Lovers Rock Inna Week grows with each listen. If there were any kinks in the original Inna Week album, the Gulli siblings and their many collaborators smoothed things out. The melodies are captivating, the reggaes are infectious, the bass line is sick. Helder Faradai features in several tracks and is in an inspired mood throughout; Prince Wadada is another regular on this album and is used to great effect. Marisa Gulli’s voice at first listen doesn’t seem to be anything special but I absolutely love hearing her on these reggaes, even just speaking rather than singing: on this album, Dancehall do Engate is Dub Inna Week’s Dub Safari, where she just speaks on top of the reggae beat. But the strength of this album is such that although songs like Dancehall do Engate and Meu Novo Amor (where
That honor has to go to Brown Skin Guy, Doo Doo Doo and Carta a Uma Cidade Anoitecida. The Grasspoppers released Brown Skin Guy as their single as they promoted the album, to spike people’s interest. It’s a very strong track and as the second song on the album, sets things up beautifully. The Mozambican diva Selma Uamusse, whose voice reminds me a bit of Macy Gray, is fantastic, and the chorus, which goes “secretly in love, with my best friend…” is more relatable than you’d think...
Both Doo Doo Doo and Carta a Uma Cidade Anoitecida feature an Helder Faradai in fine form. The man adds an element of quality Angolan rap on these reggae tracks that elevate them; Prince Wadada, David Cruz and Milton Gulli also add their vocals to the Doo Doo Doo and the end result is pretty damn good. Carta a Uma Cidade Anoitecida features Marisa Gulli on spoken word, and she just kills it. Helder Faradai makes an appearance towards the second half of the song. This song in particular transforms after each listen and is perhaps the album’s standout track.
I was talking (Facebook chatting) with Helder yesterday and he asked me which album I thought was better. As hard as the question is, and as much as each compilation deserves to stand on its own, the comparisons are inevitable. I have to say, though, that Lovers Rock is the better of the two. The entire album just gels together – for example, the Intro and the last song Garota are the same rhythm & beat, and when the intro starts you want it to go on for longer, only for it to stop after less than a minute. But then when Garota come on you feel rewarded, because that was such a good beat to go to waste. True, some songs don’t work as well as others – I don’t care much for Fall in Luv – but when you take into account that they cranked this out in one week, collaborating with some of the best Lusophone artists out there, it’s damn impressive. Six paragraphs later and I’m finally able to shut the hell up and give you the links (click on the link below or the image) so you can download the entire album (for free.99) and listen for yourself.
The Grasspoppers Presents: Lovers Rock Inna Week
Brown Skin Guy
Doo Doo Doo
Carta a Uma Cidade Adormecida
Logo que dei conta que o lançamento do novo álbum dos Grasspoppers, o sucessor do Dub Inna Week, era iminente, fiquei curioso em saber se conseguiriam repetir a proeza. É que o que eles fazem é impressionante: fecham-se no seu cubico em Lisboa e durante uma semana fazem o álbum inteiro, do princípio ao fim, num ambiente que deve ser propício para a criação de música de qualidade. Desta vez o tema foi o amor, e em vez de dub as melodias são de um reggae suntuoso, vivo, recheado. Depois de deixar o álbum a temperar nos molhos da minha mente, depois de o deixar penetrar pelos meus tímpanos enquanto caminhava do trabalho à casa, ou na selva do subway de Nova Iorque, do princípio ao fim, seguido ou em shuffle, sinto que já o conheço o suficiente para escrever sobre ele.
