Wednesday, September 30, 2009

Saudades de Luanda: Luanda, by Kalibrados

Luanda"Luanda is a jungle where everyone wants to be King." - Kalibrados

There are at least two Luandas. There is the beautiful Luanda that mainly expats and well to do Angolans can experience, the Luanda of Belas Shopping and Miami Beach Club and Hotel Trópico, the Luanda of extravagant New Years parties and sweet debauchery. Then there is the Luanda whose stench and decay and street children are out of sight under the benign cloak of night. There is the Luanda of unendurable traffic jams and the Luanda of ignorant pretentious Angolans who have a keen superiority complex. It is of the latter Luanda that Kalibrados raps about. From Luanda themselves, Kalibrados are the most popular rap ensemble in the country and this is by far my favorite song of theirs (along with Soldados Civis) and one of the only ones I listen to. This distinctly Angolan rap is spot on in its assessment of the less alluring side of this Angolan metropolis and any Luandan who loves their city will relate to these lyrics.

Luanda

“Luanda é uma selva onde todos querem ser leão.” - Kalibrados

Existem pelo menos duas Luandas. Existe a Luanda linda conhecida pelos estrangeiros e pelos angolanos de boas familías. A Luanda do Belas Shopping, da Talatona, do Miami Beach Club e do Hotel Trópico, a Luanda de festas de fim de ano extravagantes que custam $100. Mas também existe a Luanda daquele cheiro insuportável, de prédios inacabados e passeios partidos, de crianças de rua e daquele trânsito infernal, de pessoas que pensam que são VIP porque são “caenches”. É desta segunda Luanda que cantam os Kalibrados, o grupo de rap do momento la na banda. Eles próprios são luandenses, e este rap, claramente angolano, é de longe o meu preferido deles (Soldados Civis tambem). Não os oiço muito, ja que não sou muito dado ao mainstream rap, mas como dizem os americanos, “credit given where credit is due”, e eles realmente têm feito um excelente trabalho. Mas voltando ao assunto, qualquer fã e amante daquela cidade chamada Luanda ouvirá muitas verdades nestas letras. Mas mesmo assim, ‘minha Luanda kuia.”

- Photo: Luanda Colors, by Wilson Bentos

Kalibrados on Myspace and on Facebook

Buscemi does Brazil

Rio de JaneiroDirk Swartenbroekx’ favorite Hollywood actor is Steve Buscemi (Reservoir Dogs, Fargo), so it comes as no surprise that Dirk decided to use that as his artistic name. Also, it’s a bit easier to pronounce than his actual Belgian name. Buscemi has a love for deep house and remixes, and he has been churning out alluring, late night remix albums since the late 90s. One of his remix albums, which he named Late Nite Reworks, is particularly delicious on the ears. It features sexy, intelligent, nu bossa remixes of songs by the Brazilians Marcos Valle, Rosalia de Souza, and Electro Coco (another of the tracks from that album, Ja Sei Namorar, can be heard here). What I like about Buscemi is that he stays faithful to the original identity of the song even though he reincarnates it through his remixes. Marco Valle’s Nega Do Balaio maintains its flair and exuberance, and is remixed with subtle deep house beats. Rosalia de Souza’s collaboration with Nicola Conte, Bossa 31, is a bit funky but undoubtedly Brazilian. Lastly, the best track in this compilation, Terra & Agua, is exactly the type of music I crave on late nights, but I’ve found myself listening to it even during the day. It features the velvety voice of Viviani Godoy, the only Brazilian of Electro Coco.

Nega do Balaio feat. Marcos Valle
Bossa 31 feat. Rosalia de Souza and Nicola Conte
Terra & Agua feat. Electro Coco

