Thursday, December 30, 2010

Parteum

Parteum, por fernandomartinsferreira
After seeing his name pop up several times whenever cutting edge Brazilian rap was mentioned, and described in very effusive terms by Keita Mayanda, I finally gave Parteum a listen. All I have to say is, the man can rap. He's in the same conscious hip-hop category as his better known American counterparts such as Common, Talib Kweli, and Nas in his heyday. Parteum embraces the concept of making your music available to the masses via the internet and releases all his music online at no cost; I still haven't gotten past one of his earlier solo recordings, Raciocínio Quebrado, due to the sheer lyricism, skill, and poise on display. An avid sampler of various genres, Parteum's songs are sonic journeys in which you can't help but struggle at what to listen to first, the excellent sound production or the lyrics. Which is why you end up listening to each song at least thrice. Among my favorites so far from this unique hip-hop artist is Moral Provisória, Tudo Que Ainda Pode Ser, and Épocas de Épicos.

Moral Provisória
Tudo Que Ainda Pode Ser
Épocas de Épicos

Depois de ouvir o seu nome sempre que alguém mencionasse hip-hop brasileiro de qualidade, e depois de o mesmo ter sido recomendado pelo <a href=">Keita Mayanda, finalmente comecei a explorar as obras do Parteum. O que tenho a dizer é simples: o homem sabe 'rapar'. Está no mesmo patamar de hip-hop consciente que os seus parceiros americanos mais conhecidos internacionalmente, como o Common, o Talib Kweli, e o Nas quando o mesmo estava no seu auge. O Parteum abraça o conceito da livre partilha de música e toda música dele está disponível grátis na internet. Mesmo assim ainda não passeio de uma das suas primeiras gravações à solo, Raciocínio Quebrado, devido a alta qualidade tanto sonora como lírica deste trabalho. Um sampler assíduo de vários géneros, os sons do Parteum são autênticas viagens sónicas em que não sabemos se apreciamos primeiro o trabalho de produção ou a letra. E é por isso que acabo de ouvir cada música pelo menos três vezes. Entre as minhas preferidas estão Moral Provisória, Tudo Que Ainda Pode Ser, e Épocas de Épicos.

Parteum.com - Aqui tem todas as informações e links para todas as plataformas deste artista / Here you have all the info and links to all the platforms of this artist

E aqui o link para uma grande entrevista do mesmo

Wednesday, December 29, 2010

Brevemente / Coming Soon: Os Melhores Albuns Lusófonos de 2010 / The Top Lusophone Albuns of 2010


Another year has come and gone, affording us another opportunity to look back and wonder at which Lusophone album has been the best of 2010. And what a year: 2010 saw the first World Cup staged in Africa, another successful edition of the Luanda International Jazz Festival, a Lusophone music festival in Galiza called Cantos na Maré, the Festival Musidanças in Lisbon, the Back2Black Festival in Rio, the Trienal de Luanda, and countless other celebrations of Lusophone music and beyond.

Below you will find a shortlist of what I think are the best Lusophone albums of the year. This shortlist is a beautiful one. As I said in 2009, I am no professional music critic, I’ve never studied music seriously, I have not heard all the Lusophone albums released in 2010, especially the ones in Brazil, and so this should not be considered a definitive ranking. But as a man who consumes, breathes and lives Lusophone music almost pathologically, this is my opinion, a window into which albums moved me this eventful year. Among them are:
What about you, which albums have you absolutely loved? Stay tuned!

Outro ano veio e está prestes a terminar, dando-nos uma nova oportunidade de olhar para trás e reconhecer o imenso trabalho dos nossos artistas preferidos e tentar perceber qual deles construiu a melhor obra discográfica de 2010. E que ano: vimos o primeiro mundial em solo africano, mais uma grande sessão de festivais de música espalhados pelo mundo lusófono, entre eles o Luanda International Jazz Festival, o Cantos na Maré na Galicia, o Festival Musidanças em Lisboa, o Back2Black no Rio, a Trienal de Luanda, e várias outras celebrações da música Lusófona e não só.

Acima encontra uma amostra dos melhores albuns que eu ouvi este ano. E é uma amostra linda. Como disse em 2009, não só crítico de música profissional 'tipo' o mano Jomo Fortunato, nunca estudei música sériamente, nem tampouco ouvi todos os albuns lusófonos que saíram este ano, principalmente da praça gigantesca do Brasil. Por isso esta não deve ser considerado um ranking definitivo. Mas como um homem que consome, respira e vive a música lusófona quase que patológicamente, esta é a minha opinião sobre os trabalhos que me moveram este ano, e uma opinião que quero partilhar com vocês. 

E tu, quais albuns achaste verdadeiras obras de arte?

Monday, December 27, 2010

Kimi Djabaté

When you think of  music from Guinea-Bissau, you are most likely to arrive upon the sounds of gumbe and the works of the premiere ambassador of Guinean music, a certain Manecas Costa, or, for the more familiar, the distinctive voice of Dulce Neves. So when you first listen to Kimi Djabaté's CD Karam, it might seem a bit more Mali then Guinean, a bit more Ali Farka Touré than Eneida Marta. But when you consider that the two countries are in close proximity to each other and share musical traditions, various customs, and that what is now Guinea-Bissau was once part of the Malian Empire, the music of Kimi begins to make sense. Like the Tourés and countless other musicians, Kimi also comes from a family of griots, or musical storytellers, and is one himself.

The album Karam is thus Kimi's account of Guinean life, the stories, people, and emotions that move him. It is primarily Djabaté's voice back by the balafon (a type of xylophone endemic to that region in Africa), the guitar, and the kora (stringed instrument), with some percussion and brass here and there. They combine to create a richly melodic and distinctive piece of work, such as in the upbeat and vivacious song Manla. But at times it is also understated and mellow, as the song Kod will attest to. Kimi Djabaté has been singing for many years but it's nice to see him finally get the recognition and widespread availability that a contract with the Cumbancha label affords him.

Manla (I Cannot Believe It)
Kod (Love)

Quando pensamos em música guineense, vem-nos logo à cabeça sons e imagens do estilo gumbe, ou então do maior embaixador da música guineensse, o Mr. Manecas Costa. Os mais iniciados na matéria, talvez se lembrem da Dulce Neves. É pois uma sensação um pouco aquém do esperado quando tocamos o album Karam do Kimi Djabaté na aparelhagem e nos deparamos com um estilo mais parecido com o Mali do que com a Guiné Bissau, um som um pouco mais Ali Farka Touré do que Eneida Marta. Mas se termos em conta a proximidade destes dois países tanto em termos geográficos como musicais, e se nos lembrarmos que o espaço onde existe hoje a Guiné Bissau já fez parte do império maliano, a música do Kimi já começa a ser menos 'estranha' e mais familiar. Ainda mais porque como muitos músicos malianos, incluindo o Ali Farka Touré, o Kimi Djabaté também é um griot, ou seja, um contador de histórias de forma musical. 

O disco Karam pode então ser chamado uma coleção de histórias, emoções e experiências vividas na realidade guineense pelo Kimi Djabaté. Sobressaem as vozes do Kimi e os seus vocalistas, e ouve-se a constante guitarra e kora e o ainda mais constante balafon (instrumento parecido com o xilofone). O resultado desta combinação é uma obra de arte bastante melódica e distinta, tal como se pode ver na alegre canção Manla. Mas ás vezes também pode ser um pouco mais comedida e melancólica, como ouvimos na música Kod. O Kimi Djabaté já canta há longos anos mas é bom ver-lhe finalmente ter o reconhecimento que merece e os canais de distribuição que um contrato com a label Cumbancha o oferecem.

Lightsonic, by Groove Armada

Groove Armada, by severine_pics
This is another electrifying song by what is quickly becoming my favorite British musical export. It's been the go-to jam for these balmy Luandan nights, guaranteed to get everyone in the car feeling elated and alive. I think Lightsonic might be even more brilliant than the other Groove Armada song featured here at the Lounge, Superstylin', off their album Goodbye Country (Hello Nightclub), and both songs share the same ragga vocalist, MAD. For me, it's the best track on their album Soundboy Rock.