O Lover’s Rock Inna Week cresce com cada audição. Das pouquissimas falhas que existiam no Dub Inna Week, os manos Gullis e os seus vários colaboradores fizeram com que não restasse quase nenhuma. As melodias são captivantes, os reggaes contagiantes, as bass lines um espectáculo. O Helder Faradai participa em várias faixas e estava claramente inspirado durante a gravação; o Prince Wadada é outra participação regular e benvinda neste álbum. A voz da Marisa Gulli não parece ser grande coisa em termos de timbre e técnica mas adoro ouvi-la nestes reggaes e adoro o seu jeito particular de encarar as músicas: muitas vezes ela nem canta, limita-se simplesmente a falar, a conversar com o ritmo e o ouvinte, e o efeito é excelente. Se no álbum passado ela o fez no Dub Safari, neste álbum ela o faz novamente, mas de uma forma mais sexy, no Dancehall do Engate. Fogo, também quero ser engatado assim. Mas a qualidade deste álbum é tal que grandes sons como Dancehall do Engate e Meu Novo Amor, em que o
Esta particularidade vai para Brown Skin Guy, Doo Doo Doo, e Carta a Uma Cidade Adormecida. Os Grasspoppers lançaram Brown Skin Guy como o primeiro single do álbum enquanto o promoviam, para aguçar o apetite do pessoal. Acertaram em cheio. É um som forte, e como o primeiro brinde após a intro, faz um bom papel em definir o estado de espírito do álbum. A diva moçambicana Selma Uamusse tem uma voz que causa arrepios. Faz-me lembrar a Macy Gray, e a sua pariticipação nesta música foi fantástica. O refrão, “secretly in love with my best friend...” dá que pensar…
Tanto Doo Doo Doo e Carta a Uma Cidade Anoitecida contam com a participação do Helder Faradai, que está em grande forma. O mano adiciona o elemento de rap angolano de qualidade à estas faixas de reggae, e o resultado eleva a complexidade do som; o Prince Wadada, o David Cruz e o Milton Gulli também adicionam os seus ‘vocals’ ao Doo Doo Doo e o resultado final faz desta música entre as melhores do disco. Carta a Uma Cidade Anoitecida tem a participação da Marisa Gulli em formato de spoken word, e mais uma vez a moça ‘arrebenta’ com o mambo. O Helder Faradai aparece mas pra segunda metade do som. Esta música em particular merece várias audições e é talvez a melhor do Lovers Rock.
Ontém estava a falar com o Faradai (leia-se: a conversar Facebookalmente) e ele perguntou-me qual dos dois Inna Weeks era melhor. É uma pergunta difícil de responder, e cada compilação merece ser avaliada nos seus próprios méritos. Mas as comparações são por natureza inevitáveis, e para mim o Lovers Rock é o mais completo e o melhor dos dois álbuns. Gosto da maneira que o álbum foi concebido, e dos detalhes pequenos – por exemplo, a intro começa logo com um beat muito forte mas por ser intro é bastante pequena, e pensamos logo que o beat foi sub-aproveitado; mas, quando vem Garota, a última música do disco, com o mesmo beat e ritmo, vemos que afinal o beat não foi desperdiçado. Curti este toque. E claro, algumas músicas não trabalham tão bem como outras – não achei Fall in Luv grande coisa – mas quando levamos em conta que todo este trabalho gravado numa semana, e contou com a colaboração de vários músicos lusófonos de qualidade, é um trabalho impressionante. Já vão seis parágrafos; vou mazé me calar e vos fornecer o link para fazerem o download (grátis!) do álbum (clicando abaixo ou na imagem), para que oiças por ti próprio(a). E deixo aqui também a descrição dos manos acerca da sua compilação:
The Grasspoppers Presents: Lovers Rock Inna Week
“Sim ... perdemos novamente a cabeça durante uma semana. Fechados no mesmo estúdio que no ano passado, sem nenhuma preocupação, nenhuma pressão, as mesmas bebidas, as mesmas fumaças, os mesmos instrumentos e o mesmo computador portátil! Esta vez, em vez de dub, tentámos recriar o feeling daquelas velhas canções de reggae romântico, dos anos 60 aos anos 90. Lovers Rock foi a nova tarefa e pudemos sentir o amor no ar ... o Verão estava a começar. Foi necessário muito treino para captar aquele feeling: a audição dos discos de Gregory Isaacs, Dennis Brown, Sugar Minott , Freddy Mcgregor, Johnny Osbourne, Alton Ellis, entre outros, alimentou a nossa inspiração para a semana do amor. A doce combinação de vozes de soul com basslines e ritmos de reggae foi a nossa inspiração. Soubemos imediatamente que iríamos precisar de grandes cantores que pudessem assumir o reggae romântico como o seu hábitat natural. Tivemos cantores de soul, cantores de reggae, cantores de jazz, e quando eles vieram ao estúdio, o mel gotejava do microfone enquanto a banda continuava a despejar novos riddims e idéias. Criação pura inspirada pelos grandes clássicos. Às vezes doce e romântico, às vezes sexy e provocante, eis a nossa mensagem de amor para o louco século 21.
Clica na imagem para fazer o download gratuito!!!
For free download click on the photo!!!" - The Grasspoppers
2 comments:
Fantástico!! Big Up para o Caipirinha!!!!! só uma correcção: O Meu Novo Amor é cantado pelo David Cruz e não pelo Milton Gulli.
Grato pela correção malta, estamos juntos!
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