A estrela de Hollywood preferida de Dirk Swartenbroekx é Steve Buscemi, um actor talentoso que ja esteve em filmes icônicos como Fargo e Reservoir Dogs. Por isso não é muito surpreendente que foi este o nome que Dirk escolheu como seu nome artístico. E tambem deve ser porque o nome Swartenbroekx é extramemente difícil de pronunciar. Buscemi, que ja teve uma outra canção perfilada neste espaço (Ja Sei Namorar) adora deep house e remixes, e o seu primeiro album deste gênero surgiu ainda nos anos ’90. Mas o meu album seu preferido continua a ser o Late Nite Reworks, um album que é lindo de se ouvir. É um CD de canções sexy e intelligentes, uma verdadeira reinterpretação de bossa nova e musica contemporânea brasileira. É neste album que surgem três canções de artistas brasileiros: Marcos Valle, Rosalia de Souza, e Electro Côco. O que eu mais gosto dos remixes de Buscemi é que ele mantem a integridade cultural do trabalho que ele edita. Nega do Balaio, de Marcos Valle, mantem a sua identidade cultural e a sua exuberância brasileira, mesmo sendo misturada com elementos de deep house. O mesmo sucede com a versão Buscemi da colaboração entre Nicola Conte e Rosalia de Souza, Bossa 31, uma música que me faz lembrar de noites no Rio. E por fim temos a minha preferida, Terra & Agua, dos Electro Côco. A voz de Viviai Godoy, a única brasileira do grupo, é usada com belo efeito...é daquelas canções perfeitas para se ouvir no fim da noite, mas de vez em quando dou por mim a escutar-lhe em plena luz do dia.

- Photo: Rio de Janeiro a Noite, by Sergio Dantas

Late Nite Reworks on Amazon

Tuesday, September 29, 2009

Caipirinha Lounge Cinema: Ben di Fora, by Ferro Gaita

Feel the raw energy of this live concert by Ferro Gaita.



Sintam a pura energia deste concerto ao vivo dos Ferro Gaita.

Ferro Gaita

Ferro GaitaThey are the biggest band in Cape Verde.

Formed by Estevão Tavares (in the photo above), Adão Brito, Carlos Lopes, Emanuel Tavares, Jorge Martins, and Frutuoso de Pina, Ferro Gaita (named after the two most important instruments in their genre) offer a tantalizing rhythmic explosion of pure funaná, the energetic sound of Cape Verde. Apart from one or two energetic Lura songs posted here, the majority of Cape Verdean artists that have graced this site (Tcheka, Cesária Évora, among others) have showed you a calm, at times mournful, facet of Cape Verde’s music. Ferro Gaita is here to offer you the opposite: a party atmosphere, a danceable, frenetic beat, a shout against the daily struggle. For Funaná was the medium of choice to express disgust at colonial rule, and under Portuguese Cape Verde it was officially banned. You can ban music, but it never dies. Thus, in 1996, Ferro Gaita was formed with the explicit aim of propagating funaná. The irony of course is that the main instrument of funaná, the accordion (gaita), was brought to the island by the Portuguese. And so it was that in 1997 Ferro Gaita were only playing in Cape Verdean festivals, but 10 years later they were being booked for shows from Paris to Sevilla to Luanda to New York. Welcome to funaná, and welcome to Ferro Gaita. Enjoy the two tracks posted here from their third studio album, aptly titled Rei di Funana.

Beijo Bafatada
Ferro Gaita

São a maior banda do Cabo Verde.

Composta por Estevão Tavares (na foto), Adão Brito, Carlos Lopes, Emanuel Tavares, Jorge Martins, e Frutuoso de Pina, Ferro Gaita oferece-nos o melhor de funaná, a música mais alegre e energética do Cabo Verde. Tal é a sua dedicação a este estilo musical que o nome da banda significa os dois instrumentos mais importantes do mesmo, o ferro e a gaita (acordeão). A não ser uma ou duas canções de Lura, a maioria das músicas dos artistas Cabo Verdeanos aqui no Lounge têm sido calmas e serenas, desde as canções comoventes de Tcheka ate aos mornas de Cesária Évora. Mas Ferro Gaita está aqui para vos mostrar a outra cara da música Cabo Verdeana, a outra faceta da música deste paraíso aural. O funaná é frenético, é música para se dancar ate suar. É musica de batalha e revolução. Tanto que durante o tempo de colonialismo foi banido pelos portugueses (a grande ironia é que um dos instrumentos principais deste estilo, o acordeão, foi trago às ilhas pelos portugueses). Mas como diz MCK, os puretes dõem na pele mas não disfazem ideias. E foi assim que em 1996 Ferro Gaita formou-se com a missão de propagar o funaná pelo mundo inteiro. Se em 1997 só estavão a tocar em alguns festivais em Cabo Verde, 10 anos depois são solicitados desde Paris a Lisboa a Luanda a Nova Iorque. Bem vindos ao funaná, e bem vindos ao Ferro Gaita. Espero que gostem das duas canções destacadas aqui, do seu terceiro album: Rei di Funana.