The witty commenter on Last.fm said it best: "I want to marry this song."

Lightsonic

Esta é outra música electrificante deste duo inglês que está rápidamente a se tornar o meu grupo preferido daquela ilha europeia. Tem sido esta a música de eleição para as noites quentes de Luanda, a que põe todo mundo no carro de disposição alegre e exultante. Sinto que Lightsonic consegue ser ainda melhor que o outro som do Groove Armada que postei aqui, o Superstylin' do album Goodbye Country (Hello Nightclub). Curiosamente, as duas canções têm a participação do mesmo vocalista ragga, o MAD. Pra mim, é a melhor música do album Soundboy Rock.

Nas palavras de um comentador iluminado no Last.fm: "Quero me casar com esta música."

Wednesday, December 22, 2010

Cuca

Esta é a história de Arlindo Bolota
Chefe de Orquestra Alcólica do Waku-Kungo
Tocavam com tudo que tivesse relacionado com bebida
Ela é garrafa
Ela é lata...
...mas só de Cuca.

O album Dance Mwangole dos manos da Batida é mesmo assim. Ri-se à toa com ele. Este kuduro chama-se Cuca (Isso é que eles querem) e tem a participação do Ikonoklasta. É um kuduro com indirectas políticas e muito riso à mistura. Dedico este som aos meus primos e a turma do Mussulo, onde a foto acima foi tirada, por motivos óbvios. Prestem atenção a letra da música...

Cuca (Isso é o que eles querem)

Batida's kuduro album Dance Mwangolê is filled with humorous stories and episodes like the one recounted on this jam, Cuca (Isso é o que eles querem). This particular story, of a man named Arlindo Boloto who loved a can of cold Cuca beer, is dedicated to my cousins. They'll know exactly why. Featuring vocals by that man Ikonoklasta, trying his hand at politically charged, laugh-inducing kuduro. For some more Batida, check out their song Alegria.

-Photo: Cuca in paradise (Mussulo), by author

Já 'tou com o pé na estrada...

Bet you didn't know that there's a cover of Ray Charles iconic track, Hit The Road Jack, in Portuguese! Mo'horizons, the Latin jazz and funk band from Germany so prominent in downtempo, chillout, and Buddha Bar albums, created this track back in 2001. They called their version "Pé na Estrada", which translates literally to 'foot on the road'. Covering songs successfully is a difficult thing to do, even more so when you're covering it in another language entirely. Props to Mo'horizons for doing it so brilliantly, as 'Pé na Estrada' manages to evoke the attitude and energy of the Ray Charles classic with a dash of a quintessentially Brazlian carefree spirit, perfect for these Luandan summer days. Thanks to my friend Chris for letting me know about this track.

Pé Na Estrada (Hit the Road Jack)

Aposto que não sabiam que existe um cover do Hit the Road Jack, canção clássica de um génio musical chamado Ray Charles, em português! O responsável por ela é a banda Mo'horizons, um duo alemão que especializa em jazz e funk latino, chillout, downtempo, e acid jazz. Criaram está música em 2001, e chamaram-na Pé na Estrada".

Ja estou com o pé na estrada
E não vou mais voltar, não vou, não vou, não vou!

Meu pensamento exacto quando estava no avião a caminho de Luanda, se bem que o meu pé não estava na estrada mais sim no ar e se bem que eu vou voltar. Mas anyways. Ficaram com a ideia. Em díficil fazer um cover em condições de músicais imortais como esta, ainda mais quando é numa língua diferente, por isso parabéns Mo'horizons pela proeza. Conseguiram capturar a atitude e energia da versão original da música e puseram nela aquele ar desprocupado, aquele ar de verão. Obrigado ao meu kamba Chris pela dica.

Monday, December 20, 2010

Brevemente / Coming Soon: Lusofonia Acústica, Vol. 2

Enquanto ainda não está dísponível para download, já podem ter um cheirinho desta nova mixtape do Caipirinha Lounge no 8tracks.

While it's not yet available for download, you can get a taste of Caipirinha Lounge's new playlist on 8tracks.

-Guitar photo by Rawrfulz

António Zambujo

Photo by Font del Vi
If it wasn't for me randomly perusing my Facebook news feed, I doubt I would have learned about the Cantos na Maré Festival happening right now in Galicia, Spain. If it wasn't for me finding out about that particular Lusophone festival, I doubt I would have found out about the brilliant Portuguese musician António Zambujo, one of the festival's four featured artists. What a find this man is. In a musical universe dominated by female musicians, namely the Portuguese fado scene, António Zambujo has carved out a niche for himself as a man who profoundly understands and respects the essence and soul of fado while giving it a modernist makeover.

The author Malcolm Gladwell wrote in his book Blink about how we can sometimes deduce if a painting is a genuine or a fake in the first split seconds we look at it...the same happened for me when I first heard Guia. Ten seconds into it and I was already gone. Caetena Veloso waxed lyrical about António's genius in his blog, comparing António's impact on contemporary Portuguese music to João Gilberto's effect on Brazilian music; he also wrote that the first time he heard António Zambujo was as breathtaking as the first time he heard Buika on Mi Niña Lola. I agree wholeheartedly, to both statements. I can't do justice to António's music as well as Caetano Veloso, and I recommend you read his post. His knowledge of Portuguese music is predictably astounding.

António Zambujo specializes in a style of Portuguese fado called cante alentejano, derived from the centuries-old singing traditions of the North African Arabs that used to populate the Iberian peninsula. His most successful album to date and the one that catapulted him into international recognition is named Outro Sentido, his third album. It’s from there that the song Nem Às Paredes Confesso comes from. His latest album however, and one of the best I’ve heard so far this year, is Guia. The album’s title track and the ‘bossaesque’ song Zorro come from this album.

Nem Às Paredes Confesso
Guia
Zorro

Se não fosse pelas notícias que recebo pelo Facebook não sei quando descobriria o festival lusófono Cantos na Maré a acontecer agora na Galicia, em Espanha. E se não fosse pelo Cantos na Maré, não sei quando encontraria a música deslumbrante e brilhante do fadista português António Zambujo, um dos quatro artistas convidados do festival. Grande achado, a música deste homem. Num estilo musical dominado pela voz feminina, o António Zambujo não só conseguiu impor-se no mundo do fado como até a certo ponto está a reinventá-lo e a reinterpretá-lo, ao mesmo tempo que mostra um grande respeito pela sua tradição e essência.

O escritor Malcolm Gladwell escreve no seu livro Blink que às vezes somos capazes de deduzir se uma peça de arte é falsa ou verdadeira em meros microsegundos se formos conhecedores da matéria. O mesmo aconteceu comigo durante os primeiros segundos da música Guia: sabia que estava a ouvir algo único, algo lindo. O Caetano Veloso escreveu um bonito e extenso artigo no seu blog (os conhecimentos do Veloso acerca da música lusófona são valiosos) a elogiar o génio musical do António Zambujo, e chega mesmo a comparar o seu impacto na música contemporânea portuguesa ao impacto do João Gilberto na música brasileira. Escreveu também que a experiência de ouvir o António Zambujo pela primeira vez foi tão fantástica como a primeira vez que ele ouviu a Buika no CD Mi Niña Lola. Concordo plenmante e aconselho a leitura do artigo do Caetano Veloso.

António Zambujo especializa num tipo de fado chamado cante alentejano, inspirado nas músicas dos árabes norte africanos, vulgo mouros, que fizeram da península ibérica sua casa durante séculos. O seu melhor álbum, o que lhe catapultou para a fama além-fronteiras e lhe rendeu vários prémios foi Outro Sentido, de onde vem a música Nem Às Paredes Confesso. Mas, o seu último foi um dos melhores que ouvi este ano e chama-se Guia. Para além da música do mesmo nome, destaca-se o tema Zorro, uma música um tanto quanto ‘abossificada’.

Saturday, December 18, 2010

A caminho da cidade que me viu nascer...

On my way to Luanda...

