Carmen Souza’s music is not of the Lura or Sara Tavares variety really; rather, it’s an artful blend of traditional Cape Verdean rhythms with contemporary jazz and an intimate acoustic element. For me, Carmen’s music wasn’t immediately catchy but rather aged beautifully after repeated listening. Her tracks are sometimes bare but arrestingly complex, simple but with a surprising depth, mostly supplied by her deep, earthy voice. Her track Afrika (from her 2nd album, Verdade) is a case in point – at first it shows characteristics of traditional Cape Verdean music a la Mayra Andrade, but instead Carmen’s voice lightly flirts with the instruments and never takes over the song, almost teasing us. And midway through, the track devolves into a sound that is distinctly jazz influenced but not quite so, enough that you can still say, yes, Carmen is Cape Verdean. Ind’Feso, also from Verdade, is another favorite of mine, and in it you can hear Carmen hit low and high notes among the backdrop of the batuques we have come to expect from those islands, expertly provided by her Mozambican percussionist Pedro Segundo, and a jazzy bass line developed by her mentor and producer, the Portuguese Theo Pas’cal.
Afrika
Ind'Feso
Ela diz que a sua música é “algo em redor ao jazz, folk, e Áfrika”, mas mesmo se eu nunca tivesse ouvido as suas músicas únicas e aliciantes, e mesmo se nunca tivesse ouvido a voz ímpar dela, acho que compraria o disco so mesmo pelas palavras que ela escolheu para definir a sua música. Camen Souza é mais uma filha daquele paraíso musical que são as ilhas de Cabo Verde. Nasceu e cresceu em Lisboa, filha de imigrantes caboverdianos, mas basta um minuto ou dois da sua música e das suas letras em crioulo para se dar conta que a alma dela é, sem duvida, caboverdiana.
A música de Carmen Souza não é bem o que os fãs de musica caboverdiana esperam. Não é bem Lura nem Sara Tavares, mas sim uma fusão artística dos ritmos tradicionais cabo-verdianos com jazz contemporâneo e guitarras acústicas. A primeira vez que a ouvi não fiquei imediatamente captivado; precisei de várias sessões com o disco ao ouvido para realmente começar a deliciar-me com estas canções, canções estas que muitas vezes são cruas mas complexas, simples mas com uma profundidade imensa. A voz de Carmen é algo à parte, é como um instrumento que ela usa ao seu bel prazer e com um efeito arrasador. A música Áfrika (do seu segundo album, Verdade) é um belo exemplo disto – primeiro parece uma música a la Mayra Andrade mas à meio transforma-se num jazz intensamente africano, claramente influenciado por Cabo Verde e apimentado com a voz guturral de Carmen. Ind’Feso (do mesmo album) é outra canção que me caiu bem, e demonstra a versitalidade da voz desta cantora. A voz dela vira um instrumento, bem acompanho pelos batuques tocado pelo percussionista luso-moçambicano Pedro Segundo e o baixo tocado pelo português Theo Pas’cal, o mentor e productor desta cantora.
- Photo by hansspeekenbrink
Carmen Souza on Myspace
Buy her album Verdade on Mondomix!
Carmen Souza's blog
No comments:
Post a Comment