- Photo by Ben Saren

Ferro Gaita Online
Rei di Funana on Amazon

*Artist suggested by Jess Samba from Afrolusophone.com

Sunday, September 27, 2009

Guida de Palma's Olissipo

Guida de Palma has a golden touch – everything she touches turns to jazz. She has been featured previously in this space under the main creative input behind Jazzinho, that sweet little jazz from Lisbon but with clear Brazilian and African leanings. Well, the Portuguese Guida is at it again. Her latest project is named Olissipo in honor of Lisbon’s ancient name, and it is meant to reflect Lisbon’s personality and the multi-continental essence it exudes. Her band is aptly made up of members from a diverse background, such as Daniel Hewson from London, João Ferreira from Angola, and Massimo Cavalli from Italy. Olissipo’s sound is comparable to Jazzinho’s but a bit mellower, a bit more chilled out. The track Vertigo featured here is a slower rework of a track of the same name on Jazzinho’s debut album, but Solta Voz is an Olissipo original. It’s a slow, sensual late night jazz number featuring a very Portuguese-sounding Guida de Palma. It’s one to slow dance too and lose yourself (and your partner). As an extra, I added here one of my favorite Jazzinho tracks, the Quant Remix of Constelação. It’s an epic 8 minute Brazilian jazz that’s delicious to listen to.

Vertigo
Solta Voz

Bonus: Constelação (Quant Remix) by Jazzinho

A portuguesa Guida de Palma tem o toque dourado – tudo que ela toca vira jazz. Não é a sua primeira vez neste blog: ja esteve aqui antes vestida de Jazzinho, aquele jazz único que é uma mistura aliciante de influências brasileiras, portuguesas e africanas. Nesta ocasião, a Guida volta mais agora com outra banda, de nome Olissipo, em alusão ao nome ancestral de Lisboa. É talvez o nome perfeito para descrever esta banda que tanto ama Lisboa, Lisboa esta que é um belo exemplo da mistura entre raças e culturas. Talvez por isso é que os integrantes da banda são de diversos países: Daniel Hewson é londrino, João Ferreira é angolano, e Massimo Cavalli é italiano. A música de Olissipo é comparável com a de Jazzinho, mas um pouco mais chill e relaxada. A canção Vertigo é uma outra versão da música do mesmo nome que aparece no primeiro CD do Jazzinho. Mas Solta Voz ja é uma música original dos Olissipo; é uma canção lenta e sensual, daquelas de se dançar muito suavemente, e sempre bem acompanhado(a). E como extra, inclui aqui uma das minhas canções preferidas do primeiro CD dos Jazzinho, a Quant remix de Constelação. É uma obra de 8 minutos de jazz brasileiro delicioso de se ouvir.

-Photo: Guida de Palma, by Richard Kaby

Olissipo Online, and here too
Olissipo on Myspace

Thursday, September 24, 2009

Sabrina Malheiros

Sabrina MalheirosIn the 1960’s, a man by the name of Zezinho Malheiros made iconoclastic Brazilian music with his good mate Sergio Mendes and in the process became the first Brazilian to incorporate the electric bass into his funky samba compositions. Like all good men, he had a son, and named him Alex Malheiros. Alex would go on to play with the class act Azymuth, a Brazilian band that plays what they’ve dubbed as ‘samba doido’ (crazy samba) and is fast becoming legendary. Like all good men, Alex had a kid and named her Sabrina.

It is from this caliber of musicians that Sabrina Malheiros gets her musical genius. The child whose favorite toy was a João Gilberto LP is one of the most exciting contemporary Brazilian chanteuses, and her debut album Equilibria was loved by many and compared with the bossa nova classics of the 60s that everybody loves. But the bossas in Equilibria were a bit different; some had an electronica vibe, others a subtle R’n’B feel to them. Sabrina’s latest album, a more true-to-its-roots form of bossa, is called New Morning, but it’s what she did in between that further captured my attention. Or rather, what her label Far Out Record and the best remixers around did with her debut album.

Mavericks like Nicola Conte and Quantic took Sabrina’s gem and added their magic to it, and the resulting album, called Vibrasons, is an alluring mixture of jazzy, electronic, sexy bossa nova remixes that add an extra contemporary edge to Sabrina’s work. Included here are three particularly good tracks, the first being a Nicola Conte remix of Equilibria’s opener, Terra de Ninguem, while the second is Estação Verão, remixed by Kenny Dope. But my favorite, the one that really gets me, is Iémanja, a bonus track done entirely by Sabrina Malheiro. It’s very reminiscent of Buscemi’s remix of Ja Sei Namorar and Fernanda Porto’s So Tinha Que Ser Com Voce.

