Wednesday, June 29, 2011

Luanda International Jazz Festival 2011: Superman, by DJ Black Coffee

DJ Black Coffee, by Christo Doherty
I’m absolutely partial to house music made like this. Soulful and deep. Since I’ve known that DJ Black Coffee would grace this year’s edition of the Luanda International Jazz Festival, I’ve been on a Black Coffee binge. Which comes at an opportune time, because I hear the man is currently on a North American tour and will soon be playing here in New York City in a show I’ll be sure not to miss (and you should come too if you like what you hear). Being South Africa one of the African countries where house music has truly taken hold, it’s not surprising that one of its best DJs would produce and create music of this hypnotic quality. Superman is a jam that goes far beyond what most people (erroneously) consider as “good” house music, especially when compared to what passes for house music in the mainstream. A lot of credit on this track goes to Bucie, who is a house music starlet in her own right down in South Africa. Her vocals make this track and take it to another level. I also adore the way the piano was used here, interplaying with the main beat as if it mistook this song for a jazz number. Lucky are those that will be able to see this DJ perform live in a quintessentially balmy Luanda evening during the Jazz Festival. Plus, It’s nice to be finally be able to put a face on all that beautiful house music I heard while down in Cape Town.

Superman (Main Mix)

Sou completamente louco por house music deste estilo. Soulful e deep. Desde que soube que o DJ Black Coffee faria parte desta edição do Luanda International Jazz Festival, não quero ouvir outra coisa. Maldita hora que fui descobrir este DJ. Felizmente, o mesmo virá em breve para Nova Iorque e farei tudo por tudo para não perder o seu show. Sendo a África do Sul um dos países africanos onde a house music realmente se faz sentir, não é de estranhar que um dos melhores DJs daquele país fosse produzir música desta qualidade. Superman é um brinde que vai muito mais além do ‘bum bum bum’ que muitas pessoas associam à este género musical, chegando mesmo a nos tocar em sensibilidades mais profundas. Muito mérito tem que ser dado à cantora Bucie, uma verdadeira estrela da house music sul-africana. A sua voz nesta track é simplesmente fenomenal. Adoro também o uso quase que perfeito do piano e a forma que o mesmo brinca com o ritmo contagiante da música, como se de um jazz se tratasse. Durante a noite morna em que decorrerá o Jazz Festival, são sortudos os que poderão ouvir Superman ao vivo, tocado pela mão capaze do DJ Black Coffee.

Black Coffee on Facebook

Tuesday, June 28, 2011

A Sonoridade da Fotografia: Massalo Photography on Caipirinha Lounge, Vol. 6*


5425 weather storm by massalo

Weather Storm

***

Não há nada como uma dose de Massive Attack de madrugada. Disfrute da fotografia e a música enquanto bebe o seu copo, golo a golo, e deixa-se levar pela arte, depois de mais um dia longo de trabalho.

There is nothing like a dose of Massive Attack on a late night. Enjoy the photography and the music while you sip on your drink, and unwind.

*Para saber mais sobre a séria 'A Sonoridade da Fotografia' que conta com a participação do fotógrafo angolano Massalo Araújo, faça click aqui. // To learn more about the Sonoridade da Fotografia series featuring the Angolan Massalo Araújo's photography, click here.

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Monday, June 20, 2011

Caipirinha Lounge Cinema: Cuka (Isso é o que eles querem), by Batida

Estreou hoje na Antena 3 o vídeo do mais novo single do projecto Batida do DJ Mpula e Ikonoklasta (Luaty Beirão). Fartei-me de rir com este clip: não há nada como boa satíria política. O vídeo já existe há um bom tempo mas por motivos 'alheios' provocados pelo clima político em Angola e a participação activa do Luaty neste 'clima', só foi publicado hoje. O DJ Mpula explica:

"O vídeo baseia-se na narração do próprio Ikonoklasta, recorrendo a uma técnica de croma muito Afro, tendo como fundo, algumas imagens de arquivo selecionadas a dedo no arquivo da Cinemateca e RTP e fotos tiradas já em Maio deste ano, no Bengo e Kwanza Sul. Latas de Cuca "esvaziadas dê seu contêúdo" e um casaco militar comprado no extinto Mercado do Roque Santeiro, em Luanda, completam a lista de adereços. A estreia deste vídeo esteve suspensa desde 7 de Março até hoje, por temermos pela integridade do nosso companheiro Luaty, que estava no grupo de 17 jovens que foram presos por participar numa manifestação pacifista em Luanda. Toda a história no nosso facebook."