Not everything is at it seems, by Hindhyra Mateta

Thursday, December 16, 2010

Brevemente / Coming Soon: Lusofonia Acústica, Vol. 2

Featuring music from Tsikaya, Maria Gadú, Narf e Manecas Costa, Ruy Mingas, Maria de Barros, Vanessa da Mata, Tcheka, Sandra Cordeiro. Coming soon, but for now, click play for the sneak "preview"...


Com músicas de Nancy Oliveira, Ellen Oléria, Uxía, Simentera, Grasspoppers, Konde, Paulo Flores, Avozinho, Frei Fado d'El Rei, etc. Sai brevemente, mas até lá, carregue no play para um 'sneak preview'...

Txeza, by AM Roots

Just got my hands (and ears) on AM Root's latest release, called Txeza. Here is what my good man Nunas (the Mozambican half of AM Roots) has to say about it: 

"AM ROOTS is back with a must have EP following the group's essence of deep house. The EP was recorded at Filipe's Studio in Brooklyn and remixed in Angola by Dj Djeff and Dj Silyvi. Txeza is a beautiful EP that will redefine the "African Swagger" for those who like funky grooves."

You can download all three promo tracks here. They are three different mixes of the song Txeza; my personal favorite, the Na Kasa Mix, is included for your enjoyment below. It's a great example of the attitute and groove of deep African house, of the Angolan/Mozambican variety.

Txeza (Na Kasa Mix)

Acabo de receber o último EP do grupo ango-moçambicano AM Roots. Eis o que o Nunas, a metade moçambicana do grupo, tem a dizer acerca do EP:

"A AM Roots está de volta com um EP imprescindível, depois do sucesso do grupo na exploração do deep house. Este EP foi gravado no estúdio do Filipe em Brooklyn e remixado em Angola pelo Dj Djeff e o Dj Silyvi. Txeza é um lindo EP que irá redifinir o "Swagger Africano" para aqueles que gostam de funky grooves."

Pode fazer o download das três faixas do EP aqui. Cada faixa é uma mix diferente da música; a minha preferida é a Na Kasa Mix, incluída acima para o prazer dos vossos tímpanos. É um bom exemplo da atitute e ritmo de house music africano, neste caso com sabor ango-moçambicano.

Mona Dya Kidi

"Antes ouvia muita gente a falar
Ah porque quem sabe, sabe
Quem não sabe, walala
Mas hoje em dia, a evolução repreende
Quem sabe, ensina
Quem não sabe, aprende."
-Mona Dya Kidi
  
For every 50 Angolan guys that pick up a microphone to make 'rap' or 'hip-hop' and instead spew forth mindless nonsense much like their counterparts in the US, comes one Mona Dya Kidi, an artist that still understands and respects the original essence of hip-hop music. Music for social intervention. Mona Dya Kidi released his LP a couple of months ago and hasn't stopped since. His popularity has been surging in Luanda, and he's already performed at Elinga, Espaço Bahia and on television. Angolan hip-hop music blogs have been enthusiastic about him and it was actually on Luaty's (Ikonoklasta) blog that I first heard about him.

There are four songs on Mona Dya Kidi's LP, but for me the best one is undoubtedly TPA (Todos Por Angola), a song I've been playing all day today. It's on repeat. It plays like an anthem of sorts, a call to action for Angolan youth, reminiscent of Keita Mayanda's 'O Caminho do Meio'. This is one of those occasions in which if you don't speak Portuguese I really feel for you, because the lyrics on this one are top-notch. Maybe at least you can enjoy the flow of the words and the reggae-influenced production work. As for Mona Dya Kidi, I wait anxiously for his debut album Kamun'dongo. Press play and listen to conscious Angolan rap...

You can download Dya Kidi's LP here (thanks Luaty).

TPA (Todos Por Angola)

Para cada 50 jovens angolanos que pegam no microfone com o inuito de cantar 'rap' ou 'hip-hop' e em vez disso fazem temas sem teor nem originalidade, muito como os seus compatriotas americanos que estão a contribuir para a "burrificação" do hip-hop, aparece um Mona Dya Kidi, um artista que ainda está ciente do papel do hip-hop na sociedade e respeita a sua essência. Porque o hip-hop é música de intervenção social. O Mona Dya Kidi lançou o seu LP há alguns meses e desde lá pelos vistos a sua popularidade em Luanda tem crescido considerávelmente. E ainda bem. O brada já actuou no templo do Elinga, nas noites de hip-hop do Espaço Bahia e no programa Tchilar, que nem deve estar habituado a ter lá talentos de verdade. São vários os blogs de hip-hop que o têm promovido e por acaso foi no blog do Luaty/Ikonoklasta (que nem é um blog exclusivamente de hip-hop), onde ouvi falar do Mona Dya Kidi pela primeira vez. 

Há quatro músicas no LP do Mona Dya Kidi mas concordo com o Luaty quando este diz que TPA (Todos por Angola) é o melhor brinde do disco. Para mim, o é sem dúvida alguma: tenho estado a ouvir o som em repeat, cada lição nele é captivante e verdadeira. Faz me lembrar do 'O Caminho do Meio' do mano Keita Mayanda. Quando carregarem no play acima e começarem a curtir o beat 'reggaeficado' deste som, prestem atenção na letra e da maneira que ele brinca com os títulos dos programas da TPA, usando-os para divulgar a sua mensage. Estou ansiosamente à espera do seu album de estreia, Kamun'dongo. Clica no play para ouvires rap angolano consciente e interventivo, como deve ser.

Podem fazer o download do LP do mano aqui (cheers Luaty).

Caipirinha Lounge Apoia: Cantos na Maré

Como não apoiar? Um festival internacional de música lusófona, em plena Galicia, e a representar Angola a nossa querida Aline Frazão. E ainda com participações de Lenine, nosso convidado para o Luanda Jazz Festival de 2010, a Gaudi Galego da Galiza, e o António Zambujo de Portugal. Na banda de base, o Português Paulo Borges no paino, o galego Xacobe Martínez Antelo no contrabaixo, Quiné de Portugal da bateria e perurssão, o seu compatriota Rubén Santos no trombone e o brasileiro Sérgio Tannus na guitarra e cavaquinho. A direcção artística do Festival está a cargo da nossa conhecida Uxía, e o Festival, já no seu oitavo ano e que conta sempre com um elenco de luxo, terá lugar no dia 18 de Dezembro (este sábado). O Caipirinha Lounge apoia e deseja a todos muito boa música.

Website do Festival

Um pouco sobre ele (em galego): Cantos na Maré, Festival Internacional da Lusofonía é un proxecto cultural pioneiro no estado español, que a través da lingua e da música traza un mapa común entre os territorios da lusofonía que comparten raíces. CNM amosa que desde a lingua galega se poden tender pontes que nos acheguen a outras culturas emerxentes, á vez que sitúan a nosa cultura no mundo.

O Incorrigível, by Kid MC

A couple of weeks ago I posted the teaser video for Kid MC's first single off his second album, O Incorrigível, fresh off his label Madtape's blog. Today I have the pleasure of sharing with you the full track, again thanks to Madtapes, and it is pure fire. Kid MC's first album was a huge success in Angola, and they say that sophomore albums are usually a slump, but I feel that O Incorrigível, out in Luanda's streets on December 18, will be even better. I'm judging that assessment on the stronger, more mature and more socially conscious lyricism emanating from the album's title track. Even if you don't understand Portuguese you can sense the man's indignation at the social conditions of his and my, our, country. The beat is pure class as well, and it's done by popular producer Raiva. Click play below and jam to Kid MC, Angola's hip-hop star in the making.