Terra de Ninguem
Estacao Verao
Iemanja

Nos anos 60, um homem chamado Zezinho Malheiros teve o dom de contribuir para a era dourada da musica brasileira com o seu grande amigo Sérgio Mendes, e pelo caminho foi o primeiro a ter a brilhante ideia de incluir o baixo elétrico nas suas canções. Como qualquer homem decente, o Zezinho teve um filho, e lhe deu o nome de Alex. Anos mais tarde, Alex Malheiros forma a banda Azymuth, uma das bandas brasileiras mas bem sucedidas da actualidade, os inventores do samba doido. Como qualquer homem decente, Alex teve uma filha, e chamou-lhe de Sabrina.

Talvez foi por ter pais deste calibre musical que Sabrina Malheiros não decepciona. E talvez por isso é que o seu brinquedo preferido enquanto garota era um LP do João Gilberto, quem ela descreve como o seu mestre. Hoje ela é uma das mais brilhantes cantoras de musica brasileira contemporânea, e o seu primeiro CD, Equilibria, foi comparado aos grandes éxitos dos anos 60. Mas as musicas de Sabrina são um quanto pouco diferentes dos bossas desses anos longíquos...umas têm tendências electronicas, e outras ainda são inpiradas pelo R’n’b. O seu último album, New Morning, é um pouco mais parecido com os bossas puros. Mas o album do meio foi o que me chamou mais atenção.

A sua produtora, Far Out Records, convidou uma dezena de DJs conceituados para remixarem o seu primeiro album. Estamos a falar de gente como Nicola Conte eQuantic. O resultado não era dificil de prever. Chamado Vibrasons, conta com remixes de todas as musicas de Equilibria, e os remixes as vezes são melhores que os originais. Neste caso concreto, são mais jazzy, mais modernas, mais sexy. Três canções em Vibrasons são particularmente boas: o remix Terra de Ninguem feito por Nicola Conte, o remix de Estação Verão por Kenny Dope, e a minha preferida, a que me agarrou e não me largou, a Iémanja, feita totalmente por Sabrina Malheiros. É parecida com o Ja Sei Namorar remixado por Buscemi e também com So Tinha Que Ser Com Voce de Fernanda Porto. Qual delas a melhor? Como aquelas novelas em Luanda dos tempos uauê, Voce Decide.

-Photo by radovan.mihok

Sabrina's Myspace
Vibrasons on Amazon
Sabrina Malheiro's Official Website (coming soon)

Wednesday, September 23, 2009

Editor's Pick: The Top 11 Photos of the Last Six Months

I am not a photographer, nor do I know much about photography. But I love to appreciate a good photograph, one that hits me just right, one that when I look at it I know I need to have it. That's why before I post about any musician I spend considerable time looking for the perfect photo of them or something that captures their essence. So peruse through these favorite images of mine while you listen to the aptly named track Foto Viva, created by Mo' Horizons and featuring Brazilian Leila Pantel's sultry voice...cuz after all, this is a music blog.

As Onze Fotos Mais Belas Dos Ultimos Seis Meses

Não sou fotográfo, e não sei la grande coisa sobre a arte de bem fotografar. Mas adoro apreciar uma bela foto, uma que mexe comigo. Porque quando olho para uma foto daquelas, sei que preciso tê-la. É por isso que antes de cada post sobre um músico, faço uma pesquisa às vezes demorada para ver se encontro a foto perfeita, aquela foto que captura a sua essência. Aqui estão as minhas fotos preferidas ao longo destes mezes, e para juntar o prazer visual ao prazer aural, escute a canção Foto Viva de Mo’Horizons com participação especial da brasileira Leila Pantel. Porque afinal de contas este é um blog de música...

Foto Viva, by Mo'Horizons feat. Leila Pantel

Jazzinho
Luanda, from the MCK Post, by Brazinha
Luanda
Yola Semedo, author unknownYola SemedoLuanda, from the Paulo Flores post, by Kool2bBop
Luanda
Ive Mendes, by 100iso
Vanessa da Mata
Bebel Gilberto
The Header Photo, by 'Ms Jane Hudson'Caipirinha
And the best of them all:
Lura

Tuesday, September 22, 2009

Editor's Pick: The Top 11 Songs of the Last Six Months

There are 11 amazing songs on this list because I am horrible at making Top 10 lists.

Featured here are 11 of my absolute favorite canções posted on Caipirinha Lounge over the last six months. Making this list was hell as there were many great songs to choose from but it’s a good exercise in decision making, if anything. I would love to hear your thoughts/comments/Top 10 List, and if you feel that there is a song you think ought to be on this list and I am clinically insane for not including it here, speak up!

