When you think of music from Guinea-Bissau, you are most likely to arrive upon the sounds of gumbe and the works of the premiere ambassador of Guinean music, a certain
Manecas Costa, or, for the more familiar, the distinctive voice of
Dulce Neves. So when you first listen to Kimi Djabaté's CD Karam, it might seem a bit more Mali then Guinean, a bit more Ali Farka Touré than
Eneida Marta. But when you consider that the two countries are in close proximity to each other and share musical traditions, various customs, and that what is now Guinea-Bissau was once part of the Malian Empire, the music of Kimi begins to make sense. Like the Tourés and countless other musicians, Kimi also comes from a family of griots, or musical storytellers, and is one himself.
The album Karam is thus Kimi's account of Guinean life, the stories, people, and emotions that move him. It is primarily Djabaté's voice back by the balafon (a type of xylophone endemic to that region in Africa), the guitar, and the kora (stringed instrument), with some percussion and brass here and there. They combine to create a richly melodic and distinctive piece of work, such as in the upbeat and vivacious song Manla. But at times it is also understated and mellow, as the song Kod will attest to. Kimi Djabaté has been singing for many years but it's nice to see him finally get the recognition and widespread availability that a contract with the Cumbancha label affords him.
Manla (I Cannot Believe It)
Kod (Love)
Quando pensamos em música guineense, vem-nos logo à cabeça sons e imagens do estilo gumbe, ou então do maior embaixador da música guineensse, o Mr.
Manecas Costa. Os mais iniciados na matéria, talvez se lembrem da
Dulce Neves. É pois uma sensação um pouco aquém do esperado quando tocamos o album Karam do Kimi Djabaté na aparelhagem e nos deparamos com um estilo mais parecido com o Mali do que com a Guiné Bissau, um som um pouco mais Ali Farka Touré do que
Eneida Marta. Mas se termos em conta a proximidade destes dois países tanto em termos geográficos como musicais, e se nos lembrarmos que o espaço onde existe hoje a Guiné Bissau já fez parte do império maliano, a música do Kimi já começa a ser menos 'estranha' e mais familiar. Ainda mais porque como muitos músicos malianos, incluindo o Ali Farka Touré, o Kimi Djabaté também é um griot, ou seja, um contador de histórias de forma musical.
O disco Karam pode então ser chamado uma coleção de histórias, emoções e experiências vividas na realidade guineense pelo Kimi Djabaté. Sobressaem as vozes do Kimi e os seus vocalistas, e ouve-se a constante guitarra e kora e o ainda mais constante balafon (instrumento parecido com o xilofone). O resultado desta combinação é uma obra de arte bastante melódica e distinta, tal como se pode ver na alegre canção Manla. Mas ás vezes também pode ser um pouco mais comedida e melancólica, como ouvimos na música Kod. O Kimi Djabaté já canta há longos anos mas é bom ver-lhe finalmente ter o reconhecimento que merece e os canais de distribuição que um contrato com a label Cumbancha o oferecem.