Podem sacar o puro som aqui.

Monday, June 13, 2011

Dorme logo antes que você morra...

Karina Buhr, by lilianecallegari
Eis a letra da música mais marcante do álbum 'Eu Menti Pra Você' da Karina Buhr. Dedicada a todos aqueles que não sabem o que é a guerra. // Below are the lyrics for the most striking song on Karina Buhr's debut album,  'Eu Menti Pra Você'. Dedicated to all those that don't know what war truly is (note: Google translate it if you aren't versed in Portuguese).

Dorme antes do míssil passar
Daqui a um segundo
eu posso não ter mais você
Você não mais que isso
Nossa casa explodir
Uma arma cravar meu corpo
Um corpo furar sua carne


Mesmo o que a gente não tem mais
pode morrer aqui
Não importam seus amigos anjos,
nem sua vontade de comer um bolo,
nem meu vestido novo,
nem meu vestido velho


Dorme logo antes que você morra!
Dorme logo antes que você morra!


Dorme antes do míssil passar
Daqui a um segundo
eu posso não ter mais você
Você não mais que isso
Nossa casa explodir
Uma arma cravar meu corpo
Um corpo furar sua carne


Mesmo o que a gente não tem mais
pode morrer aqui
Não importam seus amigos anjos,
nem sua vontade de comer um bolo,
nem meu vestido novo,
nem meu vestido velho


Dorme logo antes que você morra!
Dorme logo antes que você morra!


Está chovendo fogo
e as ruas estão queimando
Todo mundo assistindo
à gente desmilinguido
Nosso sangue derretendo
junto com o mundo,
que vai se acabando?
Não deu certo!
Tanto trabalho, tanto tempo,
planeta ser feito, gente ser feita,
não deu certo!


Dorme logo antes que você morra!
Dorme logo antes que você morra!


Essa é pras criancinhas de Nassiria, Najaf, em Bagdá,
uma canção de ninar


Essa é pras criancinhas de Nassiria, Najaf, em Bagdá,
uma canção de ninar


Dorme logo antes que você morra!
Dorme logo antes que você morra!
Dorme logo antes que você morra!
Dorme logo antes que você morra!


Listen to Nassiria e Najaf // Oiça aqui Nassiria e Najaf

Karina Buhr

Karina Buhr, by liliane callegari
Due to the proliferation of  Brazilian artists singing nu-bossa nova and the consumption of such music by the American and European mass markets, many people outside Brazil, especially here in the US, forget that Brazil has a thriving alternative music scene. I'm talking about Brazilian rock, manguebit, forró, axé, punk rock, electro-dub, and several others, as well as a musically explosive and experimental mix of all of the above. Karina Buhr brilliantly espouses this 'new' Brazilian sound in her new CD, Eu Menti Pra Você, the tracks of which left people positively surprised and excited at the latest SXSW festival in Austin, where Karina showcased her exceptional talents. The CD is astounding, a decidedly jazzy electro-punk-rockish break from the bossa nova-esque acoustic music we most readily associate with Brazil.

The songs below highlight the album's aural diversity, as well as Karina's vocal artistry and songwriting abilities. Eu Menti Para Você works well as the album's opener, giving you a teasing taste of what's to come. Nassiria e Najaf and Ciranda do Incentivo meanwhile are two songs I would pick as 'ambassadors' to Karina's musical versatility. The album is 12 songs and roughly 45 minutes long, but in that space of time Karina Buhr packs in some electro-reggae, sings in German, and generally gives you a good impression of the 'other side' of where Brazil is evolving musically. Highly recommended.