Thanks for reading and I hope to have you here for many more six month periods. Special thanks to Ms. Audrey Gray for that lovely caipirinha photo that adorns this site’s header, special thanks to Guuzbourg at Fillessourires, to Aurgasm, to Matt from Benn Loxo and to Mad Tapes, some for the inspiration and some for the links that allow this site to have the small but invaluable traffic it has. And the biggest thanks to the readers who send in suggestions and keep coming back for more, you know who you are.

And coming soon: The Top 11 Photographs of the Last Six Months (because I do love a good photograph of a singer and trolling through Flickr looking for one is half the fun!)

11. Katia, by Konde

10. So Com Voce, by Thievery Corporation feat. Bebel Gilberto

9. 2000 Dikas, by Ikonoklasta

8. Haja O Que Houver, by Madredeus

7. E Depois..., by BiD feat. Seu Jorge

6. Meu Esquema, by Mundo Livre S/A

5. Jussara, by Zuco 103

4. Dam Bo, by Sara Tavares

3. August Day Song (King Britt Remix), by Bebel Gilberto

2. Waiting, by Cibelle

And at number 1...

1. Midnight, by 340ml


As 11 Melhores Músicas dos Últimos Seis Meses

Há 11 grandes músicas nesta lista porque sou horrível a fazer listas de Top 10.

Estas são na minha opinião as 11 melhores músicas dos últimos seis meses aqui no Caipirinha Lounge. Foi um verdadeiro pesadelo fazer esta lista porque há muito boa música neste espaço que eu amo, e no final só 11 podiam ser incluídas. Adoraria ouvir a vossa opinião/ler os vossos comentários/ler a vossa própia lista, e se acham que ha uma musica que obviamente devia ter sido incluída e eu sou louco por esquecer-la, digam algo!

Obrigado sempre por lerem e participarem neste blog e espero que voltem com regularidade! Um obrigado especial ao camba Guuzbourg do Fillessourires, ao Aurgasm, ao Matt do Benn Loxo, e ao Mad Tapes pelos links e pela inspiração. Kandandu para a Ms. Audrey Grey, fornecedora da foto da caipirinha no titulo do blog. Sem os links valiosos em alguns destes sites o Caipirinha Lounge não teria o tráfico que agora tem. E claro, o maior obrigado de todos aos leitores que mandam sugestões e voltam sempre, vocês sabem quem são ;)

Em breve: As 11 Melhores Fotos dos Últimos Seis Meses (porque adoro uma boa foto e procurá-las no Flickr é metade da empreitada!)

-Photo by BogusBrazilian

Sunday, September 20, 2009

Tereza Salgueiro

Teresa SalgueiroFor this website’s 100th post and six month’s anniversary, I chose to write about Teresa Salgueiro. She’s a favorite of mine and this blog is filled with references of Madredeus’ work from various albums. Not only was Madredeus the best and most successful Portuguese act in history, but they are also a source of inspiration for this site. But Teresa Salgueiro, who changed the spelling of her artistic name to Tereza, left the band some years ago to pursue a solo career. As such, I think it’s fitting that she has her own post, and the 100th one at that. Since she left Madredeus, Teresa has put out five albums, the latest of which was released earlier this year and is called Matriz. Of her post-Madredeus albums the one I have grown the most partial to is Obrigado, which came out in 2005, and features the beautiful song highlighted below – Vivo Deste Quase Nada. Obrigado, Tereza!

Vivo Deste Quase Nada

Para a entrada número 100 deste blog e para celebrar o seu sexton mês de existência, decidi falar um pouco de Teresa Salgueiro. É uma das minhas cantoras preferidas e este blog esta repleto de canções de Madredeus, a melhor banda portuguesa de todos os tempos e um verdadeiro fenómeno musical, que ademais tem servido como uma espécie de inspiração para este espaço. Mas a Teresa, que mudou o seu nome artístico para Tereza, ja não faz parte da banda ha um tempo, ja que optou por continuar a sua carreira a solo. E, como tal, acho que merece também o seu próprio post, e logo o post numero 100. Desde que deixou os Madredeus, ela ja lançou 5 discos no mercado, sendo o mais recente o seu trabalho intitualdo Matriz, que saiu em Março deste ano. Dos seus albums a solo o que eu mais gosto é o Obrigado, que saiu em 2005. É lá onde podemos encontrar a canção Vivo Deste Quase Nada, a melhor música do album, pelo menos na minha opinião. Obrigado digo eu, Tereza!

