bissau nem o consegue encontrar num mapa, a sua música merece uma consideração muito maior. Ouça a bela canção Ermons di Terra, em estilo gumbe...escute o arranjo instrumental, puramente guineense, como o batuque d’agua...escute a forma como Manecas Costa toca a guitarra amorosamente, como a voz dele soa lindamente sobre a melodia, repleta de alma e sentimento, cheia de soul. Manecas Costa é um dos embaixadores principais de música guineense, mostrando ao mundo que existe um lado belo de Guiné Bissau, londe dos assasinatos políticos que assolam a capital. Um mestre da guitarra acústica, Manecas Costa ja tocou com o conhecido Waldemar Bastos, o espanhol José Romero, e Sara Tavares. As suas letras têm um conteúdo fortemente social, descrevendo e comentando sobre o dia a dia guineenese. Ele compõe, produz, e escreve o seu próprio material, incluindo a canção Fundo di Matu, uma das suas mais conhecidas canções. Guiné Bissau pode ser um dos países mais probres do mundo, mas Manecas Costa, Bidinte, e outros fazem da sua música uma das mais ricas em África.

*Gumbe is a rhythm of song native to Guinea-Bissau

- Photo by Daniel Arantes

Manecas Costa on Amazon

Thursday, April 2, 2009

Jazzinho

Jazzinho
Jazzinho, which means Sweet Little Jazz in Portuguese, is a superb jazz and bossa ensemble made up primarily of Portuguese native Guida de Palma and the master keyboardist Michele Chiavarini. They usually have a large group of guest musicians playing everything from flutes to trombones to triangles. The sound that Jazzinho makes is nu-jazz with heavy Brazilian influences, made even more delectable by Guida de Palma’s strong, clear, wide-ranging voice. Valejou is a classic bossa influenced nu-jazz tracks with a discernible samba flavor, while Sleepwalker’s remix of Sim ou Não features two fabulous solos by Masato Nakamura on flute and Hajime Yoshizawa on piano. Midway through the track they go wild, dazzling us with a high energy delivery. It’s pure jazz, with a Brazilian edge.

Velejou
Sim Ou Não (Sleepwalker Remix)

Jazzinho é um grupo Europeu que domina por completo a arte de misturar nu-jazz com bossa nova, samba, e outros ritmos brasileiros e não só. Composo principalmente pela portuguesa Guida de Palma e o ‘keyboardista’ Michele Chiavarini, este grupo normalmente toca com uma banda ampla tocando instrumentos tão variados como o saxofone, flautas, e piano. O prazer aural que o Jazzinho produz é de outro mundo: um jazz incrível e puro, com grandes influências brasileiras, o que o torna numa coisa totalmente diferente, mas fiel aos vários estilos que os inspiram. A voz de Guida de Palma dá-lhe o toque final, como prova o som Velejou. Já o remix do Sleepwalker da música Sim ou Não contem dois fabulosos solos de Masato Nakamura na flauta e Hajim Yoshizawa no piano. Os dois ajudam a produzir um jazz no verdadeiro sentido da palavra.

- Photo: Jazzinho Poster in Bairro Alto, Lisbon by Vince Varga

Jazzinho on Myspace
Jazzinho CD

Caipirinha Lounge Cinema: Ive Mendes

I waxed lyrical about Ive Mendes' music and sensuality a week or so ago. Here is the video for Natural High, off her self-titled album. It's a visual gem, and that's all I'm going to say about it.



Escrevi sobre a música, e não só, de Ive Mendes a cerca de uma semana atrás. Aqui está o vídeo de Natural High, canção esta que aparece no seu segundo Album, Ive Mendes. Palavras para que...

Wednesday, April 1, 2009

Zuco 103

Lilian Vieira Zuco 103Based in the Netherlands but with their hearts in Brazil, Zuco 103 is a funky, quirky, diversified band that founded Brazilectro, the fusion of Brazilian rhythms with jazzy, electronica components. But they don't stop at jazz. They experiment with dub, drum'n'bass, Afro-cuban sounds, rock, reggae, and so forth. Their sound is an eclectic explosion full of soul, and Brazilian Lilian Vieira's velvety, silky voice alternates between shouts of joy and sensual crooning. This primarily Dutch band has among its ranks Stefan Kruger, on drums and Stefan Schmid, on keyboards. Tão Lonely is the right introduction to the type of groove Zuco 103 is all about, while Jussara is a beautiful, pure bossa nova track showcasing the singing abilities of Lilian Vieira and the guitar of Paul Willemsen. It's one of my favorite songs ever recorded, perfect for those after hours groove sessions.

Tão Lonely
Jussara

Baseados em Holanda mas com os seus corações no Brasil, Zuco 103 é uma banda divertida, funky, e global. Foram eles que ajudaram a fundar o Brazilectro, a combinação de ritmos brasileiros com jazz e electronica. Mas não param por aí. Também expremintam dub, drum’n’bass, música afro-cubana, rock, e reggae. O som deles é uma bela sensação aural de ritmos globais feitos mais sexy com uma dose de electronica e soul, providenciada pele magnifíca Lilian Vieira, a única brasileira do grupo. Os outros membros do Zuco 103, incluindo Stefan Kruger na percurssão e Stefan Schmid nas teclas, são holandeses. Tão Lonely é a perfeita introdução ao tipo de música produzida por este grupo, e Jussara é uma das canções mais lindas que eu jámais ouvi. Uma bossa nova pura, serena, sensual, demonstrando os talentos vocais de Lilian Vieira e a guittara de Paul Willemsen . Não sei se existe uma canção mais bela com a qual terminar o dia.

- Photo by hansspeekenbrink

Zuco 103
Zuco 103's newest CD
Myspace

Nanutu

Nanutu
Nanutu is an Angolan saxophonist that incorporates his vibrant saxophone sound into a variety of rhythms, among them kizomba and semba. The majority of his songs are purely instrumental, a la Kenny G, but with a lot more rhythm and zest. It's difficult to sit still while to his song Luandei, a semba that is the perfect soundtrack to the organized chaos, explosive sound and color, and raw energy that the streets of Luanda exude. The song Canção D'Magne is a quieter, jazzier, more relaxed tune best listened to while sipping a caipirinha in front of Luanda bay, hearing the soft lull of the waves.*
*If you don't currently find yourself in Luanda, the living room couch will do just fine.

Luandei
Canção D'Magne

Nanutu é um excelente saxofonista angolano que usa o saxofone com belo efeito nos diversos ritmos nacionais, incluindo semba e kizomba. A maioria das suas músicas são instrumentais, mas isto não tira brilho nenhum ãs suas canções. É como se o saxofone fosse uma voz em si. É um pouco complicado ficar quieto e sentado enquanto toca Luandei, o som perfeito para se apreciar o frenezim caótico, exuberante e colorido que é o dia a dia de Luanda. Ai quando entra a guitarra!... Já a Canção D’Magne é mais calma, composta, relaxada, perfeita para um pôr do sol, caipirinha na mão pois claro, na Ilha de Luanda.

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