“Marcos is a gay man in San Francisco, a negro in South Africa, an Asian in Europe, hispanic in San Isidro, an anarchis in Spain, a palestinian in Israel, a native in the streets of San Cristóbal, a punk rocker on campus, a jew in Germany, a feminist in a political party, a comunist left over from the cold war, a pacifist in Bosnia, an artist without a galery or a portfolio, a stay at home mom on a Saturday afternoon, a journalist on the unread pages of the newspaper, a woman on the metro after 10:00pm, a farmer without land, a marginal editor, an unemployed factory worker, a doctor without a practice, a writer without books or readers, and above all, a Zapatista in Southwestern Mexico. Basically, Marcos is any human being on the planet. He is the oppressed, resistant, exploited minority that is fed up with it all. He is the minority that is yearning to speak up and the minority that decides to shut up and tough it out. Anything that bothers people of good conscience, that’s Marcos.”
-Bob Da Rage Sense
Who is Bob da Rage Sense?
Robert Montargil da Silva’s artistic name reflects the three musicians that had the most influence in his life, thoughts, and music: Bob Marley, Rage Against the Machine, and Common Sense (now known simply as Common). Born to a Luanda under communist rule in 1982, from a young age he was exposed to his father’s expansive collection of Bob Marley records and Wailers tracks. As he grows up, he starts listening more and more to Rage Against the Machine, but he found his true calling in the spoken words of Common. Perhaps that’s why his songs are so...uncommon. He has an uncanny ability to turn hip-hop into a fusion of soul and jazz, where his emotions and frustrations with the world around him break through. His style reminds me of Talib Kweli, his vibe is definitely conscious rap, like Ikono and Keita Mayanda. There is something about Angola that enables it to produce rappers of this quality, even though Bob has lived in Portugal for large parts of his life. But it is a growing testament to the raw talent in that country.
My cousin Delfim Anderson is responsible for introducing me to Bob’s work back in the day, with Bob’s debut album Bobinagem, but it was his second album, M.P.L.A. (Menos Pão, Luz, e Água – a pun on the initials of Angola’s ruling party) that touched me the most. There are two songs from that album featured here: Hora da Mudança, featuring Angolan artist Lawilka, and P.A.L.O.P. You can tell Bob da Rage Sense likes some soul vibes in his raps, and listening to Hora da Mudança is like listening to a poem at a Slam Poetry Jam session or an anthem for the oppressed. P.A.L.O.P. featuring artists Dino and Salvaterra, is a strong-worded, powerful, and heartfelt appeal against the colonial and neo-colonial exploitation of the ‘Third World’, especially the African population under Portuguese rule.
But what has recently gotten my attention with regards to Da Rage Sense is how he is blowing up all over the Angolan hip-hop blogosphere – the man in is coming out with a new album, titled Diário de Marcos Robert. Big names in Lusophone rap have worked with him on it, including Angolan Laton from Kalibrados and Portuguese star Sam the Kid. Featured below are two promo tracks from said album. Nunca Estiveste Na Minha Pele is an slightly depressing account of his life as a kid born into poverty in Luanda and his subsequent move to Lisbon. On the other hand, Conheço-Te de Algum Lado, featuring New Max, is a special fusion of hip-hop, soul, and jazz and one of the best tracks Bob has recorded to date. The last two minutes of the song are nothing but a saxophone and a beat, and that’s all it needs. On November 11, Angola’s Independence Day, buy the album on iTunes.
M.P.L.A.
Hora da Mudanca
P.A.L.O.P.
Diario de Marcos Robert
Nunca Estiveste Na Minha Pele
Conheco-Te De Algum Lado
Quem é Marcos Robert?
"Marcos é gay em São Francisco, negro na África do Sul, asiático na Europa, hispânico em San Isidro, anarquista na Espanha, palestiniano em Israel, indígena nas ruas de San Cristóbal, rockeiro na cidade universitária, judeu na Alemanha, feminista nos partidos políticos, comunista no pós-guerra fria, pacifista na Bósnia, artista sem galeria e sem portfólio, dona de casa num sábado à tarde, jornalista nas páginas anteriores do jornal, mulher no metropolitano depois das 22h, camponês sem terra, editor marginal, operário sem trabalho, médico sem consultório, escritor sem livros e sem leitores e, sobretudo, zapatista no Sudoeste do México. Em suma, Marcos é um ser humano qualquer neste mundo. Marcos é todas as minorias não toleradas, oprimidas, resistentes, exploradas, que dizem Basta! Todas as minorias na hora de falar e maiorias na hora de se calar e aguentar. Tudo que incomoda o poder e as boas consciências, esse é Marcos."