-Photo by Abenicio_jr

Tereza's Official Website
Tereza on Myspace

Saturday, September 19, 2009

Tcheka

TchekaThe best thing about writing in this little thing I like to call Caipirinha Lounge is the simple joy of ‘discovering’ new artists. And the thrill of listening to them for the first time. I know that when you, reader, come to this site, it is also for the purpose of finding new artists and reveling in good, quality music. But half the time I’m doing the same as well, finding new artists as I write about the ones I already know. That’s how I stumbled upon Tcheka…I was snooping around for Sara Tavares’album, reading about it, and in a review of it somewhere I saw a mention of Tcheka. A male Cape Verdean singing the batuque rhythm? I was intrigued. I have subsequently spent the last 3 or 4 days listening to this man on repeat, from start to finish, and each time the experience is a bit different.

Tcheka (aka Manuel Lops Andrade) was born in Ribeira Brava, an idyllic village stopped in time, on the island of Santiago. His father was a violinist and probably the person who ignited Tcheka’s passion for music. For Tcheka sings passionately. His voice is perfectly suited for the music he plays – he incorporates the native batuque rhythm into his compositions, and you might find some similarities with his work and that of Mayra Andrade and Sara Tavares. And his guitar playing…oh, his guitar playing. Even if his music didn’t have drums, the rhythm his guitar creates is alluring all in itself.

Tcheka has put out two other albums before Lonji (2007). It is one of those albums that you can play start to finish and love every track. The songs Ana Maria and Lingua Pretu are from the Lonji album; Ana Maria is a mournful ballad that’s especially poignant on rainy days, while Lingua Pretu is a slightly more upbeat tune that features a brass section that’s on point. Strada Pico is my favorite song from an earlier work of his, the album Nu Monda, and it’s a bit reminiscent of traditional Portuguese music. You gotta listen to him…hopefully you will be as excited as I am about his music.

Ana Maria
Lingua Pretu
Strada Pico

A melhor coisa sobre esta minha pequena aventura escrevendo sobre música aqui no Caipirinha Lounge é descobrir novos artistas. E a alegria de ouvir alguem cantar música boa pela primeira vez. Tal como si, caro leitor, que quando vem a este site está à procura de boa música, eu também acabo por fazer o mesmo. Muitas vezes estou a ler sobre um artista conhecido para o poder incluir neste espaço, e acabo por descobrir um outro artista. Foi exactamente assim que encontrei o Tcheka. La estava eu, lendo sobre Sara Tavares, e li uma menção sobre um tal de Tcheka, artista Cabo Verdeano que canta sobre o ritmo batuque. E foi assim que os meus últimos 3 ou 4 dias foram passados com o album do Tcheka no meu iPod, em repeat. E cada vez que o repetia, a experência era um pouco diferente.

Tcheka (Manuel Lopes Andrade) nasceu em Ribeira Brava, uma vila perdida no tempo na ilha de Santiago. O seu pai era um violinista famoso na ilha e deve ter sido a pessoa que despertou a paixão que Tcheka tem pela música. É que o Tcheka canta com paixão, e a sua voz é perfeita para o tipo de música que ele toca. O seu estilo preferido é batuque, e o leitor vai poder ouvir algumas semelhanças entre as músicas dele e as músicas de Sara Tavares e Mayra Andrade. E o homem sabe tocar guitarra, é de se tirar o chapéu. Mesmo se a sua música não tivesse batuques, a guitarra em si seria suficiente para manter o ritmo.

Ele ja lançou dois outros albums antes de Lonji (2007). Lonji é aquele tipo de album que se pode tocar do princípio ao fim. As músicas Ana Maria e Lingua Pretu são deste album; Ana Maria é uma canção triste e emotiva, perfeita para dias nublados ou chuvosos. Ja Lingua Pretu é um pouco mais feliz e conta com trompetas magníficas, que a dão outro alento. Por fim, Strada Pico é a minha canção preferida do seu segundo album, Nu Monda, e faz me lembrar um pouco de música tradicional Portuguesa. Espero que gostem de Tcheka tanto como eu. Basta carregar no play...

