Wednesday, August 31, 2011

Mariana Aydar

Mariana Aydar, by Khadija Alves
I found out about her and that beautiful, assured voice of hers in the most random of places: my Last.fm profile, which I visit maybe twice a month on a good month. So my ‘discovery’ of this stellar Brazilian singer was due to a bot on Last.fm telling me I might like her music. I clicked on the link and, two albums later, I owe that bot a huge thank you. Mariana Aydar is part of the resurgence of innovative MPB singers (neo MPB/nu MPB if you will?) from São Paulo of course, of the same caliber as Tulipa Ruíz, Tiê (both of who I met here in New York last week!), and Thiago Pethit, among others. We both went to uni in the same city, Boston, but that’s where our similarities end: Mariana studied cello, guitar and singing and then moved to Paris, met Seu Jorge, impressed him enough for him to have her open his shows around Europe, and thus launched a successful, rewarding career.

I got deep into Mariana’s music, and it’s hard not to. I must’ve listened to Palavras Não Faltam several times on end, eventually admitting defeat and just putting it on repeat, and each time it was a bit different, or perhaps you focus on different parts of the song. Another song I found myself listening to repeatedly was Beleza, a lovely duet she does with the beautiful and talented Mayra Andrade. I was still high on that song when I found this little treat of a video of the two of them singing Tunuka in the streets. Seeing them collaborate and make music like this together is an ode to Lusophone music. And lastly there is O Samba me Perseque, that Mariana sings with the legendary Zeca Pagodinho.

All these songs can be found in her latest album, ‘Peixes Pássaros Pessoas’. I’ve heard here and there that’s she’s planning to launch a new album, so watch her space!

Palavras não faltam
Beleza
O samba me persegue

Descobri-lhe, a ela e a sua voz, num dos sítios mais escondidos: o meu perfil do Last.fm que infelizmente visito se calhar duas vezes por més, com sorte. Lá estava o Last.fm, um robot, a me dizer que talvez gostaria das músicas de uma tal de Mariana Aydar. Carreguei no link e dois álbuns depois não tenho como me arrepender. É mais uma cantora da nova vaga do MPB (neo MPB/nu MPB...permitem-me a ousadia?), paulista pois claro, do calibre da Tulipa Ruíz, da Tiê (conheci as duas aqui em New York a semana passada!), e do Thiago Pethit. Estudamos os dois na mesma cidade, Boston, mas as nossas similaridades acabam por aí: a Mariana estudou cello, violão e canto e depois rumou para Paris, onde conheceu Seu Jorge, abriu concertos para ele, e assim lançou a sua carreira.

A sua música por vezes chega a ser hipnotizante: dei por mim a ouvir Palavras Não Faltam várias vezes seguidas, encontrando sempre nela um novo significado, algo diferente. Outra minha paixão é a música Beleza, um dueto que ela faz com uma verdadeira beleza em todos os sentidos, musicais e outrem, a Mayra Andrade. Foi por esta via que encontrei este vídeo das duas a cantar Tunuka em plena rua. Vendo-lhes a cantar e a fazer música juntas é uma homenagem ao poder da música lusófona. Deixo-vos finalmente com O Samba me Perseque, que a Mariana faz com o grande Zeca Pagodinho.

‘O samba me perseque, e eu não vou negar.’

Todas estas músicas podem ser encontradas no mais recente álbum da cantora, ‘Peixes Pássaros Pessoas’. Dizem que ela esta prestes a lançar mais um...espreitem a website dela!

AM Roots vs. Paulo Flores

Paulo Flores’ musical trilogy, Ex-Combatentes, was one of his most contemporary to date, not only due to its musical range and his use of rhythms and genres not readily utilized by the grand majority of Angolan singers, but also because renowned Lusophone artists were featured in his album. So it’s not much of a surprise that his work perked the interests of AM Roots, who’ve shown us time and again to be consumers of quality music. Fela no Marítimo da Ilha is the track they chose to remix, and it’s the band’s first remix of an Angolan song. Picking Paulo Flores was a bold choice. Click on the photo below to hear and buy the three remixes of this track off Traxsource – it’s the only place where they are available as of now. Happy listening.

