If there was a way I could turn back time, I would include Paulo Flores magnum opus, Ex-Combatentes, on my list of the top Lusophone albums of 2009. But that’s been the dream of man for millennia, and it’s not about now that it would become reality. Neither could I rate a CD which I hadn’t heard. I came across Paulo Flores’ Ex-Combatentes while reading
Aline’s sweet description of a
particular song on this work of art, on her blog
Kukiela. Ex-Combatentes is magnificent. It’s a three-CD set recorded by Paulo Flores, his newest album if you will, inspired by his celebrating his 20th year as a musician. It’s really no small feat for a musician, and cements his status as one of Angola’s premier artists. He’s certainly among my favorite ones.
Paulo’s songs move me like few others; his words, his poetry, the way I relate to his chronicles, it’s definitely food for the soul. This three disc set was produced by Jacques Morelembaum and features, among others,
Mayra Andrade,
Manecas Costa, Eduardo Paím, and Banda Maravilha. It’s an expression of Lusophone music, drawing from all its inspirations from across the oceans that divide the Lusophone nations. Since Ex-Combatentes it’s a three-album project, I will write three posts on them. Partly because I have so far only listened to the first one, Viagem, and mostly because it’s impossible to pick just a couple of songs from the entire set, such is their quality.
The first disc, Viagem, showcases a Paulo Flores that I barely knew. The Paulo Flores that dabbles in afro-jazz and afro-beats and electric base guitars. It’s not classic Paulo Flores semba. For that fact alone it’s an enticing listen, the artist out of his element. Another Angolan experimenting with what the western press terms as classic ‘world music’, sort of like
Banda Next. Three songs in particular stand out from Viagem. There is the sweetly uplifting, slightly joyous, playful Diarabi: it puts a smile on my face every time, and it’s slightly reminiscing of Malian music, which I suspect is a source of his inspiration. I know a Malian musician,
Issa Bagayogo, who has a song of the
same name. There’s Fela no Marítimo da Ilha, obviously inspired by that mythical Nigerian magician of a musician, Mr. Kuti; it’s a raring afrobeat , energetic as well, but still allowing Paulo Flores’ iconic voice to take control of it.
And lastly there is Pé Na Lama.
It’s the song I heard on Aline’s blog and inspired this long-winded post. From the first strums of its guitar, and the first beats of the drums, it holds you, firmly, in its grasps. It’s hauntingly hypnotic. I had it on repeat for awhile before I could listen to the rest of the album. If you’ve ever had the chance to peruse the multitude of links on this page, you’ll see that under “Caipirinha Lounge Endorses”, there is a link to an upcoming Angolan short film by
Mario Bastos,
Alambamento. Go to that site and click the film’s trailer. Sound familiar? Look at how well it goes with that scene…For me, it’s the best song on Viagem and the best Paulo Flores song I have heard in some time. He hasn’t done anything like this before. I think it’s what 20 years of creating music do to a man. It changes your artistic outlook, it matures you.
How great would it have been to go to one of those concert dates on the pic at the top of this post, and heard these songs live?
DiarabiFela no Marítimo da IlhaPé Na LamaSe houvesse maneira de voltar atrás no tempo, certamente que incluíria o magum opus do Paulo Flores, o Ex-Combatentes, entre os melhores álbuns lusófonos de 2009. Mas a manipulação do tempo tem sido sonho do ser humano á séculos, e não serei eu a descobrir como fazê-lo. E mais, não posso avaliar algo que nunca tivesse ouvido. Só me dei conta da existência destre trabalho quando visitei o blog da
Aline, o
Kukiela, e li a sua
descrição poética de uma das músicas do Ex-Combatententes. É realmente um trabalho magnífico. É o grito de alegria do Paulo Flores: contém três discos a celebrar os 20 anos de carreira deste cantor. O que não deixa de ser uma marca importante para um músico, ainda mais na nossa praça. Cimenta o seu estatuto como um dos melhores cantores angolanos da actualidade. É certamente um dos meus preferidos.
As músicas do Paulo Flores movem-me como poucas outras. A sua poesia, as palavras que ele escolhe, a sua maneira de contar histórias, a sua musicalidade, é mesmo como dizem, alimento pr’alma. Este trabalho de três discos foi composto pelo Jacques Morelembaum e nele constam aparições de
Mayra Andrade,
Manecas Costa, Eduardo Paím, a Banda Maravilha, e não só. É uma linda expressão de música lusófona, incorporando dela diversos ritmos vindo das terras distantes que unem os ‘povos lusófonos’. Ja que o Ex-Combatentes é uma obra de três discos, escrevirei três posts sobre ele, um para cada disco. Um pouco porque ainda só ouvi o primeiro, Viagem, e mais porque é impossivel escolher só duas ou três músicas de entre 27 de qualidade.
O primeiro disco, Viagem, mostra-me um Paulo Flores que não conhecia. Um Paulo Flroes que deleita-se com afro-jazz e afro-beats e baixos eléctricos. Não é o Paulo Flores dos sembas clássicos, é outro, diferente. Só este facto ja torna o Viagem um disco incomum, como um filme apetitoso, em que o actor principal que sempre ‘conhecemos’ desempenha um papel que para nós é fora do normal. É outro angolano experimentando com um som mais electro, mais o que os do oeste chamam ‘world music’, um pouco parecido com o que faz a
Banda Next. Três músicas em especial chamam a atenção neste disco. Em primeiro está Diarabi, música feliz, alegre, bonita, parecida com a música Maliana, que suspeito foi a inspiração do Paulo Flores. Outros músicos Malianos, tais como o
Issa Bagayogo, têm músicas com
este nome. Outra que aprecio bastante em Viagem é Fela no Marítimo da Ilha, obviamente inspirada no grande músico nigeriano, o Sr. Kuti. É um afrobeat enegético, cheio de atitute, à maneira do Sr. Flores.
E por último temos Pé Na Lama.
É a música que ouvi no blog da Aline e a música que inspirou este post que ja vai no seu quarto parágrafo. Desde os primeiros dedilhos da guitarra, desde os primeiros toques do batuque, esta música agarra-te, com firmeza. É deliciosamente hipnótica. Pus-lhe em repeat por algum tempo antes de ouvir o resto do disco. Se alguma vez, caro leitor, teres uma chance de gastares ainda mais tempo neste site, notarás que abaixo o título “Caipirinha Lounge Endorses”, ha um link para um short-film angolano da autoria do Mário Bastos com o nome Alambamento. Vai ao site do filme e carregue no trailer. É familiar, a canção, não é? Acho que Pé Na Lama é a música perfeita para o trailer...e o melhor ‘brinde’ do Viagem. Creio que é um dos melhores brindes do Paulo Flores que ouvi recentemente. Nunca ouvi algo assim parecido vindo dele. Acho que só depois de 20 anos a fazer música podemos fazê-la assim, desta maneira. 20 anos de música é muito, muda o homem. Esta música é prova, pelo menos para mim.
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