-Photo by Brunomarques

Tcheka on Myspace
Lonji on Amazon.com
Tcheka on iTunes

Sunday, September 13, 2009

Marcos Valle's Renaissance

Marcos ValleHere is a man that lives music. Here is a man who contributed so much to contemporary Brazilian music, from samba to bossa nova to MPB. He’s up there with the greats like Caetano Veloso and Elis Regina and Sérgio Mendes. What he gave to Brazilian and world music, from the epic Brazil ’66 and Samba’68 albums to immortal songs like So Nice (Summer Samba) and Os Grilos (Crickets Sing for Anamaria), is too much to be described in a short blog posts but there are other outlets where one can get a true sense of Marcos Valle. He has been a prolific singer, songwriter, and producer since the early 60s but between the late 80s and late 90s he didn’t put out a single record, until he was rediscovered by enterprising DJs in London and Tokyo and remixed with contemporary sounds like electronica and electro-jazz. Since then, he has reawakened and is currently experiencing a renaissance of sorts. The first album that he recorded on the cusp of this new century was aptly named Nova Bossa Nova and signaled his embrace of loungey, jazzy contemporary bossa nova styles. It was in this style that Água de Côco, featured in his Contrasts CD (2003), was made. It is one of the most played songs on my iPod and one of my favorite songs of all time. Selva de Pedra and Posto 9 are two other great songs from another one of his renaissance CDs titled Jet Samba (2005). They are both instrumental and invoke images of Ipanema Beach, for which Posto 9 is named. With a cold Caipirinha and Marcos Valle on your stereo, life is good.

Água de Côco
Selva de Pedra
Posto 9

Este homem vive e ama a música. Ele é o detentor de um vasto repertório de musicas brasileiras e tem contribuído muito para os recentes desenvolvimentos de música contemporânea brasieleira, desde samba a bossa nova a MPB. Marcos Valle está com os grandes nomes de musica daquele país, nomes como Caetano Veloso, Elis Regina e Sérgio Mendes. O que ele fez para a música brasileira e mundial, desde o incomparável album Brasil ’66 e o importantissimo Samba ’68, e canções imortais como Os Grilos e So Nice (Summer Samba), é muito para ser própriamente descrito num simples blog post. Mas á pra isso que existe a internet, não é? O Marcos Valle sempre foi um cantor e compositor prolífico, desde o seu início no princípio dos anos 60s. Mas entre ’89 e ’99 ele não lançou um único CD, ate que ele foi ‘redescoberto’ por DJs inovadores em Londres e Tóquio que misturarm as suas músicas com trip hop, electro-jazz e electrônica. E assim começou o renascimento de Marcos Valle. O primeiro CD que ele lançou neste período foi o Nova Bossa Nova, pelo label inglês Far Out Records. Foi nesta onda que ele compôs uma das minhas músicas preferida de todos os tempos, e uma das canções mais tocadas no meu iPod, a Água de Côco. Incluída no seu album Contrasts, lançado em 2003, é uma música que aparece em várias compilações de musicas brasileiras desta vaga nova. Selva de Pedra e Posto 9 (do album Jet Samba, que saiu em 2005) são mais duas canções destacadas neste espaço, e foram inspiradas pelo Rio de Janeiro, principalmente o Posto 9, nome de uma praia em Ipanema onde estive em Júlio. Com uma caipirinha na mão e Marcos Valle no estéreo, a vida é bela.

-Photo by Tani07

Saturday, September 12, 2009

Roberta Sá

Roberta SaThank God Roberta Sá didn’t become a journalist. She was on her way to becoming one when thankfully, very good people intervened and told her that she better be a singer, at least for the good of humanity. I mean, with a voice like that, it would be a disservice to many a fan of exuberant, cheerful Brazilian music. I first heard Roberta Sá on Pandora Radio. The track that hooked me was No Braseiro, and I wasn’t even a minute into it when I just knew I needed more, I wanted more. Roberta is from the Northeast of Brazil, that wonderful cornucopia of color and sound and beauty, and now resides in Rio de Janeiro. Her music is the reflection of her roots and the joy with which she lives her life. She has true love for music and to date has released two albums, Braseiro and Que Belo Estranho Dia Pra Se Ter Alegria. Featured here is a track from each, No Braseiro from her first album and from her second effort. Press play and escape into Brazil, if only for a couple of minutes.