A trilogia do Paulo Flores, Ex-Combatentes, foi uma das obras mais contemporânes do cantor angolano, usando diversos géneros musicais que não são muito utilizados pela grande maioria de cantores angolanos, e contou com a participação de vários músicos de renome do universo lusófono. Não é por isso de estranhar que o álbum do Paulo Flores cedo despertou as atenções dos AM Roots, que já mos mostraram serem consumidores saudáveis de música de qualidade. O remix do Fela no Marítimo da Ilha é a primeira vez que o grupo faz um remix de uma música angolana. E logo uma do Paulo Flores. Clica na foto para0 poderes ouvir e adquerir as três diferentes remixes desta track – a Traxsource é o único lugar aonde estão disponíveis de momento. Feliz escuta.

A Sonoridade da Fotografia: Massalo Photography on Caipirinha Lounge, Vol. 10*


We've reached the 10th installment of the Sonoridade da Fotografia series, which is really just an excuse for me to share with you my love of photography, in this case Massalo's, and his taste in music, which usually is quite different than mine and provides this blog with some added and always welcome aural diversity. Terence Trent D'Arby is the man whose music graces this photo, and his singing is powerful. Holding on to You will be perhaps known to any Brazilians that watched the telenovela 'A Próxima Vítima' back in 1995; for me, it provides me a window into a very talented I didn't even know existed.

Holding on to You

Chegamos à décima edição da Sonoridade da Fotografia, que na realidade é uma desculpa para eu partilhar com vocês o meu amor pela arte fotografia, neste caso as fotografias do Massalo, e os seus gostos musicais, que são algo diferentes dos meus e como tal fornecem a este blog uma mais que bem-vinda diversidade auricular. O Terence Trent D'Arby é o cantor cuja música serve como inspiração desta foto, e a sua forma de cantar é comovente. Os telespectadores mais atentos e assíduos da TV Globo talvez se lembraram desta música como fazendo parte da soundtrack da novela 'A Próxima Vítima' em 1995; para mim, é como uma janela que dá para a música de um artista que eu nem sabia que existisse.

***

*Para saber mais sobre a séria 'A Sonoridade da Fotografia' que conta com a participação do fotógrafo angolano Massalo Araújo, faça click aqui. // To learn more about the Sonoridade da Fotografia series featuring the Angolan Massalo Araújo's photography, click here.


Link to photo on Flickr
Massalo.net
Massalo on Flickr

Monday, August 29, 2011

Gone Baby, Don't Be Long

Erykah Badu, by SAPO
A sense of closure and normalcy is finally returning to the city in what was definitely the most surreal week I've experienced since moving to New York last March. An earthquake and a hurricane in a city that is not used to dealing with either left everyone in a peculiar and giddy mood; liquor stores in particular must of made a killing. I've never seen the city like I saw it this weekend though: empty streets, deserted sidewalks, boarded up shops in Williamsburg, not a person in sight in Times Square. My friend and I made a trip from Williamsburg to the city before the worst of what was then a tropical storm; there was not a single car on Williamsburg Bridge.

And while the wind (sort of) howled outside and the rain spattered my windows, with the city resembling a ghost metropolis, and because I don't live on just Lusophone music, I got reacquainted with Erykah Badu.  It's the sort of reacquainting you do with albums you haven't heard in awhile, and you discover just how good a particular record really is. New Amerykah Part Two (The Return of the Ankh) was my elixir of choice, but it is Gone Baby, Don't Be Long that really does me in. In the end, after the hurricane parties and the cavorting and the laughs, it was just Badu, and I, and Irene. Gone Baby, Don't Be Long in particular will always remind me of this natural disaster-prone week I experienced in the city.

Gone Baby, Don't Be Long

Depois de uma semana decididademente irreal, a cidade volta, aos poucos, à normalidade. Um pequeno terramoto e a forte expectativa negativa acerca do Furacão Irene fez com que Nova Iorque fosse uma cidade diferente, pelo comportamento ansioso da sua população e pelos preparativos extensivos que a cidade fez para lidar com a tempestade. As pessoas, claro, aproveitaram para festejar a sua maneira, e foram extensivas as 'hurricane parties' á volta da cidade. Creio que as vendas de alcoól foram motivos de muitos sorrisos entre os comerciantes! Brincadeira à parte, nunca vi a cidade como a vi este fim se semana: ruas e ruelas completamente desertas, estradas sem carros, passeios sem gente, enfim, a cidade que nunca dorme transformou-se numa cidade ás moscas. Difícilmente se vê Nova Iorque assim. Eu e um amigo, ao vermos que a intensidade do furação afinal já não era grande coisa por estas bandas, decidimos sair de Williamsburg em Brooklyn e ir para Manhattan onde moro; o carro onde estavamos era o único na ponte de Williamburg, e a vista para a cidade no meio de nuvens carregadas, névua e um sossego jamais visto foi um cenário que guardarei na memória.