O Incorrigível

Umas semanas atrás postei aqui o teaser clip do track O Incorrigível, o primeiro single do novo álbum do Kid MC, do mesmo nome. Tanto o teaser como a track que agora torno disponível abaixo foram encontrados no blog Madtapes, paragem incontornável para aqueles que apreciam o hip-hop angolano. O Incorrigível é fogo. Pura e simplesmente. O primeiro álbum do Kid MC foi um grande sucesso em Angola, mas uma grande parte dos músicos mundiais não conseguem superar a força do seu primeiro álbum com algo mais substancial no segundo, sendo assim vítimas do chamado 'sophomore slump'. Dúvido que isto acontecerá com o Kid. Dia 18 de Dezembro foi a data escolhida para o lançamento do Incorrigível, na Praça da Independência. É perigoso julgar um álbum inteiro num só brinde e ainda mais antes de o ouvir, mas ouvindo O Incorrigível tenho a sensação que as rimas do Kid estão mais conscientes, mais maduras, mais polidas, mais indignadas em relação ao seu primeiro trabalho. Nota-se uma dedicação profunda. E o beat foi uma jogada de mestre, parabens ao Raiva. Carrega no play e sente o mambo...

Caipirinha Lounge Cinema: Australopithecus, by 340ml

This isn't actually an original video by the Mozambican/South African/Jozambican band 340ml...Tiago just used footage from the iconic opening scene of the film 2001: A Space Odyssey. For those of you who have seen the movie and remember the original score used for this scene, the effect of this video is actually quite humorous and surprising. Here, read what Tiago had to say about it on his blog.


Esse não é própriamente um vídeo original da banda moçambicana/sul-africana/jozambicana 340ml...o Tiago simplesmente usou imagens da icônica sequência de abertura do filme 2001: A Space Odyssey. Para quem já viu o filme e se lembra da trilha sonora desta cena, o efeito do vídeo acima é engraçado e surpreendente. Olha, lê o que o Tiago escreveu sobre o vídeo no seu blog.

Wednesday, December 15, 2010

Maria de Barros

Just when you think Cape Verde couldn’t possibly produce yet another uniquely talented, gifted artist, you hear Maria de Barros, perhaps one of Cape Verde’s lesser-known and more underrated musicians, but one that is making her mark around the world. I heard about her through my cousin Nacy who lives in Portugal, where Maria de Barros has a sizeable fan base. Born in Senegal but bred in Cape Verde and Mauritania, she has performed live all over the Lusophone world and beyond to mesmerized audiences. Her songs are simple and melodic, and I like them because they espouse the pure essence of the Cape Verdean sound. She sings with the joy and exuberance of someone who is in love with music. The three songs featured here come from the albums Dança Ma Mi and Nha Mundo. Caresse Moi, sung in French, is featured in the former and is a sensual, slowed down ballad that I imagine would sound beautiful in a sea-side bar in Praia while the sun is setting. Rosinha, on the same album, is a barer, melodic tune that sings like a lullaby, while Nha Mundo showcases a more upbeat Maria.

Caresse Moi
Rosinha
Nha Mundo

É incrível a diversidade musical de Cabo Verde e a sua capacidade em parir verdadeiros talentos. A Maria de Barros é mais um destes talentos, talvez não tão bem conhecida como certos compatriotas seus mas com certeza bastante interessante. Ouvi dela pelo meu primo Nacy, que vive em Portugal onde a Maria de Barros tem um número considerável de fãs. Nasceu no Senegal de pais caboverdeanos e cresceu tanto em Mauritânia como no país natal dos seus pais, e hoje em dia canta ao vivo e encanta audiências por todo mundo lusófono e não só. As suas músicas são simples e melódicas, e gosto delas pela maneira que expressam a pura essência da musica caboverdeana. Ela canta com uma paixão e exuberância própria de que realmente gosta da música. As três faixas destacadas aqui são de dois álbuns seus, nomeadamente o Dança Ma Mi e o Nha Mundo. Caresse Moi, cantado em francês, vem do primeiro álbum e trás-nos um som sensual, um som que imagino seria perfeito de se ouvir num bar a beira mar na cidade da Praia enquanto o sol esconde-se no horizonte. Rosinha, do mesmo álbum, tem uma linda letra envolta numa melodia memorável, enquanto que Nha Mundo conta-nos a história de vida da Maria.

Tuesday, December 14, 2010

Bicicletas, Bolos, e Outras Alegrias, by Vanessa da Mata

Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias is Vanessa da Mata’s fourth studio album and one of the best Lusophone records I’ve heard all year. Once again, the production quality on this album is top notch, even more so than Sim, and listening to them on quality headphones is an experience in and of itself. It’s often said that MPB (Brazilian Popular Music) is a bit stale and repetitive but this is one of those albums that comes out every six months or so and stuns us all. It highlights Vanessa’s uniqueness and freedom in a way that Sim was unable to do. This record has rock, reggae, samba, bossa, a dash of electronica and a lot of attitude.

I have the habit of rating an album’s standout tracks on that star-rating feature on iTunes and I ended up starring six songs on this album, which comes out to half the album. I’m featuring three of them here in the hopes that you’ll buy this album; three songs that I feel display the diverse musical range of this piece of work. The energetic and rock-inducing O Tal Casal is the CD’s first song, one that immediately grabs your attention. As Palavras is the inevitable reggae track of a Vanessa da Mata album, a soft, lyrical, laid back roots reggae joint that slows things down a bit after the album’s rampant opening tracks. The albums title track, Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias is my favorite one and by its pulsating, vigorous rhythm it’s easy to see why. Crank it up, you’ll understand.

O Tal Casal
As Palavras
Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias

Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias é o quarto disco de estúdio da Vanessa da Mata e um dos melhores álbuns lusófonos que ouvi este ano. Mais uma vez a qualidade de produção está exemplar, ainda mais que o Sim, e ouvindo estas músicas em headphones de verdade é uma experiência por si só. Há muitos que dizem que ás vezes a MPB é monótona e repetitiva mas quase que cada seis meses saem álbuns como este e nos derretem a todos. Sinto-me, sei lá, mais próximo a esta artista por causa deste álbum...creio que este é talvez o melhor dela, e com certeza o mais maduro. Sinto que ela está mais livre, mais solta. O álbum tem elementos de rock, reggae, samba, bossa, uma pitada de electronica e bué de atitude.

Tenho o hábito de avaliar músicas no iTunes dando-lhes um número determinado de estrelas e com este álbum reparei que seis das músicas levaram estrelas, ou seja, metade do disco. Mas as três que escolhi para postar aqui são as que, na minha opinião, melhor espelham a diversidade musical deste trabalho. O Tal Casal é a primeira faixa do disco, uma música energética com elementos de rock que chama logo a atenção como quem diz, bem-vindos ao álbum. Como não podia faltar num álbum da Vanessa da Mata temos uma roots reggae track com As Palavras, uma faixa linda e suave que acalma um pouco as coisas depois de uma entrada como O Tal Casal. A faixa que dá o nome ao álbum é a minha preferida, e com o seu ritmo alucinante, pulsante e vigoroso é fácil ver porquê. Levanta o volume e perceberás do que falo.

Thursday, November 25, 2010

Caipirinha Lounge Presents: Late Nite Lusófona, Vol. 1


Bem-vindos ao Late Nite Lusófona, uma colecção de 23 canções suaves que sabem melhor quando tocadas as altas horas da madrugada quando o copo de caipirinha (ou vinho) já está quase no fim. É para ser tocada a sós, em companhia ou na parte final duma festa, para momentos solitários ou para momentos de confraternização. Ouvirás vozes de artistas angolanos, brasileiros, portugueses, caboverdeanos e moçambicanos. Nomes como o Moreira Project, o Leo Wawuti e Keita Mayanda do Conjunto Ngonguenha, o grupo Zuco 103, a Maria Gadú, o grupo Afrologia, a voz única da Tereza Salgueiro, entre vários outros. Segue a ordem em que as músicas devem ser tocadas:


Welcome to Late Nite Lusófona, a collection of 23 laid-back songs that taste better when listened to during late, late hours of the night and when your caipirinha (or wine) glass is close to empty. These songs are to be played when you’re by yourself, or perhaps when you have company over, or maybe at the end of a particularly good party. It’s for solitary moments or for worthy happenings. You’ll hear songs from Angolan, Brazilian, Portuguese, Cape Verdean, and Mozambican artists. Names like Moreira Project, Leo Wawuti and Keita Mayanda from Conjunto Ngonguenha, Zuco 103, Maria Gadú, Afrologia, Tereza”s Salgueiro’s unique voice, among many others. Play these songs in the order displayed below:

Incluído neste post está a música Volta do Zuco 103, faixa número dois desta playlist.

