Wednesday, October 27, 2010

Samba Pa Ti

Carlos Santana, by Live Nation Italia
Interestingly enough, the first time I heard Carlos Santana's Samba Pa Ti wasn't on his album Abraxas but rather on Angélique Kidjo's Oyo, her most recent album. It was given to me by my friend Lauren, and two songs into it and I had found my favorite one. Taken aback by the song's soft, slow samba rhythm, Yoruba lyrics and Roy Hargrove's jazz trumpet, I went to the liner notes to see what had inspired Angélique to compose such a beauty. Say the liner notes: "On Saturday nights in Cotonou, the capital of Benin where Angélique was born, a big 'Bal Poussière' (dusty ball) was held. At the peak of the night, when couples would form, Santana's Samba Pa Ti would always be played."

Oh, so it's Santanta who created this song. I quickly downloaded his original version; I thought Ms. Kidjo's version was stellar, but nothing could have prepared me for Santana's. It's perhaps the greatest wordless love song I've ever heard. According to songfacts.com, Carlos Santana told Mojo magazine November 2008 that he felt that this was his first recording when he was truly able to express himself. He explained: "I remember being alone one evening- until then when I heard my records it was like seeing myself in the mirror and there was no me there, only a lot of other guitarists' faces: B.B., George Benson, Peter Green. That evening I heard Samba Pa Ti on the radio and I looked in the mirror and it was my face, my tone, my fingerprints, my identity, my uniqueness. Because when I recorded it I was thinking of nothing, it was just pure feeling. I have a suspicion it came from stuff bottled up inside me, that I didn't know how to express or articulate. I get angry because, 'Why can't I say what I really mean?' Then Samba Pa Ti comes out of me. And everybody understands it."

Amen.

Below you can listen to both versions of this beautiful slow samba interpreted by two people who aren't even Brazilian. The power of music...

Samba Pa Ti (Yoruba Version)
Samba Pa Ti
Angélique Kidjo, by Angélique Kidjo
Incrívelmente, a primeira vez que ouvi a Samba Pa Ti do Carlos Santana não foi no seu album Abraxas mas sim no album Oyo, o mais recente trabalho da Angélique Kidjo, que a minha amiga Lauren teve a gentileza de me emprestar. Logo que esta música começou a tocar já dava para perceber que seria a minha preferida no album inteiro. Interessado pelo ritmo suave desta espécie de bossa com o seu samba leve, e com a participação especial do grande Roy Hargrove, dando um toque jazz aos procedimentos com a sua trompeta, e também curioso com a letra em Yoruba, decide saber mais sobre esta canção. Diz a informação no disco: "Nas noites de sábado em Cotonou, capital do Benin e cidade natal da Angélique, acontecia sempre uma grande festa, o 'Bal Poussière'. No auge da festa, quando os casais começavam a ir para a pista de dança, a banda tocava sempre o Samba Pa Ti do Santana." 

E foi assim que descobri que afinal a música é do grande Carlos Santana. Não tardei em baixar a versão original da música. Apaixonei-me pela versão da Angélique, mas nada poderia ter me preparado pela sensação de ouvir a versão originial do Samba Pa Ti. Simplesmente fenomenal. É talvez a mais bela canção de amor em instrumental que já ouvi. Segundo o site songfacts.com, o Carlos Santana disse á revista Mojo em Novembro de 2008 que esta foi a primeira música em que ele realmete se exprimiu, se sentiu ele mesmo. Explicou o Santana: "Lembro-me de estar sozinho uma noite - até aquela noite quando ouvia uma música minha era como se estivesse a olhar para o espelho mas sem me ver reflectido nele, via sim a cara de muitos outros guitarristas: B.B., George Benson, Peter Green. Mas naquela noite, quando ouvi Samba Pa Ti na rádio e olhei para o espelho, era a minha cara que via, o meu tom, as minhas impressões digitais, a minha identidade, a minha personalidade. Porque quando gravei esta música não estava a pensar em nada, era só sentimento puro. Suspeito que tenha vindo de algo dentro de mim, algo que até então não tinha exprimido e nem sabia como. Zangava-me porque não conseguia exprimir o que realmente sentia. Mas depois o Samba Pa Ti veio de mim. E todos o percebem."

Amen.

Acima pode ouvir as duas versões deste samba doce e leve interepretado por duas personagens que nem sequer são brasileiras. O poder da música...

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