Já posto na minha casa, e enquanto o vento cantava lá fora e os céus descarregavam baldes de água sobre uma cidade deserta, e porque este homem não vive só de música lusófona, reapaixonei-me pela Erykah Badu. É o tipo de apaixonamento que acontece quando não ouvimos um determinado CD por largos meses, e ao ouvi-lo depois de tanto tempo descobres afinal quão bom ele realmente é. Foi esta a minha relação com o álbum New Amerykah Part Two (The Return of the Ankh), e em particular o 'brinde' Gone Baby, Don't Be Long. Acaba comigo. E foi assim que no fim de tudo, após as hurricane parties, as risadas e as estórias todas, eramos só eu, a Badu, e a Irene. Gone Baby, Don't Be Long sempre me recordará da semana em que presenciei um terramoto e um furacão nesta grande cidade onde moro.

New Amerykah Part Two on Amazon

Wednesday, August 17, 2011

Começa hoje o Festival Ritek Paredes de Coura


Começou hoje em Portugal o festival Paredes de Coura (um dos maiores festivais de música, principalmente rock, da Europa), que este ano tem a particularidade de ser patrocinada pela Ritek, empresa angolana que também organiza o Luanda International Jazz Festival. Entre os conhecidos do Lounge que irão actuar, destaque para Orelha Negra. Segue o programa e um vídeo promocional:


The Paredes de Coura Festival, one of the biggest open-air rock festivals in Europe, began today in Portugal. This year’s edition is a bit more special because its main sponsor is Ritek, the Angolan company that’s in charge of the Luanda International Jazz Festival. Among the festival’s many performers is Orelha Negra, which has been featured at least twice here in the Lounge.

Monday, August 15, 2011

Caipirinha Lounge Cinema: Memórias do Luanda Jazz Festival 2010

Curtam este pequeno vídeo mostrando o que foi alegria do Luanda Jazz Festival do princípio ao fim, incluindo imagens das workshops, montagem do local do evento, e etc.

This little video captures the energy and expectations surrounding last year's Luanda Jazz Festival, including footage of the workshops, setting up of the event space, and more.


Source: www.luandajazzfest.com

(A qualidade não é das melhores / Image quality is a bit low)

Friday, August 12, 2011

The Grasspoppers Presents: Lovers Rock Inna Week

As soon as I heard that The Grasspoppers were releasing the successor to Dub Inna Week, continuing with the theme of creating an album from start to finish in the space of one week while proverbially locked in their studios in Lisbon, I was curious to see if they could top their first effort. The successor, Lovers Rock Inna Week, takes the original concept but adds a different theme: love. Thus all the songs on Lovers Rock are about love and lust, set to sumptuous reggae beats. After letting the album marinate in my soul and soak into my eardrums for the last couple of days, listening to it to and from work, dissecting it, listening to it from start to finish and then on shuffle, I feel like I’m finally ready to write about it.

Lovers Rock Inna Week grows with each listen. If there were any kinks in the original Inna Week album, the Gulli siblings and their many collaborators smoothed things out. The melodies are captivating, the reggaes are infectious, the bass line is sick. Helder Faradai features in several tracks and is in an inspired mood throughout; Prince Wadada is another regular on this album and is used to great effect. Marisa Gulli’s voice at first listen doesn’t seem to be anything special but I absolutely love hearing her on these reggaes, even just speaking rather than singing: on this album, Dancehall do Engate is Dub Inna Week’s Dub Safari, where she just speaks on top of the reggae beat. But the strength of this album is such that although songs like Dancehall do Engate and Meu Novo Amor (where Milton Gulli Daniel Cruz sings) are among my preferred jams, they’re not even among the three songs featured here.

That honor has to go to Brown Skin Guy, Doo Doo Doo and Carta a Uma Cidade Anoitecida. The Grasspoppers released Brown Skin Guy as their single as they promoted the album, to spike people’s interest. It’s a very strong track and as the second song on the album, sets things up beautifully. The Mozambican diva Selma Uamusse, whose voice reminds me a bit of Macy Gray, is fantastic, and the chorus, which goes “secretly in love, with my best friend…” is more relatable than you’d think...

