Friday, October 14, 2011

Proibido Ouvir Isso: O Regresso do MCK // MCK's Return

This has been a long time in the making. The Lounge has been dormant for some time but these fresh, characteristically brilliant and irreverent MCK tracks shook me from my lack of time/writer's block/lethargy/what have you. If the excuse was lack of time...MCK, I'll make time for you.

It's been 5 years since MCK's last album, 'Nutrição Espiritual'. On 12 December 2011, the man is releasing his newest effort, 'Proibido Ouvir Isso' (translation: 'Listening to this is Prohibited). I still remember the first time I heard MCK - we were staying in my aunt's house in Luanda and my brother Paulo gave me his headphones so I could listen to "this cool new rapper that speaks the truth". At the time, my knowledge of rap consisted of SSP and their "Essa Keta me Mata", but my brother's tastes at that time were already in Black Company territory. Since then, MCK has been my among my favorite lusophone rappers and his voice has always been one of reason, no matter the threats he received, Cherokee's death, boycotts on Angola's radio stations (apparently playing MCK's music is subversive behavior) and the like. Nonetheless, he's stayed true to himself, and these latest efforts are a testament to that. And there's no reason to suspect that he's been out of form, because if his participation on Kid MC's O Porquê da Investida, he's as good as ever.

Below you have two single's that he's dropped in anticipation of his album release. A lot has happened in Angola over the last 5 years, and especially over the last 6 months, and it's evident on MCK's lyrics. '5 Anos de Ausência' chronicles the reasons for his absence and significant political events of the past 5 years, while my favorite, 'Nomes, rimas e palavras', is an intricate wordplay describing the power plays and the behing the scenes realities of Luandan politics. Can't wait for 18/12/2011.

5 Anos de Ausência
Nomes, rimas e palavras

Demorou mas foi. O Lounge tem estado desligado estes últimos dias mas estes novos brindes característicamente brilhantes e irreverentes do mano Kapa acordaram-me da soneca musical e mandaram para longe a minha "falta de tempo". Se a desculpa era falta de tempo, então, MCK, eu faço tempo pra ti.

Já lá vão 5 anos desde o último álbum do MCK, o 'Nutrição Espiritual'. No dia 12 de Dezembro deste ano ele lançará a sua mais recente obra de arte, 'Proíbido Ouvir Isso'. Nos dias de hoje em Angola, este título faz todo o sentido. Ainda me lembro da primeira vez que escutei o MCK: foi na casa da minha tia, em Luanda, e o meu irmão mais velho Paulo foi o 'autor do crime', ao me dar os headphones para eu ouvir 'Topikos pro artigo'. "Ouve esse mambo, esse gajo fala a verdade", disse o meu irmão. Ou pelo menos disse algo nestas linhas. Naquela algura o único "rap" que ouvia era "Essa Keta me Mata" dos SSP e coisas do género; já o meu irmão estava em andanças muito mais avançadas e já ouvia Black Company. Desde a primeira vez que o ouvi que o Kapa acabou comigo. Desde lá, tem sido um dos meus rappers lusófonos preferidos, sempre fiel a si mesmo não obstante as ameaças, a morte do Cherokee, os boicotes nas rádios angolanas, e por aí em diante. Nestas músicas é possível ouvir a sua honestidade intelectual. E nem há porquê pensar que o seu nível como rapper baixou...basta ouvir a parte dele no 'O Porquê da Investida' do Kid MC para perceber que o homem está em forma, melhor que nunca.

Acima estão dois dos singles do novo álbum do Katro. Muito tem acontecido em Angola nos últimos 5 anos (e ainda mais nos últimos seis meses) e as letras dele refletem isso. Não me irei alongar sobre isso, porque as músicas cantam por si. Basta carregar no play no '5 Anos de Ausência' para perceber do que falo. Mas a minha preferida das duas é mesmo 'Nomes, rimas e palavras', onde o Kapa literalmente brinca com os nomes dos nossos 'governantes' como se de uma bola se tratasse. A linha do Capapinha, da Espírito Santo, enfim, o homem é um poeta. E a última dica..."são poucos tipos que eu tiro o boné /  um desses sobreviventes é William Tonet." Mesmo a calhar...

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