Eu Menti Pra Você
Nassiria e Najaf
Ciranda do Incentivo

Muita boa gente aqui nos States pensa que a grande maioria da música brasileira é a nu-bossa nova que prolifera pelos Starbucks espalhados por aí. É este o estilo de música brasileira mais consumida pelos grandes mercados dos EUA e Europa. Mas a realidade é que a chamada música alternativa brasileira está a atravessar um momento incrível, e muitos aqui não conhecem esta faceta espectacular da música brasileira contemporânea. Falo de fusões de rock, manguebit, forró, axé, punk rock, electro-dub, o fenómeno 'beirutando', e por aí em diante. A brilhante cantora Karina Buhr representa esta nova vaga de músicos brasileiros, e o seu CD de estreia, Eu Menti Pra Você, mostrou aos fãs do festival SXSW (em Austin) o seu talento excepcional. O CD é uma mistura única, uma sonoridade que tem elementos de jazz, electro-punk, e rock, e não aquela bossa nova electro-acústica que mais associamos com o Brasil.

As músicas acima destacam a diversidade auricular do álbum, bem como a mestria vocal e escrita da Karina. A música Eu Menti Pra Você faz um bom papel como a primeira canção do álbum, dando-nos um cheirinho do que podemos esperar para o resto da nossa viagem pela mente e alma desta cantora. Nassiria e Najaf e Ciranda do Incentivo mostram a vertente mais 'rockeira' da artista, e são as duas músicas que eu acho que melhor espelham a sua versatilidade. O álbum tem 12 faixas e leva 45 minutos de princípio ao fim, mas neste espaço de tempo a Karina ainda consegue nos imbutir com um bom electro-reggae, uma música em alemão, enfim, uma ideia e um sentimento que a música brasileira está a evoluir para uma coisa interessantíssima de se ouvir. Recomendo com prazer.

Karina Buhr on Myspace
karinabuhr.com.br

Sunday, June 12, 2011

Caipirinha Lounge Cinema: Assinado Eu, por Tiê

The official video to one of the best songs on Sweet Jardim // Vídeo oficial de uma das melhores músicas do Sweet Jardim.

Saturday, June 11, 2011

Tiê

Tiê, by Eduardo_Gabriel
Every once in awhile you yearn for things that are as of yet unknown to you, and then when you find it you feel as if it's exactly what you needed, exactly what you wanted. It happens with novels, food, film, and of course, music. That's how I felt upon listening to Tiê for the first time. I felt as if I've known her music all along, and wondered how I could have gone so long without it. Her debut album Sweet Jardim is a marvel, one that is still talked about with admiration 2 years after its 2009 release date. Tiê herself is an interesting story; she was a former model, entrepreneur and restaurateur all before she became a professional musician.

I'm guessing that she's found the most success as a musician. As you listen to her music you might start to see some similarity with the music of her fellow Paulista musicians and friends at the forefront of this 'Brazilian folk pop' movement, such as Tulipa Ruíz and Thiago Pethit. Sweet Jardim is a beautiful album: simple, raw, and intimately honest. The three tracks I chose to share with you here all showcase her warm, inviting voice, such as the album opener Assinado Eu. It's a sublime track, just voice and guitar (what more do you need?) a la Carla Bruni. Quinto Andar is another favorite of mine for its melody, and Sweet Jardim, shot and sweet at 2:25, is the album closer. But the other 7 songs of the album are just as superb, and listening to Sweet Jardim might be the best 30 minutes you'll have this weekend in terms of music.

Assinado Eu
Quinto Andar
Sweet Jardim

De vez em quando, sentimos o desejo de algo cuja existência nem sequer sonhamos. E quando satisfazemos este desejo, é como se fosse exactamente o que precisavamos. Acontece com comida, com um livro particularmente saboroso, com filmes, e claro, com a música. Foi assim que me senti depois de ouvir a Tiê pela primeira vez. Senti que conhecia a sua música desde sempre, e perguntei-me como foi que andei tanto tempo sem a ouvir. O seu álbum de estreia, Sweet Jardim, é uma delícia, e continua a ser venerado dois anos depois do seu lançamento em 2009. E a prôpria Tiê também tem uma história interessate: foi modelo, abriu uma loja e um restaurante em São Paulo ainda antes de ser cantora.