Both Doo Doo Doo and Carta a Uma Cidade Anoitecida feature an Helder Faradai in fine form. The man adds an element of quality Angolan rap on these reggae tracks that elevate them; Prince Wadada, David Cruz and Milton Gulli also add their vocals to the Doo Doo Doo and the end result is pretty damn good. Carta a Uma Cidade Anoitecida features Marisa Gulli on spoken word, and she just kills it. Helder Faradai makes an appearance towards the second half of the song. This song in particular transforms after each listen and is perhaps the album’s standout track.

I was talking (Facebook chatting) with Helder yesterday and he asked me which album I thought was better. As hard as the question is, and as much as each compilation deserves to stand on its own, the comparisons are inevitable. I have to say, though, that Lovers Rock is the better of the two. The entire album just gels together – for example, the Intro and the last song Garota are the same rhythm & beat, and when the intro starts you want it to go on for longer, only for it to stop after less than a minute. But then when Garota come on you feel rewarded, because that was such a good beat to go to waste. True, some songs don’t work as well as others – I don’t care much for Fall in Luv – but when you take into account that they cranked this out in one week, collaborating with some of the best Lusophone artists out there, it’s damn impressive. Six paragraphs later and I’m finally able to shut the hell up and give you the links (click on the link below or the image) so you can download the entire album (for free.99) and listen for yourself.

The Grasspoppers Presents: Lovers Rock Inna Week

Brown Skin Guy
Doo Doo Doo
Carta a Uma Cidade Adormecida

Logo que dei conta que o lançamento do novo álbum dos Grasspoppers, o sucessor do Dub Inna Week, era iminente, fiquei curioso em saber se conseguiriam repetir a proeza. É que o que eles fazem é impressionante: fecham-se no seu cubico em Lisboa e durante uma semana fazem o álbum inteiro, do princípio ao fim, num ambiente que deve ser propício para a criação de música de qualidade. Desta vez o tema foi o amor, e em vez de dub as melodias são de um reggae suntuoso, vivo, recheado. Depois de deixar o álbum a temperar nos molhos da minha mente, depois de o deixar penetrar pelos meus tímpanos enquanto caminhava do trabalho à casa, ou na selva do subway de Nova Iorque, do princípio ao fim, seguido ou em shuffle, sinto que já o conheço o suficiente para escrever sobre ele.

O Lover’s Rock Inna Week cresce com cada audição. Das pouquissimas falhas que existiam no Dub Inna Week, os manos Gullis e os seus vários colaboradores fizeram com que não restasse quase nenhuma. As melodias são captivantes, os reggaes contagiantes, as bass lines um espectáculo. O Helder Faradai participa em várias faixas e estava claramente inspirado durante a gravação; o Prince Wadada é outra participação regular e benvinda neste álbum. A voz da Marisa Gulli não parece ser grande coisa em termos de timbre e técnica mas adoro ouvi-la nestes reggaes e adoro o seu jeito particular de encarar as músicas: muitas vezes ela nem canta, limita-se simplesmente a falar, a conversar com o ritmo e o ouvinte, e o efeito é excelente. Se no álbum passado ela o fez no Dub Safari, neste álbum ela o faz novamente, mas de uma forma mais sexy, no Dancehall do Engate. Fogo, também quero ser engatado assim. Mas a qualidade deste álbum é tal que grandes sons como Dancehall do Engate e Meu Novo Amor, em que o Milton Daniel Cruz canta, nem estão entre as minhas três músics preferidas.

Esta particularidade vai para Brown Skin Guy, Doo Doo Doo, e Carta a Uma Cidade Adormecida. Os Grasspoppers lançaram Brown Skin Guy como o primeiro single do álbum enquanto o promoviam, para aguçar o apetite do pessoal. Acertaram em cheio. É um som forte, e como o primeiro brinde após a intro, faz um bom papel em definir o estado de espírito do álbum. A diva moçambicana Selma Uamusse tem uma voz que causa arrepios. Faz-me lembrar a Macy Gray, e a sua pariticipação nesta música foi fantástica. O refrão, “secretly in love with my best friend...” dá que pensar…

Tanto Doo Doo Doo e Carta a Uma Cidade Anoitecida contam com a participação do Helder Faradai, que está em grande forma. O mano adiciona o elemento de rap angolano de qualidade à estas faixas de reggae, e o resultado eleva a complexidade do som; o Prince Wadada, o David Cruz e o Milton Gulli também adicionam os seus ‘vocals’ ao Doo Doo Doo e o resultado final faz desta música entre as melhores do disco. Carta a Uma Cidade Anoitecida tem a participação da Marisa Gulli em formato de spoken word, e mais uma vez a moça ‘arrebenta’ com o mambo. O Helder Faradai aparece mas pra segunda metade do som. Esta música em particular merece várias audições e é talvez a melhor do Lovers Rock.

