A música que ouvem é do António Zambujo, dando aquele seu toque único à uma letra do José Eduardo Agualusa. Chama-se Milagrário Pessoal e engloba perfeitamente o espírito da cidade e a amizade que me fez conhecê-la por dentro.
Dentro de ti ouço passar
o queixume dum quissange
uma guitarra que tange
uma cuíca que ri.
Escuto o alegre pulsar
De Lisboa, Rio, Luanda
O murmúrio da Kianda
O cantar do bem-te-vi.
Milagrário Pessoal
Lisbon was quite good to me, as always. Beautiful, bright sunny days, not a drop of rain, perfect, crisp nights. It had been awhile since I walked its streets or was driven through this charming, weathered city, a city that likes to remind itself of its imperial past. It was good to rediscover Lisbon with a few choice friends, old and new, and wander the narrow cobblestone streets of Mouraria, Alfama, Bairro Alto and Cais do Sodré, randomly going into bars that played live music and sometimes finding that the music wasn’t even Portuguese but rather from home: Angola. I felt Angola’s presence in various parts of the city. Or at least the sort of ‘presence’ that our people bring. It felt like a homecoming of sorts, to be in the midst of Lusophone culture and the familiar smells, the familiar accents, the familiar homemade meals that I haven’t eaten in many months, and of course, the music that I love. It was everywhere, in the bars, the restaurants, and the streets. In people’s homes and cars. And it sounded just like Luanda...or Rio...or Benguela...or São Paulo.It was a pleasure to feel the pulse of the city that’s become the eternal convergence point of people from around the globe that are united by their common, bounding factor: the Portuguese language.
The song you hear above is by António Zambujo, the portuguese crooner; the lyrics are by José Eduardo Agualusa, the Angolan writer. It's called Milagrário Pessoal and it perfectly celebrates the spirit of both the city and the friend that helped me get to know it from within.
3 comments:
Bastante interessante... também eu amo Lisboa...
http://www.bocadolobo.com
Eu confesso que não sou um grande fã de Lisboa, e isto não tem nada a ver com o facto de eu ser do Porto. Vivi vários anos na capital portuguesa e não gostei nada da vida excessivamente stressada que lá tive. O Porto é mais humano.
Mas há uma característica que Lisboa tem e da qual eu tenho muitas saudades: o seu cosmopolitismo. Disto sim, sinto a falta, porque não tenho a oportunidade de ir a Lisboa muitas vezes. O Porto já começa a ter um "cheirinho" muito pequenino desse cosmopolitismo, graças sobretudo à Casa da Música, mas ainda não tem comparação com Lisboa.
É curioso assinalar que, quando Lisboa era a capital dum vasto império colonial, ela era uma cidade terrivelmente provinciana. Até arrepiava tanta curteza de vistas! Agora, que não tem império nenhum, é que se tornou cosmopolita. Não há dúvida: a libertação dos outros conduz à nossa própria libertação; é preciso olharmo-nos como iguais para nos reencontrarmos como irmãos.
How I miss Lisbon... and long for that feeling you get, walking through Alfama, just taking it all in... the sounds and smells, everything. Que saudades... I wonder if for me it's part of a time in my life when things were... simpler... but when I am able to visit, I always still get a feel for that Lisbon warmth. So interesting that some find Lisbon cold, perhaps that's there perspective given what places they have to compare it to. Having worked in New York City for several years, which I also love, the 'bom feeling' in Lisboa is undeniable to me ;) Glad you enjoyed your visit. Almost bring tears to my eyes to wish I had been there too :)
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