E ainda bem que ela decidiu ser cantora. Ouvindo a sua música, vêm-se similaridades com a música de cantores como Tulipa Ruíz e o Thiago Pethit, por sinal também seus amigos. Sweet Jardim é um álbum lindo: simpres, cru, íntimo e honesto. As três músicas aqui destacadas trazem à tona a sua voz ofegante e convidativa. Assinado Eu, a música que abre o álbum, é uma delas. É uma composição simples, só com voz e guitarra (o que mais precisas?) a la Carla Bruni, e é nesta simplicidade que reside a sua beleza. Quinto Andar é outra que adoro, principalmente pela sua melodia, e, por fim, temos a curta (2:25 mins) Sweet Jardim, a música que dá o nome ao álbum. As outras 7 músicas não ficam atrás, e os 30 minutos que levam para tocar o álbum do princípio ao fim talvez sejam os melhores 30 minutos musicais do seu fim de semana.

Tiê on Myspace
sweetjardim.wordpress.com

Friday, June 10, 2011

Luanda International Jazz Festival 2011: Liquideep vs. Black Coffee

Black Coffee
House music in South Africa is alive and well. It's attracting an ever larger following within the country, throughout the continent, and beyond. In Angola, its becoming quite sough after, and if Kentphonik's appearance in Elinga last year is anything to go by, it has a solid fan base. Perhaps what makes South African house music one of the best produced on this continent is its undeniable quality, its sophistication, and the its unique rhythm. Black Coffee (Nathi Maphumulo) and Liquideep (Ziyon and Ryzor) are two of the highest proponents of South African house music, and both will be present in this year's Luanda Jazz Festival, most likely to play in between sets during the jazz performances at Cine Atlântico. I wouldn't be surprised to see them playing in Elinga later those nights either. If, like me, your South African house music knowledge is limited to Kentphonic, this is a good place to start.

Among their most well known track's are Black Coffee's Turn Me On, featuring South African beauty and house music sensation Bucie, and Liquideep's Fairtytale, one of the most popular house jams from that country in recent years. It's up to you to decide your favorite (Black Coffee is mine)...if you live in Luanda, you'll get to be blessed with both.

Turn Me On
Fairytale

Liquideep
A música house sul-africana está de boa saúde. Atrai cada vez mais fãs não só na South como também à volta do continente e o mundo. Em Angola, é cada vez mais procurada e faz-se ouvir em diversas casas nocturnas da cidade. Basta nos lembarmos da actuação dos Kentphonik no Elinga para perceber o grau de apreciação que eles comandam. Creio que o que faz a house music sul-africana ser tão apreciada é o seu elevado padrão de produção, a sua originalidade, e a sua sofisticação. Black Coffee (Nathi Maphumulo) e Liquideep (Ziyon and Ryzor) são dois dos melhores practicantes de house music em África do Sul, e os dois participarão no Luanda Jazz Festival, provávelmente a animarem a plateia entre os sets dos artistas de jazz no Cine Atlântico. E claro, não estranharia se os mesmos fossem depois convidados ao Elinga. Se, como eu, a sua sabedoria da house music sul-africana se resume nos Kentphonik, este é um bom lugar para começar.

Entre as canções mais conhecidas destes artistas estão Turn Me On, do Black Coffee e com a participação da Bucie, outra grande revelação da house music sul-africana, e Fairytale dos Liquideep, talvez o maior sucesso do grupo. Cabe a si decidir qual das duas prefere (cá por mim, tiro o chapéu ao Black Coffee). Se vive em Luanda, então tem ainda outra razão para assistir ao Jazz Festival.