Ontém estava a falar com o Faradai (leia-se: a conversar Facebookalmente) e ele perguntou-me qual dos dois Inna Weeks era melhor. É uma pergunta difícil de responder, e cada compilação merece ser avaliada nos seus próprios méritos. Mas as comparações são por natureza inevitáveis, e para mim o Lovers Rock é o mais completo e o melhor dos dois álbuns. Gosto da maneira que o álbum foi concebido, e dos detalhes pequenos – por exemplo, a intro começa logo com um beat muito forte mas por ser intro é bastante pequena, e pensamos logo que o beat foi sub-aproveitado; mas, quando vem Garota, a última música do disco, com o mesmo beat e ritmo, vemos que afinal o beat não foi desperdiçado. Curti este toque. E claro, algumas músicas não trabalham tão bem como outras – não achei Fall in Luv grande coisa – mas quando levamos em conta que todo este trabalho gravado numa semana, e contou com a colaboração de vários músicos lusófonos de qualidade, é um trabalho impressionante. Já vão seis parágrafos; vou mazé me calar e vos fornecer o link para fazerem o download (grátis!) do álbum (clicando abaixo ou na imagem), para que oiças por ti próprio(a). E deixo aqui também a descrição dos manos acerca da sua compilação:

The Grasspoppers Presents: Lovers Rock Inna Week

“Sim ... perdemos novamente a cabeça durante uma semana. Fechados no mesmo estúdio que no ano passado, sem nenhuma preocupação, nenhuma pressão, as mesmas bebidas, as mesmas fumaças, os mesmos instrumentos e o mesmo computador portátil! Esta vez, em vez de dub, tentámos recriar o feeling daquelas velhas canções de reggae romântico, dos anos 60 aos anos 90. Lovers Rock foi a nova tarefa e pudemos sentir o amor no ar ... o Verão estava a começar. Foi necessário muito treino para captar aquele feeling: a audição dos discos de Gregory Isaacs, Dennis Brown, Sugar Minott , Freddy Mcgregor, Johnny Osbourne, Alton Ellis, entre outros, alimentou a nossa inspiração para a semana do amor. A doce combinação de vozes de soul com basslines e ritmos de reggae foi a nossa inspiração. Soubemos imediatamente que iríamos precisar de grandes cantores que pudessem assumir o reggae romântico como o seu hábitat natural. Tivemos cantores de soul, cantores de reggae, cantores de jazz, e quando eles vieram ao estúdio, o mel gotejava do microfone enquanto a banda continuava a despejar novos riddims e idéias. Criação pura inspirada pelos grandes clássicos. Às vezes doce e romântico, às vezes sexy e provocante, eis a nossa mensagem de amor para o louco século 21.

Clica na imagem para fazer o download gratuito!!!


For free download click on the photo!!!" - The Grasspoppers

Thursday, August 11, 2011

A Coruja e o Coração, by Tiê


Tiê is among my favorite musical discoveries of this year. I fell in love not only with her music but with her the manner with which she approaches her music, the honesty and introspection of her lyrics, and the intimate nature with which she invites us to share her compositions. So I was quite excited to hear her sophomore album, A Coruja e o Coração. However I have to say that after several listens I wasn’t quite as impressed; the magic of Sweet Jardim just wasn’t there for me. Perhaps it was always going to be an uphill battle to surpass Sweet Jardim, an album I hold in very high esteem. Nevertheless A Coruja e a Coração is a good album and it’s very accessible, it just lacks that extra ingredient that made Sweet Jardim so special. You don’t find in it any songs with the caliber of Assinado Eu or A Bailarina e o Astronauta. Among the standout songs in her second album is her rendition of Mapa Mundi, which Tiago Pethit sings here, and Te Mereço, which is her song Te Valorizo from her first album but with different lyrics. Good songs, good album, but not the same musical greatness, the same breath of fresh air that was Sweet Jardim.

