Friday, May 25, 2012

Caipirinha Lounge Apoia: TEDxLuanda - Nós Amanhã



É já amanhã!

Dia 26 de Maio, pela primeira vez em Angola. É um evento a não perder. Todas as informações no site: www.tedxluanda.com

Wednesday, May 9, 2012

"O álbum começa no domingo e termina no sábado": Parte II

Today we continue our aural trek through MC Katrogipolongopongo's (didn't you always wonder what the K stood for?) latest album. Regular readers will know that I've previously posted the albums second track, 5 Anos de Ausência, on this space. So we'll move on to the next two: Por de Trás do Pano, featuring Beto de Almeida and Ângela Ferrão, and Teologia da Prosperidade.

This isn't the first time that Beto de Almeida and MCK have collaborated, but every time they do, it's brilliant. In Kapa's previous album, Nutrição Espiritual, the fruit of their work was lead single Atrâs do Prejuízo; this time it's Por de Trás do Pano. Beto de Almeida's voice is very distinct and easily recognizable; the contrast between his melodic voice and MCK's steady delivery is used to nice effect. So to is his use of a native Angolan language, which, shamefully, I do not understand. One of the things that sets MCK apart from the rest is the nationality of his rap: it's distinctly Angolan, samples Angolan music, and uses Angolan languages.

Teologia da Prosperidade is one of the weaker songs on this album, however. I'm not saying its a bad rap - the beat's there, the delivery is what we've come to expect, and the message (MCK likens the Church to a multinational corporation, more concerned with profits than with theology) is on point - but after two or three listens the chorus starts to grate on my ears. You might get a different reaction than me, though; in Portuguese we have a saying, os gostos não se discutem, lamentam-se. Ask your Portuguese-speaking friend what that means.

Bonus Track
Speaking of Beto de Almeida...by now, you've probably realized that I'll use this short little MCK series to go off on tangents remotely related to his music...speaking of Beto de Almeida, he has recently decided to try his hand in afro-house, lending his voice to the song Balumuka, that is all the rage in Luanda. Have a listen below.

Por de Trás do Pano
Teologia da Prosperidade

Bonus Track:
Balumuka

Hoje continuamos a nossa viagem sonora pelo mais novo álbum do MC Katrogipolongopongo. Os mais atentos sabem que a segunda faixa do disco, 5 Anos de Ausência, já foi antes aqui postada. Por isso passemos para as duas seguintes: Por de Trás do Pano, que teve a participação do Beto de Almeida e a Ângela Ferrão, e Teologia da Prosperidade.

Não é a primeira vez que o Beto de Almeida e o MCK colaboram numa música, mas cada vez que o fazem, o resultado é sempre fantástico. No disco Nutrição Espiritual, o fruto da colaboração foi Atrás do Prejuízo; desta vez é Por de Trás do Pano. A voz do Beto de Almeida é distinta e fácilmente reconhecível; o contraste que a melodia e o timbre da sua voz fazem com o flow do rap do Kapa é usado para belo efeito, e a letra em língua nacional (vergonhasamente, não sei qual) do kota Beto é uma das facetas do rap do Katro que se destingue dos demais rappers em Angola: é orgulhosamente nacional, e eu gosto.

Já Teologia da Prosperidade é um dos brindes que menos gosto no álbum, mas não quero com isso dizer que é mau, antes pelo contrário. O beat está sebem, o flow e a mensagem da música estão em dia (para os mais religiosos e para os que acham que a Igreja às vezes se comporta mais como uma multinacional), mas depois de duas ou três audições o refrão começa a irritar. Mas como diz o ditado, os gostos não se discutem, lamentam-se!

Bonus Track
Falando em Beto de Almeida....já devem ter reparado que usarei esta pequena série para postar músicas ou artistas com a mais ténue relação com o Kapa. Na edição passada foi a música que ele usou para a intro....desta vez....falando em Beto de Almeida! Não é que agora o kota decidiu também emprestar a sua voz ao afro-house? Os residentes de Luanda que certamente conhecem o Balumuka; já os meus irmãos espalhados pelo mundo lusófono talvez não. Fiquem então com esta bonus track, este afro-house que estremeceu Luanda.

"O álbum começa no domingo e termina no sábado" - Parte I

Tuesday, May 8, 2012

Caipirinha Lounge Cinema: Kubiko Unplugged Episode 2 - Aline Frazão

I waited up for this. Fresh off the press from Geração 80. // Madruguei à espera disso. Directamente da Geração 80:
O segundo episódio da web series, KUBIKO UNPLUGGED, tem como convidada ALINE FRAZÃO. Uma artista que acabou de lançar o seu primeiro disco, CLAVE BANTU, que já deixou marca em alguns palcos internacionais pela sonoridade única que criou inspirada nas suas viagens e origens.