Volta


Included in this post is the song Volta by Zuco 103, coming in at number two on this playlist.


1. Lounge, por Maria Gadú (Brasil)
2. Volta, por Zuco 103 (Brasil)
3. E Depois, por BiD feat. Seu Jorge (Brasil)
4. Madrugada, por Zuco 103 (Brasil)
5. Madingueira, por BiD feat. Elza Soares (Brasil)
6. Destino Maior: Amar, por Carlos Martins feat. Mayra Andrade (Portugal/Cabo Verde)
7. Light My Fire, por Astrud Gilberto (Brasil)
8. Andorinha, por António Carlos Jobim (Brasil)
9. Canta um Tango, por Lura (Cabo Verde)
10. Bubuia, por Céu (Brasil)
11. Na Noite se Resolve, por BiD feat. Black Alien e DJ Soul Singer (Brasil)
12. Lado Escondido, por Leonardo Wawuti feat. Azhar (Angola)
13. Apenas Sei, por Jazzmática (Angola)
14. Idade da Razão, por Keita Mayanda (Angola)
15. Conheço-te de Algum Lado, por Bob da Rage Sense (Angola)
16. Eyes Don’t Lie, por Moreira Project (Moçambique)
17. O Nomeado II, por Dino Soulmotion (Portugal)
18. Samba da Benção, por Bebel Gilberto (Brasil)
19. Só Quero, por Afrologia/Soulwatt (Angola)
20. Dam Bô, por Sara Tavares (Cabo Verde)
21. Palavras Ausentes, por Madredeus (Portugal)
22. What Happens in Between, por 340ml (Moçambique)
23. Early Morning, por 340ml (Moçambique)

Download mixtape here:

Late Nite Lusófona, Vol. 1

Candle in a bar photo by cytoon

Caipirinha Lounge Apoia: Angola Nos Trilhos da Independência

É um projecto dinâmico e arrojado. Seguem mais informações, e o trailer:

"Angola segue, independente, a caminho dos 40 anos e esse facto torna urgente a necessidade de preservar os testemunhos dos que contribuíram para que aqui chegássemos.
Na luta pela independência participaram indivíduos, que nos podem ainda narrar as suas experiências vividas. Testemunhos que é preciso recolher, registar e preservar.

A tarefa é urgente e a colaboração de todos é necessária. Só assim poderemos assegurar que através do trabalho de estudiosos e investigadores, as gerações mais novas e vindouras venham a enriquecer o seu conhecimento sobre a nossa História.

Com o objectivo de contribuir com a sua parte nesta tarefa de todos, a Associação Tchiweka de Documentação (ATD) decidiu, para além das suas actividades correntes, levar a cabo o Projecto “Angola nos Trilhos da Independência” que tem por objectivo proceder à recolha de testemunhos orais de nacionais ou estrangeiros, directa ou indirectamente envolvidos na luta anticolonial.

Angola nos Trilhos da Independência”, pretende contribuir para uma pesquisa abrangente, que permita o registo de testemunhos no mosaico do movimento nacionalista.

Este Projecto tem uma duração de 5 anos. Em 2015, com base no material recolhido e com execução Geração-80, a ATD pretende promover um documentário sobre o trabalho realizado."


Projecto Trilhos - Trailer Nacional - Português from Projecto Trilhos on Vimeo.

In English:

Angola is independent for almost 40 years and this fact makes it urgent the need to preserve testimonies of those who contributed to this achievement.

Some people that participated in the struggle for independence can still share recounts of their experiences. Testimonials that – we must collect, record and preserve.

The task is urgent and everyone’s cooperation is needed. This way, we can ensure that, through the work of scholars and researchers, the younger generations and the ones to come will enrich their knowledge about our History.

The “Associação Tchiweka de Documentação” (ATD) association decided, in addition to its regular activities, to carry out the project “Angola – Nos Trilhos da Independência” with the goal of contributing with its share in this common task. This project aims to collect oral testimonies of domestic or foreign, directly or indirectly involved in the anti-colonial struggle.

“Angola – Nos Trilhos da Independência”, intends to contribute for a comprehensive research, which allows the registration of testimony in the nationalist movement medley.

This project will span over 5 years. In 2015, based on gathered material and with “Geração-80” production, ATD will promote a documentary about the work done.


Projecto Trilhos - National - English from Projecto Trilhos on Vimeo.

Caipirinha Lounge Apoia: União Electrónica

União Electrónica


Palavras pra quê? Vou deixar eles explicarem:

"Are you ready for the Good Vibes @ the Culture Club...?!? ;-)

Na sequência da colaboração do Movimento X com a Embaixada Francesa, a Alliance Française, a Embaixada da Holanda, a Embaixada da Itália, a Embaixada da Alemanha e a Embaixada da Espanha, e a Agencia Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, está programada a organização de um evento denominado “União Electrónica” durante os dias 25, 26 e 27 de Novembro em diversos locais da cidade de Luanda.

Este evento é considerado por muitos como o maior evento de Musica de Dança Electrónica da História Contemporânea de Angola, face à presença de cinco DJs Internacionais de qualidade Mundial num único fim de semana e dois DJs Angolanos de qualidade indiscutivel.

Conceito do Projecto “União Electrónica”
DJs Europeus e Angolanos Unidos pela Música Electrónica

O projecto União Electrónica (UE) é um projecto de parceria entre vários países da União Europeia e o Movimento X que visa promover a música electrónica e os valores inerentemente relacionados com a União Europeia, promovendo o intercâmbio cultural entre DJs Europeus e DJs Angolanos, participando o Movimento X não apenas como produtor, mas também como actor desses eventos.

O evento UE, está previsto para os dias 25, 26 e 27 de Novembro. Quinta-feira, dia 25 de Novembro, é proposto um cocktail com abertura ao publico a partir das 22h30 no espaço Bahia com a apresentação e actuação breve dos DJs convidados, na Sexta, dia 26 de Novembro existe a actuação no Teatro & Bar Elinga dos DJs a partir das 22H30, e Sábado, dia 27 de Novembro haverá uma a festa na praia “Bandeira Azul Sunset Party” entre as 15h00 \ 20h00 no Bar Lookal para celebrar a Natureza e respeito por ela, realçando os valores relacionados com Ecologia, com uma After Party no Espaço Cultural Elinga Teatro & Bar a partir das 23h00.


Programa Detalhado
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Movimento X - União Electrónica
Angola - Novembro de 2010

Quinta-Feira dia 25 Novembro
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Bahia - Cocktail - Entrada Livre
22h30 - 24h00
Ulix in the Mix

Sexta-Feira dia 26 Novembro
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Elinga Bar & Teatro - 1.000 AKZ

Sala Hall
22h30 - 00h30 - Demon (FR)
00h30-02h30 - Leandro Silva (AO)
02h30-05h30 - Isis (NL)

Sala Ballet
22h30 - 00h30 - Ulix in the Mix (AO)
00h30-02h30 - Dario Assenzo (IT)
02h30-05h30 -Jaumetic (ES)

Sábado dia 27 Novembro
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Lookal - Beach Party - Entrada Livre

15:00 - Ulix in the Mix (AO)
16:00 - Maringo (DE)
17:00 - Jaumetic (ES)
18:00 - Dario Assenzo (IT)
19:00 - Demon (FR)

Elinga Bar & Teatro - 1.000 AKZ
After-Party

Sala Hall
23h00 - 01h00 - Ulix in the Mix (AO)
01h00-3h00 - Jaumetic (ES)
3h00-6h00 - Maringo (DE)

Sala Ballet
23h00 - 01h00 - Leandro Silva (AO)
01h00-3h00 - Demon (FR)
3h00-6h00 - Dario Assenzo (IT)


Apresentação dos DJs
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DJ Dário Assenzo
Itália
Funky House, House

Residente em Milão, mas Siciliano de origem, cosmopolita no estilo musical, DJ, produtor e manipulador de som como o próprio se define, durante o seu percurso como DJ sofreu uma metamorfose musical, que iniciou nos grooves mais profundos, obscuros do Underground até chegar a uma House Music mais pura e genuína. Começou depois por misturar House, com musica dos anos ‘70, Funky e Tribal tendo-se então tornado conhecido como “Dario e o seu motor de Jazz House Privée".