Mapa Mundi
Te Mereço

A Tiê foi uma das minhas descobertas preferidas este ano. Apaixonei-me não só pela sua música mas também pela sua forma cantar, o teor franco e honesto das suas letras, e a intimidade com que ela nos convida a partilhar o seu mundo através das suas composições. Foi então com muito prazer e ansiedade em mistura que obtive o seu segundo CD, A Coruja e o Coração. Devo confessar, porém, que após várias audições não sinto a mesma magia do Sweet Jardim, um álbum quase perfeto que em abono da verdade seria bastante difícil de superar. Contudo, A Coruja e o Coração é um álbum alegre e acessível, recheado de boas canções. Só não encontras músicas do calibre de Assinado Eu ou A Bailarina e o Astronauta. Entre as músicas que achei interessante neste segundo álbum está a versão Tiê de Mapa Mundi, cuja versão Tiago Pethit os leitores podem escutar aqui, e Te Mereço, feito à semelhança de Te Valorizo do primeiro disco da Tiê. Enfim, músicas doces, mas não tão doces quanto o melaço auricular que foi Sweet Jardim.

Caipirinha Lounge Apoia: Triângulo, O Novo Projecto da Geração 80





Recebi hoje este email interessante do amigo Mário Bastos e achei importante divulgar:

Olá,

A Geração 80 está neste momento a preparar mais um projecto inovador e gostaria de contar com a tua ajuda para encontrar possíveis candidatos para o triângulo que estamos a montar em conjunto com Portugal (Vende-se Filmes e Buála) e Brasil (Primo Filmes e tás a ver?).

Triângulo é um documentário (75′) sobre a nova imigração que, nos últimos anos, tem vindo a se estabelecer entre as cidades de Lisboa, Rio de Janeiro e Luanda. Trata-se de uma coprodução entre Angola, Portugal e Brasil composta por três histórias de meia hora cada assinadas por um jovem realizador de cada país.

As três cidades serão apresentadas ao espectador a partir de um (ou mais) imigrantes: um angolano no Rio, um brasileiro em Lisboa, uma portuguesa em Luanda. O espectador percorre cada uma das cidades por meio de histórias de imigrantes. Fixando-se no país estrangeiro, estas pessoas defrontam-se com preconceitos, burocracias e mal-entendidos. Descobrem o outro lado de mitos como o sonho europeu, o novo eldorado africano ou um Brasil só de festa e samba. Descobrem também novas identidades, reconhecem traços culturais e fortalecem cumplicidades. Triângulo vai abordar o estado da relação amorosa entre Portugal – Angola – Brasil, que comunicam na mesma língua mas nem sempre se entendem.


COMO PODES AJUDAR ESTE PROJECTO?

Para a parte Angolana, a produtora Geração 80 resolveu explorar o universo feminino da recém emigrante portuguesa em Luanda, queremos tirá-la da rota típica do expatriado e descobrirmos em conjunto a Luanda do outro lado de lá, mesmo ali ao lado.

Se conheces ou és uma emigrante portuguesa ( entre os 20 e 40 anos) recém chegada a Luanda (nem que seja há um ano ou alguém que venha a Luanda de x em x tempos em trabalhos de consultoria) e estás interessada em partilhar a tua experiência / pontos de vistas, contacta-nos! Mesmo que não estejas interessada em partilhar a tua experiência em frente a câmara, escreve e manda para nós pois também vai ajudar nos muito no nosso trabalho de pesquisa.

Mário Bastos (Realizador): mbastos@geracao-80.com / +244 923 34 44 09
Jorge Cohen (Produtor): jcohen@geracao-80.com / +244 923 33 09 55


Aquele abraço e contamos com o teu apoio!


Mário Bastos

Monday, August 8, 2011

Caipirinha Lounge Cinema: Mariana Aydar e Mayra Andrade cantam Tunuka


Mariana Aydar brevemente no Lounge...por agora, tenha uma feliz noite de domingo e que venha a próxima semana.

Mariana Aydar will soon be featured here in the Lounge...for now, have a nice Sunday night and here's to you having a nice week ahead.

Saturday, August 6, 2011

A Sonoridade da Fotografia: Massalo Photography on Caipirinha Lounge, Vol. 9*


It's one of my favorite photos by Massalo, and the song he chose is quite moving as well. As is usually the case with the Sonoridade da Fotografia series, it's a chance for me to hear music by a band or musician that I'm not familiar with, as Massalo and I have quite eclectic musical tastes that don't converge often. On that note, I'm off to find out more about Antony and the Johnsons...