Black Coffee on Facebook
Liquideep on Facebook

A Sonoridade da Fotografia: Massalo Photography on Caipirinha Lounge, Vol. 5*


7852 the giantess, by massalo

The Giantess

***

What a lovely introduction to the Bombay Bicycle Club, a unique alternative, indie rock band based in London. The song above is from their album 'I Had the Blues But I Shook Them Loose'.

*Para saber mais sobre a séria 'A Sonoridade da Fotografia' que conta com a participação do fotógrafo angolano Massalo Araújo, faça click aqui. // To learn more about the Sonoridade da Fotografia series featuring the Angolan Massalo Araújo's photography, click here.

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Thursday, June 9, 2011

Kuduro de verdade: Sobe, by Os Lambas

Forget that Don Omar and Lucenzo crap. Meet Os Lambas. This is real kuduro. Kuduro de verdade. And this is what it looks like:
Danza Kuduro? Don Omar e Lucenzo? Esquece isso. Isto aqui é kuduro de verdade. Os Lambas não brincam em serviço!


Moreira Chonguiça hoje à noite no Miami


A não perder / Don't miss it!

Wednesday, June 8, 2011

A Sonoridade da Fotografia: Massalo Photography on Caipirinha Lounge, Vol. 4*

6792-6808 sara by massalo

Sara for the little kings... Sometimes crazyness comes in small packages.
(...)
August Day Song (King Britt Remix), by Bebel Gilberto

***

In this photo Massalo uses one of my favorite songs of all time, one of the songs which spurred me to start writing this blog. // Nesta foto o Massalo usa uma das minhas músicas preferidas de longa data, uma das músicas que impulsionou-me a escrever este blogue.

*Para saber mais sobre a séria 'A Sonoridade da Fotografia' que conta com a participação do fotógrafo angolano Massalo Araújo, faça click aqui. // To learn more about the Sonoridade da Fotografia series featuring the Angolan Massalo Araújo's photography, click here.

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Tuesday, June 7, 2011

Luanda International Jazz Festival 2011: Anunciado os primeiros 11 artistas do Festival / The first 11 artists for this year's Festival have just been announced

Que antecipação, que suspense! A organização do Festival de Jazz acaba de divulgar os nomes de 11 dos 19 artistas que farão parte do Festival este ano. O segundo leque de artistas será anunciado dia 5 de Julho. Eis os nomes:

The team behind the Luanda International Jazz Festival has just announced the names of 11 of the 19 artists that will perform in Luanda for this year's festivities. The remaining 9 artists will be announced on the 5th of July. Below, the much anticipated names:

Moreira Chonguiça
Simmons Massini
Liquideep
Kanda
Black Coffee
Spyro Gyra
Mayra Andrade
Jonathan Butler
Dee Dee Bridgewater
Ismael Ló
Rui Veloso

*Mais informações em breve / More info coming soon!

Monday, June 6, 2011

Ten of the most beautiful Madredeus songs / Dez das mais belas canções dos Madredeus

Twenty-six years and three million sold albums later, the revered Portuguese band Madredeus decided to call it quits. They left behind a vast repertoire of entrancing Portuguese folk music divided over sixteen CDs, augmented by Teresa Salgueiro's alluring voice and the collective genius of men like Pedro Ayres Magalhães, Rodrigo Leão and the late Francisco Ribeiro. Below are ten of my favorite songs from my favorite Portuguese band, exquisite in their beauty and sublime in their simplicity.

Vinte e seis anos e três milhões de álbuns vendidos depois, a icônica banda portuguesa que ia pelo nome de Madredeus decidiu pôr um fim à sua prestigiante carreira. Para trás deixam um vasto repertório de música tradicional portuguesa dividida em dezaseis álbuns, feitos imortais pela voz encantadora da Teresa Salgueiro e o genialidade de homens como Pedro Ayres Magalhães, Rodrigo Leão e o falecido Francisco Ribeiro. Seguem então as minhas dez músicas preferidas deste grupo marcante da música portuguesa e o meu grupo preferido daquele país; dez músicas extraordinárias pela sua beleza e sublimes pela sua simplicidade.