Monday, May 7, 2012

Late Nite Lounge Vol. 41 - O Mambo, by Coca o FSM feat. Nikolas

Sunday night. New York. The city is calmer, more subdued. The relative quiet is pierced by the occasional honk, probably one of the many taxis speeding by outside; at this hour they are not as frustrated and rushed as they are during the day. The tea cup is almost done...my bed beckons. Outside, the buildings sparkle; the sky is clear but you rarely see starts in this city.

Inside, this is playing...

O Mambo

Domingo à noite. Nova Iorque. A cidade está mais calma, mais sossegada. São raras as buzinas dos taxis, que a esta hora já não estão tão apressados como ficam durante o dia. A chávena de chá já está quase no fim...a cama me chama. Amanhã é segunda, dia de trabalho. Lá fora, os prédios brilham; o céu está limpo, mas dificilmente vêm-se estrelas nesta cidade.

Cá dentro, toca isto....

"O álbum começa no domingo e termina no sábado."

Translated, it means "the album starts on Sunday and ends on Saturday". It wasn't me who said it, it was MCK, right at the intro. That's exactly what we'll do here at the Lounge: during this upcoming week until Saturday, I will post a couple of songs from MCK's latest album, Proíbido Ouvir Isso, as a way to celebrate an artist whose work I admire. It wasn't too long ago that MCK was distributing his albums on an underground network via his trusted friends because he thought it too unsafe to show his face in public; today, he has become so much more than a hip-hop artists, and those who have followed his journey know that well. Proíbido Ouvir Isso has been playing on my iPod, in my house, on the way to work, for weeks now...around here, it's everything but proíbido (prohibited).

Today, we'll start at the beginning: the intro, Fogo Amigo. The first time I heard it, what touched me the most, besides MCK's words of wisdom with which he traditionally starts his albums, was the song he covered. That guitar, the lamenting chorus: "na kaminho di luta..." Who was that? Which song is that? It didn't take long to find out. One quick question to a friend, who turns out was the guy who actually suggested the song to MCK, and I found out who the owner of that voice was. It was none other than the great Zé Manel, one of Guinea-Bissau's most celebrated musicians, there to remind us that there is actually more than coup d'etats and narcotrafficking in that failed state. They still make beautiful music there. The song is called Na Kaminho di Luta and you can find it on the Maron di Mar album, available for download on Amazon. It's an extraordinary song, incredibly haunting; I found myself listening to it again and again, trying to understand Zé Manel's creole poetry. Press play and listen for yourself - both MCK's intro and the song that inspired it. Thank you, Zé Manel.

Fogo Amigo
Na Kaminho di Luta

Não fui eu que disse, foi o Katro! Logo na intro. É exatamente o que farei aqui no Lounge durante a próxima semana: cada dia irei postar músicas do álbum Proíbido Ouvir Isso, como celebração do trabalho de um cantor que admiro. Aliás, há muito que o MCK deixou de ser somente um cantor, e os que conhecem o seu trajecto sabem-no perfeitamente. Proíbido Ouvir Isso tem tocado no iPod, em casa, ao caminho do salo...nestas bandas, é tudo menos proíbido.

Hoje, comecemos pela intro, Fogo Amigo. A primeira vez que a ouvi, o que me tocou mais, para além das sempre sábias palavras com as quais o Katro já nos habituou nas intros dos seus álbuns, foi a música do fundo. Aquela guitarra, aquele refrão, que quase parece um choro: "na kaminho di luta..." Não foi preciso muita pesquisa para conhecer a fonte: bastou uma pergunta bem colocada a um amigo, por sinal o mesmo que sugeriu a música ao Kapa, para saber de quem era esta linda música. Nada mais nada menos que o grande Zé Manel, músico consagrado do nosso país irmão, aquele que está sempre em sofrimento, a Guiné Bissau. Ainda se faz música de qualidade naquele país. A música chama-se Na Kaminho di Luta e faz parte do álbum Maron di Mar (que pode ser downloadado no Amazon). É uma canção extraordinária, comovente, um lamento; dou por mim a ouvi-la várias vezes, a tentar compreender o crioulo do kota Zé Manel. Vá-la, carrega no play e aprecia tanto a intro como a sua fonte de inspiração. Obrigado, Zé Manel.


No sofa da sala todos são críticos
Na rua é só sim chefe;
No trabalho é só sim chefe;
No partido é só sim chefe.

O Kapa do cacimbo é o mesmo do verão...
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