Thank you for your love

É uma das minhas fotografias preferidas do catálogo do Massalo, e a música que a acompanha é comovente. Como normalmente sucede com esta série da Sonoridade da Fotografia, é uma chance para eu ouvir música de uma banda ou cantor(a) que não conheço, já que os nossos gostos musicais são bastante eclécticos e nem sempre iguais. Falando nisso, vou agora saber mais sobre Antony and the Johnsons...

***

*Para saber mais sobre a séria 'A Sonoridade da Fotografia' que conta com a participação do fotógrafo angolano Massalo Araújo, faça click aqui. // To learn more about the Sonoridade da Fotografia series featuring the Angolan Massalo Araújo's photography, click here.


Link to photo on Flickr
Massalo.net
Massalo on Flickr

Thursday, August 4, 2011

Caipirinha Lounge Jazz Sessions: M Sta Li Ma Bo, by Carmen Souza

Carmen Souza, by Rigas Ritmi Festival
Some albums get better with age, and Protegid by Carmen Souza is one of them. It’s the type of album that evolves with time (or maybe it’s you that’s evolving?), where the first listen is markedly different than the fifth, or the tenth, and so on. A couple of days ago I was relaxing at home when M sta li ma bo came on; although I had listened to it before, this time it seemed changed somehow. It fit my mood and my disposition perfectly, as great music always tends to do when played at the right times. I ended up listening to the entire album again, relishing its new flavor. As Protegid’s first track, M sta li ma bo is a fitting opener to a stellar album.

M sta li ma bo

Alguns álbuns amadurecem com o tempo, e Protegid, da luso-caboverdiana Carmen Souza, é um deles. É o tipo de álbum que evolve com o tempo (ou somos nós que evoluimos?), o tipo de álbum em que a primeira audição é deveras diferente da quinta, ou da décima, e por aí em diante. Uns dias atrás estava a relaxar em casa quando da aparelhagem surgiu M sta li ma bo; já o tinha escutado antes mais desta vez algo era diferente, melhor, mais doce. Mais em sintonia com a minha disposição actual. Acabei por ouvir o álbum por completo, outra vez, deliciando-me com o seu novo sabor. Como a primeira faixa de Protegid, M sta li ma bo é a abertura certa para um álbum lindo.

Aza-Leaks esta quinta-feira no Gil Vicente Café Bar

Wednesday, August 3, 2011

Wyza e Dão no Elinga, 4/8/2011


O Elinga diz:

Fusão Musical @ Elinga Wyza & Dão
Quinta-Feira |04 | 08 | ‘11
Hora | 22h00 – 23h30
Ingressos:
Artistas & Estudantes|1000 kz
Público em Geral | 1500 kz

Aproveitando a estadia do musico brasileiro Dão representante do black music da Bahia, que veio a Luanda interagir com musicos locais e gravar o seu novo video clip da canção Alem Mar, com a participação especial do musico angolano Wyza, a Maianga Films & a Mano a Mano Produções aproveitam esta oportunidade para oferecer ao público a oportunidade de assistir um espetáculo de qualidade internacional numa fusão de estilos musicais que vão desde a Kilapanga ao Samba-Rock passando pelo Soul, Reggae, e o Funk.

Wyza & Dão serão aconpanhados pelos seguintes instrumentistas:
Tedy Nsingui | Guitarra | Banda Movimento
Ben Joli | Baixo | Jovens do Prenda
Armando Gobliss | Teclas | Free Band
Gabriel | Bateria |The King’s
Chico Santos | Percusão | Banda Maravilha

Portanto, para os amantes de boa musica, um espetáculo a não perder.

Até Elinga

Info Line | 923 82 46 18

Tuesday, August 2, 2011

Caipirinha Lounge Cinema: A Minha Geração, by Azagaia ft. Ras Haitrm

Enjoy this lyrically intense new release by Mozambican rapper Azagaia, who was jailed over the weekend by Maputo police officers but has since been released. As always, the lyrics are politically incorrect and inconvenient for politicians. Azagaia at his best.

Eis o novo vídeo do rapper moçambicano Azagaia, feito à sua maneira, com as líricas e atitude com que ele nos habituou. Foi preso em Maputo no fim de semana mas felizmente já foi posto em liberdade. Como sempre, a letra desta música fala sobre verdades inconvenientes. Afinal de contas, o mano Azagaia nunca teve papas na língua.




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