Em 2000 faz a sua primeira produção discográfica, durante a qual colabora com o projecto promocional Let the music. A seguir colabora para um projecto de maior dimensão com os Keepers of Melody, fundado por seu amigo DJ e produtor Sergio Matina. Decide então mudar-se para Milão, cidade que lhe permite expandir-se e enriquecer a sua bagagem profissional. Em Novembro de 2007 funda a editora musical Tendenzia Records, que, além de promover os seus produtos, promove também artistas de toda a Europa.


DJ Demon
França
Electronic, Hip Hop, Pop

Demon é internacionalmente conhecido como produtor com a criação You are my high. Um hit que percorreu o planeta em 2002 e cujo vídeo lhe granjeou numerosos prémios incluindo um MTV Music Award e um Victoire de la Music conjuntamente com Daft Punk e Manu Chao. No entanto a sua entrada na cena musical electrónica Francesa foi procedido com vários trabalhos de Hip-Hop, após os quais decidiu produzir a partir da sua própria editora trabalhos electrónicos tendo colaborado com alguns dos melhores produtores Franceses da actualidade como Etienne de Crecy, Daft Punk, Roy Davis Junior, Alex Gopher, Cassius, Mr Oizo e outros.

Em Junho de 2010, o EP I Think marcou o regresso de Demon’s. Com um sentido Pop apurado, este EP mostrou a luta incessante de Demon em esticar os limites daquilo que pode ser conseguido com a Musica Electrónica Contemporânea.


DJ Ísis
Holanda
Tech-House, Electro, Minimal, World Grooves

DJ Isis é um dos grandes destaques do União Electrónica. Ela é actualmente considerada uma das 10 melhores DJ’s do mundo na área de tech-house, tendo tocado em Clubs e Eventos que vão desde Ibiza (Pacha, Space, DC10), Berlin (Love Parade, Trésor), Sensation (Holanda), World Miami Conference, New York (Pacha) e Londres (The end). Depois de todas estas cidades estará esta Sexta-Feira dia 26 de Novembro no mítico Elinga Bar.

As suas actuações como DJ podem ser categorizadas como uma aventura excitante que atravessa a história da moderna música de dança. O seu estilo é cintilante e pouco convencional. Aprópria Ísis define as suas actuações como “uma mistura principalmente de música de dança electrónica repetitiva com um toque de minimalista e electro. A harmonia dentro das faixas individuais e o mix total é a minha linha directriz”. As suas actuações são também caracterizadas por varias influencias étnicas tais como africanas, orientais, latino-americanas e dub.

No dia 20 de Fevereiro de 2010, a Ísis foi eleita Presidente de Amesterdão Noturno. Durante os próximos dois anos a Ísis será a portadora do ceptro para a vida noturna de Amesterdão. A Ísis quer assegurar a permanência dos artistas em Amesterdão através da criação de mais espaços para e espontaneidade e flexibilidade. Para além de DJ é Produtora, tendo produzido inúmeros eventos de sucesso na Holanda.


DJ Jaumetic
Espanha
Minimal House, Tech-House, Techno, Electro, Pop

Jaumetic chega-nos de Barcelona, uma das cidades de referência da Musica Electrónica que com o Festival de Musica Electrónica Sonar agrega muito dos movimentos Contemporâneos e de Vanguarda desde há cerca de 20 Anos. Jaumetic foi escolhido como melhor DJ de musica electrónica em Espanha por vários organismos como o DJ1, Rock de Lux e o Clubbingspain.

Musico, produtor, DJ, dinamizador cultural e elemento indispensável para entender parte da música electrónica feita em Espanha na última década, Jaumetic começou como DJ em 1992, levando actuações nos mais prestigiados palcos do planeta incluindo várias actuações no Sonar, e actuações em praticamente todos os continentes, as sonoridades dos seus sets tornaram-se progressivamente conhecidas mundialmente. Os seus sets são preferencialmente sintéticos dentro da área do Minimal House, Tech-House, Techno e Electro, muitas vezes com ligeiras influências de Pop. Como prolifico produtor é conhecido como Phil Link.


Dj Leandro Silva
Angola
Electronic, Deep House, Progressive House

Actualmente, DJ Leandro Silva é uma das referências incontornáveis da Musica Electrónica em Angola, tendo com o seu Movimento X estabelecido aquela que é já uma imagem de marca e uma das noites de referência para sair à noite em Luanda: As Sextas no mítico Elinga Bar.

Portador de uma quase inata habilidade técnica, os seus sets destacam-se não só por essa técnica irrepreensível, mas sobretudo pela sua capacidade e instinto em construir sets magnéticos e ambientais, que levam a que muitas das suas noites sejam desejadas por muitos como uma experiência a repetir.
Tendo no passado actuado em múltiplos Clubs em Angola, os seus sets vão actualmente desde o House, Progressive House e Deep House, passando ainda por sonoridades mais ambientais dentro dos diversos ramos da Musica de Dança Electrónica.


DJ Maringo
Alemanha
Progressive House, Vocal House

Proveniente de Berlim, uma das capitais mundiais da Música Electrónica, DJ Maringo é residente no Kit-Kat um dos míticos Clubs dessa cidade a par do Trésor.

Devido à reconhecida qualidade dos seu sets, DJ Maringo é actualmente um dos DJs mais conhecidos pelos Berlinenses e pela Dance Scene de Berlim. Poucas são os Clubs de nome e qualidade que não contaram ainda com a sua presença. Nos últimos tempos os seus sets tem-se sobretudo caracterizado e situado dentro da área do Vocal House enriquecido com Progressive House de uma finesse exclusiva. DJ Maringo é no entanto capaz de tocar praticamente qualquer estilo dentro da Musica de Dança Electrónica. O resultado das suas sensíveis misturas é a tendência quase inevitável de levar ao extâse as audiências. Tem produzido e remisturado vários temas internacionais e é residente actualmente em três importantes Clubs Alemães.


Dj Ulix in the Mix
Angola
Soulfull House, AfroBeat, House, Funk

Ulix in the Mix é um dos membros fundadores do Movimento X em 2007, e é uma das jóias escondidas deste Movimento, sendo apenas solicitado a intervir e actuar como DJ aquando de eventos especiais como é o caso da União Electrónica.

Portador de uma plasticidade sem par e de uma capacidade inesgotável de transmitir alegria à pista de dança, Ulix in the Mix toca em bares há cerca de 15 anos, tendo participado como co-produtor de vários programas de Rádio de culto como foram Ubana Muzik Sound e Circuito Alternativo. Com os seus sets globais temperados com sons por vezes Africanos ou buscando a subliminar beleza das batidas de House ou de um House mais cantado, consegue inevitavelmente levar o êxtase à assistência. Um dom que nem todos os DJs profissionais têm."

Aline Frazão Toca Amanhã no Festival Musidanças

É com grande prazer que venho por este meio espalhar a notícia que a grande amiga deste blogue, a querida Aline Frazão, irá tocar amanhã no Festival Musidanças, e com a banda completa!

Um pouco mais sobre este prestigiado evento, directamente do site do Musidanças:

Musidanças é um dos movimentos responsáveis pela apresentação de muitos artistas hoje reconhecidos no panorama nacional e não só, como: Guto Pires, Terranaçom, Braima Galissa, Pedro Moreno, FernandoTerra, Lindu Mona, Celina Pereira, Nancy Vieira, Theo Pascal, Grupo Batuque, Voz de África, Sara Tavares, Melo D, Maré Nostrum, Daskarieh, Terrakota, Francisco Naia, Ngoma Makamba e a revelação de Dama Bete.
Ao longo dos dez anos de existência, o Festival conta com o apoio de mais de 50 Instituições e Organizações que promovem a difusão da dança, da poesia, da arte e da música cantada  por intérpretes de língua portuguesa.

