Dub Inna Week was an audacious project to record a dub and reggae album in a week. A bit like the 1-Uik Project. It features performances by a collective of Portuguese, Mozambican, and Angolan artists, including the aforementioned Helder Faradai from Angola, his comrades Prince Wadada and Renato Almeida, Marisa Gulli, Zé Lencastre, and several others. They describe the process of recording the album as a sublime experience: a lot of musicians coming and going, a lot of smoke and some wine and beer, dub constantly on everyone’s mind, some people playing instruments while others wrote lyrics, lots of echoes, reverbs and ‘skankings’…
My favorite tunes on this album, which is available for download in its entirety straight from the Grasspopper’s blog, are available below for your aural pleasure. Among them are Tunda Já, featuring both Faradai and Prince Wadada, the spoken word Folha de Feijão Makonde, in my view the album’s breakout track, and lastly Complicação Dub, whose chorus states "my complication is that I don't have any money." I'm sure we all can relate. Press play and feel the Lusophone dub.
Tunda Já
Folha de Feijão Makonde
Complicação Dub
Foi durante uma das minhas conversas com o Helder Faradai dos Jazzmática que ele me falou dos The Grasspoppers e dos Cacique ’97, um grupo de músicos portugueses e luso-africanos que são apaixonados pela músca afro, principalmente o afro-beat. O Milton Gulli, homem forte dos Grasspoppers e dos Cacique '97 (em breve no Lounge!) foi quem teve a ideia do projecto Dub Inna Week. E há muito tempo que não se ouve dub de qualidade aqui no Lounge.
Dub Inna Week foi um projecto ambicioso: os integrantes do mesmo tentaram, e conseguiram, gravar um album de dub e reggae em uma semana. Um pouco como o 1-Uik-Project. Eis as palavras (inspiradoras) dos Grasspoppers acerca do projecto:
"Na televisão disputava-se a final do campeonato do mundo na África do Sul, mas o som estava desligado. Nesse dia começaram as gravações do Dub Inna Week: numa semana seria composto e gravado um disco de dub. Muito fumo, algumas cervejas, ocasionais copos de vinho e de whisky. Algumas pessoas entravam, outras saíam. As ideias surgiam naturalmente e sem esforço. Parava-se para jantar e depois de saciada a fome já haviam novas ideias. Mais pessoas apareciam, traziam uma garrafa de vinho, outras vinham carregadas com o seu veneno dub (efeitos, delays e instrumentos que tinham em casa), outras vinham com inspiração. Letras escreviam-se em cima do joelho enquanto se montavam os instrumentais. De uma simples linha de baixo surgiam mil ideias quase imediatamente. Ambiente relaxado.
Tudo isto aconteceu no Abyssinia Studios 03, o estúdio caseiro dos The Grasspoppers: um computador portátil, guitarras, baixos, percussões, um microfone de condensador e 2 controladores Midi. Acordava-se a pensar em dub e adormecia-se a pensar em dub. As cabeças estavam cheias de eco, reverb, skankings, riddims e basslines. Sorria-se e dançava-se quando de um esboço começava a surgir um tema. Dub era a palavra de ordem. No último dia dessa semana festejou-se. 9 temas novos tinham sido compostos e gravados na sua totalidade. Os dubmasters : Milton Gulli (Cacique´97, Cool Hipnoise, Philharmonic Weed), Marisa Gulli (Cacique´97, Philharmonic Weed, Faith Gospel Choir), Renato Almeida (Kussondulola, Jammin, Mercado Negro), Natty Fred (Dread Natta, Riddim Culture), Prince Wadada, Zé Lencastre (Cacique´97, The Most Wanted), Vinicius Magalhães (Cacique´97, Farra Fanfarra) e directamente de Luanda, o MC Faradai que, graças às tecnologias da internet, gravou uma rima no seu estúdio caseiro em Angola. No pressure, no music biz bullshit, just the pleasure of making music! Lets make some holy ghost crazy noize!!!!!!!!! Dubwise!!!"
Os meus dubs preferidos deste album, todo ele disponível para download no blog dos Grasspoppers, foram difíceis de escolher. Todo album é recheado de roots reggae, puro luso roots reggae. Mas entre os que se sobressaem ao resto está o Tunda Já, com a participação do mano Faradai, a Folha de Feijão Makonde com o spoken word da Marisa Gulli, que para mim é a melhor música do album, e por último o Compliação Dub, onde o refrão é "minha complicação é não ter dinheiro." Como dizem em Angola, ai nanas. Podemos todos concordar. Carrega no play e sente o dub lusófono.