Saturday, September 18, 2010

Kizomba Saturdays Vol. 14 - Johnny Ramos

Kizomba SaturdaysAbout Kizomba Saturdays: Saturday has always been a day of kizomba. Living in Luanda, there was always a boisterous neighborhood party to go to on a Saturday night, where we would exhaust ourselves dancing kizomba after kizomba, waiting for that special tarraxinha to come on so that we could go slow dance with that girl we have a crush on. Even during the day, the aunts or cousins would put on an album while they cleaned or cooked, dancing spontaneously on the quintal (backyard) while the beans cooked and the fish grilled. I find myself keeping the tradition alive here in the States, where come the weekend I invariably play kizombas, even though I have no one to dance with. I figured I’d bring that tradition here to the Lounge: Kizomba Saturdays.

In many ways, kizomba in the Portuguese-speaking countries on Africa is like "pop music" in the west. Songs go in and out of style, many of them with short lives and liked only during a particular three-month stretch. People complain of a song being old after it's been on the radio for 'too long'. However this man Johnny Ramos, hailing from Cape Verde but living in the Netherlands, has been able to consistently create kizombas and tarrachinhas that withstand the test of time, which is no small feat for a kizomba/zouk artist. While it is true that tracks like Fidju di Deus and So Nos Dos certainly have their golden days behind them, the success they have garnered is more than just a passing fad. Fidju di Deus will always be one of my favorite tarrachinhas...I still get "emotionated" when it plays in clubs and parties. And So Nos Dos isn't far behind, still regularly played in gatherings and still sensually, and effusively, danced to.

Fidju di Deus
So Nos Dos

Sobre o Kizomba Saturdays: Para mim, sábado sempre foi um dia de kizomba. Na banda (Angola), sábado à noite há sempre uma festa de quintal para se ir dançar kizomba ao nosso bel prazer, dançar até as pernas começarem a estremecer de cansaço, dançar até vir aquela tarraxinha que estavamos à espera, e aí sim, podemos parar de dançar e em vez tarraxar com aquela mboa que nos estava a olhar a festa toda. Coisas da banda. Mesmo durante o dia, as tias e as primas botam um CD na aparelhagem com aquelas kizombas que param multidões, e enquanto o feijão ferve e o cacusso grelha, são várias as danças espontâneas no quintal entre primo e tia, sobrinho e irmã, convidado e pato. Porque patos há sempre, até para o almoço de sábado. Aqui nos States, tento, teimosamente, manter a tradição. Acordo aos sábados e boto kizomba na aparalhegam. Meus roommates só me olham. Ja estão habituados. Danço com a vassoura, afinal elas existem para quê? Decidi então trazer este hábito para o Lounge: Kizomba Saturdays. Para atenuar a saudade da banda.

A kizomba que ouvimos nos páises africanos de língua oficial portuguesa tem a mesma 'vida útil' que a chamada pop music no ocidente. Ora a música 'está na moda', ora não está. Todas 'batem bué' por um período de tempo, mas depois já ninguem quer as ouvir. Umas duram três meses na ribalta, esticando os seus '15 minutes of fame', outras nem tanto. Mas atrevo-me a dizer que as tarrachinhas de um tal caboverdeano chamado Johnny Ramos ainda não saíram da moda. É verdade que já não devem tocar tanto como em tempos outrora, nem se tornaram ainda tarrachinas clássicas, mas dúvido que exista um casal que fique sentado quando So Nos Dos começa a tocar. E quando toca Fidju di Deus, é olhar a volta e ver os corpos colados, ondulando, como se a música nunca tivesse saído da moda. Nem importa o título da música, porque entre aqueles corpos não há mesmo espaço para Deus, nem o filho dele...

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