-Bob da Rage Sense
Quem é Bob da Rage Sense?
O nome artístico de Robert Montargil da Silva reflecte as suas maiores influências musicais, nomeadamente Bob Marley, Rage Against the Machine, e Common Sense (hoje mais conhecido simplesmente como Common). Nascido em Luanda em pleno 1982, tempo do partido único, foi desde cedo exposto a colecção musical extensa do seu pai, onde predominavam trabalhos discográficos de Bob Marley e os Wailers. Enquanto crescia começou a ouvir com mais atenção os Rage Against the Machine, mas foi nos raps de Common onde ele se reviu. Se calhar é por isso que o seu estilo de hip-hop é incomum. Ele tem uma maneira peculiar de fundir o seu rap com elementes de soul e jazz, o que se adequa mais com a sua forma emotiva de sentir o hip-hop. Ha algo que me faiz lembrar Talib Kweli nos seus raps, e a sua vibe inevitavalmente traz comparações a outros nome deste particular movimento de hip-hop nacional, tal como o Ikono e Keita Mayanda. Não sei se está na poeira ou na água, mas ha algo no nosso quotidiano que nos faz ter rappers desta qualidade, não obstante o Bob agora passar a maioria do seu tempo na Tuga. Mas é motivo de orgulho ter artistas desta qualidade que vêm mesmo la da terra.
Tenho quase a certeza que um dos primeiros a me introduzir ao trabalho de Bob da Rage Sense foi o meu primo Delfim Anderson, quando me fez escutar músicas do album Bobinagem. Mas o album que até agora me marcou mais foi M.P.L.A. (Menos Pão, Luz, e Água). Ha dois sons deste album postados aqui: Hora da Mudança feito com Lawilka, e P.A.L.O.P. (Pretos Africanos de Língua Obrigatória Portuguesa). Quando se ouve Hora da Mudança, vê-se logo que o Bob gosta de soul e poesia nos seus raps, e que foi mesmo influenciado pelo Common. Ja o P.A.L.O.P., com participações de Dino e Salvaterra, é mais pesado, vê-se logo pelo título. É um manifesto contra a grosseira exploitação dos que têm poder sobre os que não o têm. É contra a escravatura, a neo-colonização africana, e a perca de cultura entre os povos africanos por causa de 500 anos de opressão.
Nos últimos dias tenho visto uma explosão de menções sobre o Bob pela blogosfera de hip-hop angolano, e isto chamou-me atenção. Foi com alegria que soube por estas ilustre fontes que o mesmo vai lançar o seu terceiro CD em menos que uma semana, o muito esperado Diários de Marcos Robert. Como fazem cá nos states, ha que criar expectativa e ‘hype’, porque a coisa promete. Mas porque a ementa principal só estará disponível dia 11, aqui vai a entrada: duas músicas do album para consumo imediato. Nunca Estiveste Na Minha Pele é a odisseia da vida de Bob retratada num rap, e Conheço-te De Algum Lado, com participação de New Max, é uma das melhores músicas dele feitas até agora. É uma fusão interessante de rap, soul, e jazz, onde os últimos dois minutos do som são somente um saxofone e o beat. Dia 11 de Novembro, mais conhecido como o Dia da Independência de Angola, vai ao iTunes, se estiveres em Luanda vai aos locais habituais (a Madtapes esta a lançar o CD) e compre o mambo. Ha que valorizar o que é bom na vida.
Bob da Rage Sense on Myspace
Bob on Amazon
2 comments:
Mal posso esperar p ter esse album a bombar nos meus ouvidos.
Força cuz.
Diey
Ja somos dois primo. Vou comprar o producto fisico em Luanda.
Post a Comment