Missão

O Musidanças é um Festival que tem como missão promover e incentivar o trabalho dos artistas de origem portuguesa, angolana, brasileira, moçambicana, cabo verdiana, são tomense, guinense e timorense.

Visão

Estabelecer parcerias com entidades envolvidas em projectos lusófonos, visando reconhecer, apoiar e promover o encontro entre estas culturas.

Posicionamento

O Festival Musidanças, posiciona-se como um elo entre estas culturas, acreditando que o segredo e a qualidade estejam na mistura.

Objectivos

  • Divulgar a arte lusófona em Portugal e nos demais países envolvidos no Festival;
  • Promover o trabalho dos artistas participantes no Festival;
  • Estimular a criação de arte lusófona;
  • Educar e desenvolver a consciência de lusofonia;
  • Criar um elo entre o trabalho dos artistas participantes, promovendo diálogos interculturais;
  • Proporcionar atracções de qualidade, que possam manter vivas as origens do público estrangeiro-lusófono residente em Portugal.

Mais informações aqui: www.musidancas.com

Jazz del Mar na nossa querida Ilha...

Hoje à noite no lindo Café del Mar na Ilha de Luanda, os apreciadores de jazz poderam escutar uma das melhores vozes do jazz angolano ao vivo. Não percam a Sandra Cordeiro em mais uma noite de boa música em convívio. Saiba mais sobre esta iniciativa do Jazz del Mar:

"Dia 24 de Novembro não perca SANDRA CORDEIRO, uma voz contagiante que depois do seu grande sucesso na 1º edição do Luanda International Jazz Festival e várias apresentações pelo país, irá se apresentar na 2º edição do “Jazz del Mar” com o convidado Senegalês YANCOUBA DIEBATE (instrumento Kora).


Venha ouvir e aplaudir música de qualidade no Café del Mar as 21:00, na Ilha de Luanda.


Bilhetes a venda no local do evento, ao preço único de 3.000 AKZ.


Patrocinador Oficial: BAI (Banco Africano de Investimentos) – Investimos em Si."

E um pouco mais sobre o Jazz del Mar:

A RITEK Eventos e Produções e a Grandes Mundos apresentam o projecto cultural "Jazz del Mar", que se realiza de dois em dois meses e reúne aproximadamente 250 pessoas apreciadoras de música.
O objectivo é de incentivar a arte e a cultura africana, explorando todos os ritmos musicais, criando oportunidades aos músicos angolanos a apresentarem as suas próprias improvisações.
Este projecto é uma antevisão do "Luanda International Jazz Festival", que anualmente traz ao nosso país, referências musicais a nível mundial. Um festival aberto para os músicos angolanos, dada a carência que os mesmos enfrentam em relação ao acesso a eventos desta natureza. Uma vez que, um artista nao se contenta em fazer arte, mas tem necessidade de mostra-la.

Wednesday, November 10, 2010

Tereza Salgueiro no Brasil / Tereza Salgueiro in Brazil


Para todos os fãs da Tereza Salgueiro em São Paulo e não só, não percam o que promete ser um grande concerto desta linda e talentosa cantora portuguesa, uma das melhores vozes na lusofonia.

To all Tereza Salgueiro fans living in São Paulo in particular and in Brazil in general, don't miss what promises to be an amazing concert by one of the best voices in the lusophone world.

Tuesday, November 9, 2010

Brevemente / Coming Soon: Late Nite Lusófona, Vol. 1

Enquanto ainda não está dísponível para download, já podem ter um cheirinho desta nova mixtape do Caipirinha Lounge no 8tracks.

While it's not yet available for download, you can get a taste of Caipirinha Lounge's new playlist on 8tracks.

-Candle photo by Cytoon

Late Nite Lounge Vol. 33 - Mandingueira, by BiD feat. Elza Soares

Elza Soares, by Maíra Soares
The song was composed by BiD, features Walmir Gil on trumpets and was written by paulista trip-hop artist Iara Rennó, who will soon be featured here at the Lounge. The husky, steamy voice you hear is that of MPB legend Elza Soares, an icon of the genre and one of her country's greatest musical exports. Her's is also the image that adorns this post. Mandingueira is a quintessential late nite track - understated, sexy, sophisticated. One of those tracks that's best listened to when the lights are dim and the caipirinha glass half empty. Its electronica and downtempo elements combine intricately with its bossa roots and Walmir Gil's brass elevates the song to a near perfect status. In an album of standout tracks, Mandingueira is one of the most memorable.

Mandingueira

Esta música foi composta pelo BiD, escrita pela artista paulistana Iara Rennó (brevemente no Lounge) e tem a participação do trumpetista Walmir Gil. Mas o que a torna verdadeiramente sensual é a voz ofegante e deliciosamente rouca da Elza Soares, uma lenda viva da MPB e uma ícone no seu país e um pouco por todo mundo. É dela a imagem que enfeita este post. Mandingueira é uma daquelas músicas que sabe melhor de madrugada. É uma música subtil, sexy, sofisticada, que não tenta ser mais do que é. É para ser ouvida quando o copo da caipirinha já estiver meio vazio e as luzes já não brilham com a mesma intensidade. É electronica e downtempo com sabor a bossa nova, e a trompeta do Walmir Gil a torna quase perfeita. Num album de grandes músicas, esta é uma das mais memoráveis.

Caipirinha Lounge Cinema: Mandingueira, by BiD feat Elza Soares

Below is the video for one of the sultriest tracks on BiD's debut album Bambas & Biritas, Vol 1. The raw sensuality that Mandingueira exudes is eloquently captured in this video featuring another Bambas collaborater in Seu Jorge as well as the exquisite Brazilian model and actress Fernanda Lima. You can read more about Mandingueira here.


Acima está o vídeo da música Mandingueira, uma dos temas mais ardentes do disco Bambas & Biritas Vol 1 do BiD. A sensualidade crua que a música emite foi eloquentemente capturada neste clip, que conta com a participação de outro colaborador do BiD no album, o Seu Jorge, e a beleza ofegante da modelo e actriz brasileira Fernanda Lima. Pode ler mais acerca da Mandingueira aqui.

Monday, November 8, 2010

Angola Soundtrack: The Unique Sound Of Luanda (1968-1976)


Samy Ben Redjeb, founder of the famed German label Analog Africa, is yet another man who couldn't resist the undeniable allure of vintage Angolan popular music. Part of a larger, and growing, trend that has seen popular Angolan music featured in such widely known media outlets as NPR, Portuguese film festival IndieLisboa, and of course Maianga's 2009 realease Comfusões 1, Redjeb's release is one of the most complete and original compilations of the golden era of Angolan music that money can buy, up there with such well known classics as Soul of Angola and Angola - The Greatest Songs from the 60s and 70s. Analog's Angola Soundtrack has many songs that you won't find in either of those compilations, including rare works by Jovens do Prenda, David Zé and Africa Show, among several others. Samy actually went to Luanda to find and talk to many of the artists featured on his compilation; read on about his adventure in the press release below.

O Samy Ben Redjeb, fundador da famosa label alemã de música africana, Analog Africa, é mais um amante de música que se rendeu as qualidades inegáveis da música popular angolana. Faz parte de uma tendência um tanto quanto mundial por parte de renomadas instituições e publicações internacionais de valorizarem a música popular angolana do período ante-independência. Só estes últimos meses tivemos música popular angolana a tocar na NPR (rádio nacional dos Estados Unidos), ou a ser destacada no festival IndieLisboa, ou ainda a ser 'remixada' em albums como o Comfusões 1, da Maianga Produções. Mas, a compilação do Samy Redjeb é uma das mais originais e completas que existem no mercado mundial, e mesmo não sendo tão completa e exaustiva como Angola - The Greatest Songs from the 60s and 70s, seguramente que está no mesmo patamar que Soul of Angola. A compilação da Analog Africa contém muitas músicas que não fazem parte das compilações citadas acima, incluindo trabalhos raros de gente como David Zé, Jovens do Prenda, e Africa Show. Pudera...o próprio Samy foi até Luanda para conversar com os artistas por trás destas músicas ou pelo menos para as encontrar em estado bruto. Leia abaixo a sua press release:

"For its ninth release, Analog Africa unearths musical gems from Angola, the former Portuguese colony in south central Africa. The compilation ‘Angola Soundtrack‘ includes tracks from 1965 – 1976, arguably the golden era of Angolan music.