Guitarra

Album: Ainda

This is one of my absolute favorites. An ode to the guitar. It's quintessentially Madredeus, making ample use of their trademark instruments: the accordion, the guitars, the cello, and best of all, that voice...
Esta é uma das minhas preferidas, de sempre. Um hino à beleza da guitarra. É nítidamente Madredeus, como se a música pudesse transmitir a identidade desta banda. Faz uso dos instrumentos que mais associamos à eles, como o acordião, o violoncelo, e claro, aquela voz...

Allegro

Album: O Espírito da Paz

The second song on what is arguably Madredeus' finest album, Espírito da Paz. It's short and sweet, but uniquely melodic.
É a segunda canção naquele que é talvez o melhor disco do grupo, Espírito da Paz. É curto mas lindo, com uma melodia única.


Maio Maduro Maio

Album: Ainda

As the name suggests, this song feels like Spring day in May. It's a lighter, more playful side to Madredeus.
Como pinta o título, esta canção sabe à maio e à primavera. É um lado mais leve e relaxado dos Madredeus.

Habitas no meu Pensamento (O Eclipse)

Album: Metafonia

This is without a doubt my favorite song by Madredeus sans Teresa Salgueiro. In 2009 I wrote this about it: "It begins innocently, calmly, then explodes with an acoustic guitar riff, violins, percussion - and then comes the honeyed Portuguese voice of Rita Damasio crooning over the guitar. 'Habitas no meu pensamento...' It goes on for 12 great mins."
É sem dúvida a minha música preferida dos Madredeus sem Teresa Salgueiro. Em 2009 escrevi isto acerca dela: "Começa inocentemente, calmamente, para depois explodir com uma guitarra deliciosa, violinos, percurssão, e, um pouco mais adiante, a doce voz de Rita Damásio, sussurando aos nossos ouvidos, ‘habitas no meu pensamento...’ Ainda existe perfeição, e neste caso existe durante 12 longos minutos."

Ainda

Album: Ainda

In an amazing album, which was also used the soundtrack for the film Lisbon Story, Ainda stands out. A beautifully haunting song that stays with you long after its last note.
Num álbum excelente, que também foi usado como banda sonoro do filme Lisbon Story, Ainda é o destaque. Uma melodia fantástica mas melancólica, que permanece connosco muito depois da sua última nota.

Ao Crepúsculo

Album: Um Amor Infinito

I admire this song for its poetic lyrics and its appealing melody; its always graceful to hear Madredeus sing about love.
Admiro esta música pela sua letra poética e pela sua melodia; sempre é uma delícia ouvir os Madredeus cantar sobre amor.

Ao Longe o Mar

Album: O Espírito da Paz

Another hauntingly beautiful Madredeus song, and necessarily as cheerful as the others. It's a song that always reminds me of the sea and of saudade. It's a faithful companion to those days you particularly long for somewhere, or someone.
Outra melodia melancólica e íntima, e não tão feliz como as outras. É uma canção que faz-me sempre lembrar do mar e da saudade que ás vezes sinto por o que ele representa. Tornou-se uma companhia fiel aos meus momentos de solidão, quando anseio por um lugar ou por um alguém.

Palavras Ausentes

Album: Um Amor Infinito

I fell in love with this song the first time I heard it. Palavaras Ausentes is one of the standouts in an already excellent album, a song of sheer beauty, simplicity, and poetry.
Apaixonei-me por esta música logo na primeira vez que a ouvi. Palavras Ausentes é um dos destaques no álbum excelente, uma melodia de pura beleza, simplicidade, e poesia.

Moro em Lisboa

Album: Um Amor Infinito

An ode to one of the greatest icons of all that is Lusophone, the world capital where all our distinctive cultures mixed and gave form to something that was a sum of our parts. A love ballad to a timeless city.
Uma homenagem a um dos maiores icónes de tudo que é lusófono, a capital mundial onde as nossas culturas se misturaram e deram forma a algo que é a soma das nossas partes diversas. Um poema de amor à uma cidade intemporal. 

Haja O Que Houver

Album: O Paraíso

One of the greatest love songs ever written, sung, and performed, in any language. And that's all that needs to be said about it.
Uma das melhores músicas de amor jamais escrita e cantada, em qualquer língua. E é tudo que precisa ser dito acerca desta raridade.

Sunday, June 5, 2011

Adeus, Madredeus

I learned from writer Philip Graham that Madredeus' new album, Castelos na Areia, marked the end of the band's storied career. What sad news - all good things in life really do come to an end. In reality, the band was never quite the same after Teresa Salgueiro's departure in 2007, but nonetheless they reinvented themselves, added 'Banda Cósmica' and attempted to modernize their sound with the addition of percussion and electronic elements, while at the same times staying grounded in tradition with the addition of a harpist. But the truth is that the band, formed in 1985, have decided to call it a night due to a variety of reasons, among them lack of funds and the muted dissemination of their latest albums. Below are a couple of tracks from their latest album, Castelos na Areia.

Se Todos os Rios Vão Dar ao Mar
Até Bem Longe

Soube do escritor Philip Graham que o álbum Castelos da Areia marca o fim dos Madredeus, uma das bandas mais emblemáticas de Portugal e a que mais sucesso obteve a volta do mundo. Todas as coisas boas na vida têm o seu fim, e Madredeus não foge a regra. Na realidade, sinto que a banda nunca foi a mesma após a saída da Teresa Salgueiro em 2007. Porém, souberem jogar com o sucedido e reinventaram-se, adicionando percurssão e elementos electronicos nas suas músicas. Alteraram o nome para 'Madredeus & A Banda Cósmica'. Numa de manter laços com a música clássica e a tradição, também adicionaram uma harpista à banda. Mas a verdade crua é que a banda, activa desde 1985, carece de mais apoio. Segue, na íntegra, a press release de Pedro Ayres Magalhães, membro fundador dos Madredeus:


"…actualmente os Madredeus não têm meios para continuar a contratar um grupo tão numeroso de artistas, já que os concertos são pequenos, as rádios  e a televisão não divulgam a nossa nova música e os discos vendem quantidades irrisórias: em face deste deserto, decidimos ainda assim investir as nossas economias na gravação de mais um disco com este espectacular grupo de músicos, já que não imaginamos quando voltaremos a ter condições para trabalhar com um grupo assim…”

A orquestra desfez-se em Dezembro. No total, os Madredeus e a Banda Cósmica produziram em dezoito meses, três álbuns de originais, com 34 canções novas, e realizaram 21 concertos em Portugal, três na Polónia, dois em Espanha e um no Brasil. Os interessados podem se documentar sobre a carreira da banda em www.madredeus.com

"…Embora tenhamos ficado muito surpreendidos com a fraca resposta que obtivemos à nossa nova orquestra, damos o nosso esforço por bem empregue, já que conseguimos boas gravações, bons arranjos e um som muito original, que alguém, um dia, poderá aproveitar.

A nossa ideia é dotar o universo da lingua e cultura portuguesa de uma expressão moderna e cosmopolita, uma expressão amorosa e cheia de esperança, já que infelizmente, a pobreza e os protestos em Portugal, as consequências de décadas de guerra em Africa e o crescimento económico do Brasil, tornam mais altas e justas as vozes angustiadas e pouco se liga ás invenções artísticas. Ainda assim aqui fica o nosso contributo para esses dias do futuro, quando  as populacões que entendem português, mais satisfeitas com as suas casas e o seu modo de vida, possam animar-se a ouvir o que se cantou em português, neste princípio do século XXI…”

Em “ Castelos na Areia ” os Madredeus & A Banda Cósmica alinharam as suas últimas onze novas canções, baladas, grooves, dramas,  danças  e desafios… …”Adoramos este album”…

18 de Outubro de 2010
Pedro Ayres Magalhães

Wednesday, June 1, 2011

Caipirinha Lounge Cinema: Mapa-Múndi, by Thiago Pethit

Eis o vídeo de uma das pérolas do álbum do Pethit.

Here's the video to one of the best songs of the album.

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