Angolan music is truly unique and stands on its own as a sound that can only be found in that part of the world. Rhythms such as Rebita, Kazukuta, Semba and Merengue, all of which are presented on ‘Angola Soundtrack’, might be unfamiliar to most listeners, but they are superbly melodic and highly danceable, a powerful confluence of traditional rhythms from Luanda’s islands, psychedelic guitar sounds imported from neighboring Congo, Latin grooves, old school Caribbean merengue and the hard beat of the Angolan carnival bands conspired to create the modern music of Angola. These sounds were immortalized by two excellent recording companies – Fadiang (Fábrica de Discos Angolano) and Valentim de Carvalho.


The nascent Angolan music scene was set on fire by a small group of courageous singers, backed by an array of super tight bands and led by extraordinary guitarists who revolutionized the musical and the political panorama of the 60s and 70s. These great electric bands of Angola were a well-kept secret until the late 90s when France-based music label Buda Musique released a short-lived series of Angolan music compiled by Ariel de Bigault.

Inspired and taken aback, these releases proved to be crucially influential to Analog Africa’s founder Samy Ben Redjeb: 'Listening to Angolan music suddenly became part of my daily life and when my label was founded a few years later, the idea of releasing an Angolan compilation was never too far away from my mind.

From the nine Analog Africa releases thus far, ‘Angola Soundtrack‘ has been the most difficult to create. The travel visa was in itself a struggle and logistically and financially Luanda is a nightmare. After two unsuccessful years, I eventually found shelter at a home in Prenda, a musseque (township) outside of the capital. I had come to this former Portuguese colony to meet my favorite Angolan musicians, to convey my love and admiration for what they have created, as well as license some of my favorite tunes for my label while documenting their story.

I had no idea what to expect from the trip – more than once was I told to expect complicated situations, and that if I thought I knew Africa, I should wait until I experience Luanda. I was prepared for the worst. To my surprise I encountered an amazingly positive vibe and, except for heavy traffic jams and high costs, I am entirely grateful of my Angolan experience.
With the support of Zé Keno, the legendary guitarist of Jovens Do Prenda, I managed to meet most of the composers of the songs featured here. The numerous anecdotes they provided are presented in the 44-page booklet that comes with this compilation.'"

Track-listing:

1. Mamukueno – “Rei do Palhetinho” 3:10
2. Os Kiezos – “Comboio” 3:35
3. Jovens Do Prenda – “Ilha Virgem” 3:45
4. Zé Da Lua – “Ulungu Wami” 2:50
5. Os Bongos – “Pachanga Maria” 3:20
6. Dimba Diangola – “Tira Sapato” 2:55
7. Santos Júnior – “N´Gui Banza Mama” 4:25
8. N´Goma Jazz – “Mi Cantando Para Ti” 3:35
9. Ferreira Do Nascimento – “Macongo Me Chiquita” 3:50
10. David Zé – “Uma Amiga” 2:40
11. Jovens Do Prenda – “Farra Na Madrugada” 4:45
12. Os Korimbas – “Sémba Braguez” 4:20
13. Dimba Diangola – “Fuma” 4:08
14. Alliace Makiadi – “Passeio por Luanda” 3:50
15. Os Bongos – “Kazucuta” 3:20
16. Quim Manuel O Espirito Santo – “Eme Lelu” 5:02
17. Africa Ritmos – “Pica O Dedo” 4:00
18. Africa Show – “Massanga Mama” 5:35
 
Buy the album / Compre o album:

Bambas e Biritas Vol. 1, by BiD

This is without a doubt one of the smoothest, most eclectic albums of contemporary Brazilian music (it was released in 2004). It's an astonishing piece of work for its originality, groove and vibe - yet another album that proves that São Paulo is truly Brazil's musical capital (sorry cariocas!). Envisioned and created by revered Brazilian music producer and DJ BiD (Eduardo Bidlovski), Bambas e Biritas (spliffs and booze in Portuguese) fuses Brazilian musicality with funk, soul, hip-hop, and electronica. The result is a highly cosmopolitan record featuring such contemporary Brazilian stars as Elza Soares, Carlos Daffé, Black Allen, and that man Seu Jorge on the track E Depois, one of my favorite songs of all time and a song featured on what is perhaps Putumayo's best compilation, Brazilian Lounge.

Não Pára is both the opening song of the album as well as this post's introduction into the sound of BiD. Featuring Carlos Daffé, it puts you in a relaxed mood and introduces your ear drums to what this album is all about and what's about to come next. Perplexed, your eardrums attempt to understand and make sense of the sublime rhythms engulfing their existence. And what comes next is even better. To me it's the best song on the album after E Depois: a laid-back electronica/hip-hop/soul/funk/drum'n'bass mash-up called Na Noite se Resolve that morphs in and out of those genres into something greater, something unique. The man you hear rapping to his heart's content is Black Alien, and DJ Soul Singer helped out with production. Drunk on music, your eardrums brace themselves for the next song, Maestro do Canão featuring Rappin' Hood and Funk Buia. It's another electronica/hip-hop track that shows you that the practice of fusing disparate genres into a coherent whole is alive and well in São Paulo, Brazil. Give your eardrums something to celebrate. There's a lot more from where that came from, so buy the album.

Não Pára
Na Noite se Resolve
Maestro do Canão

Este é sem dúvida um dos albums mais eclécticos e sofisticados de música contemporânea brasileira dos últimos tempos (saiu em 2004). É uma obra de arte hipnotizante, um trabalho simplesmente surpreendente devido a sua originalidade, musicalidade e 'vibe'. O talentoso e muito respeitado DJ e produtor brasileiro BiD (Eduardo Bidlovski) prova mais uma vez que a capital musical do Brasil é São Paulo (a verdade é para ser dita, cariocas!). Criado e elaborado por ele mesmo, Bambas e Biritas é um um album que celebra a fusão de ritmos e géneros, neste caso o funk, soul, hip-hop e electronica. O resultado é uma obra cosmopólita que tem a participação de nomes sonantes da cena musical brasileira tal como a Elza Soares, o Carlos Daffé, o Black Allen e o nosso velho conhecido Seu Jorge, que neste album participa na música E Depois. E Depois é um dos meus brindes preferidos de todos os tempos e destaque principal da melhor compilação do Putumayo, o disco Brazilian Lounge.

O album abre com Não Pára, que tem a participação do Carlos Daffé. É com esta música que os seus tímpanos se familarizam com a sonoridade do BiD, perplexos que tal qualidade musical afinal existe. A música é relaxante, a vibe é laid-back. Ansiosos pelo que vem a seguir, seus tímpanos são novamente assaltados por algo que nunca antes ouviram, uma fusão sublime de electronica, hip-hop, soul, funk, e drum'n'bass chamada Na Noite se Resolve, que alterna desalmadamente entre os diferentes ritmos que a fazem única. É para mim a melhor música do disco a seguir ao E Depois. A voz que nos assalta o pensamento é do Black Alien, e a produção está a cargo do DJ Soul Singer. Bêbados de tanta música fantástica, seus tímpanos tentam acalmar-se para poderem saborear em pleno a próxima música, Maestro do Canão. Desta vez os rappers de serviço são o Rappin' Hood e o Funk Buia, e esta é mais uma fusão de hip-hop e electronica que mostra a capacidade de inovação dos artistas paulistanos. Dê aos seus tímpanos o prazer de música como deve ser e compre o álbum...todo ele é de qualidade.

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