No Braseiro
Laranjeira

Ainda bem que Roberta Sá não virou jornalista. É que ela estava precisamente neste caminho até que muito boa gente lhe deu o conselho que mais vale ela cantar, senão seria uma verdadeira pena pra gente que goste de musica boa. Pudera, com uma voz dessas, uma voz cristalina e feliz, Roberta nasceu pra cantar. A primeira vez que lhe ouvi foi no Pandora Radio, e a canção No Braseiro nem estava no seu segundo minuto quando eu vi que realmente precisava da música dela. A Roberta Sá é do nordeste do Brasil, aquela região de gente alegre, sentimentos doces, cores vivas e coisas lindas, e agora reside no Rio. A sua música é uma janela para a sua alma, as suas raízes e a alegria com qual ela encara a vida. Ela tem um verdadeiro amor pela música, e ja tem dois CDs dísponiveis ao público, o Braseiro e Que Belo Estranho Dia Pra Se Ter Alegria. Destacadas aqui estão duas canções, uma de cada album. No Braseiro é do seu primeiro CD, e Laranjeira é do segundo. Carrega no play e foge para o nordeste brasileiro, pelo menos por uns minutos.

- Photo by Natymag
Roberta Sa's official website - a must read
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Ja Sei Namorar, Remixed and Kizombafied

TribalistasWho can forget the Tribalistas? They were formed in late 2002, by Marisa Monte, Arnaldo Antunes, and Carlinhos Brown, and their success was instant. The Tribalistas was a one-time collaboration between these three Brazilian musicians, all of which possess a formidable talent and will be featured in this blog in the nearish future. Among the gems they released in their eponymous album, one track in particular sticks out due to its brilliance: Ja Sei Namorar. It’s turned into a classic and its appeal crossed borders, oceans, and language barriers, so much so that you have people from Mexico to Sweden to Portugal singing its words. Featured here are two remixes of this wonderful song, the first one an infectious kizomba jam by Carla Leão that begins with an infectious and thrilling electric guitar riff that continues throughout. The second one is the Buscemi remix, a sexy, sultry late night number that has trip hop and deep house characteristics and features the voices of the actual trio.

Ja Sei Namorar (Kizomba Remix)
Ja Sei Namorar (Buscemi Remix)

Quem se pode esquecer dos Tribalistas? Foram formados em fins de 2002 por Marisa Monte, Arnaldo Antunes, e Carlinhos Brown, e o seu sucesso foi instantâneo. Esta banda foi uma colaboração única entre estes três grandes músicos brasileiros, que em tempo oportuno serão perfilados neste espaço, e somente produziram um album. Mas que album. Talvez a canção mais memorável do seu disco é Ja Sei Namorar,canção esta que virou numa espécie de hino transcontinental, tal é o seu ‘appeal’. É possível ver Mexicanos, Suecos, Portugueses e Americanos cantarem a letra desta música, e como tal, a mesma foi remixada por várias pessoas. Destacadas aqui estão duas remixes de Ja Sei Namorar, a primeira sendo um kizomba muito bem feito por Carla Leão e com uma guitarra eléctrica que arrasa com tudo (aiueee!), e a segunda é um remix sedutor e sensual de Buscemi com elementos de trip hop e deep house, e com a voz dos trio brasileiro.

- Photo: Os Tribalistas

Tuesday, September 8, 2009

Sara Tavares' Xinti Tour Coming to the US

Sara Tavares
I have not had the pleasure of seeing many Lusophone artists here in the United States, but Ms.Byram from Cindy Byram PR down in NY has just sent me the most beautiful of lists: Sara Tavares' Xinti tour dates for the US and Canada. I'm particularly excited for the concert here in Boston at the Berklee Performance Center on Nov 21, not only because I'll be attending but also because Boston and the rest of Massachusetts boast the highest number of Cape Verdeans outside of the islands themselves...this promises to be an excellent cultural event, a real taste of Cape Verdean and Lusophone flavor. Nos vemos!

SARA TAVARES “XINTI” (FEEL IT) 2009 TOUR

Thurs Nov 5 LOS ANGELES, CA Skirball Cultural Center

Fri Nov 6 SAN FRANCISCO, CA SF Jazz Fest / Herbst Theatre

Sat Nov 7 TURLOCK, CA Turlock Community Theatre

Tues Nov 10 CALGARY, CN Epcor Center / Jack Singer Concert Hall

Fri Nov 13 NEW YORK, NY Carnegie Hall / Zankel Hall

Sat Nov 14 WASHINGTON, DC Lisner Auditorium

Sun Nov 15 HAMPTON, VA American Theatre

Tues Nov 17 MONTREAL, CN Montreal Intl Jazz Festival / L’Astral 2000

Thurs Nov 19 TORONTO, CN Royal Conservatory of Music

Fri Nov 20 PHILADELPHIA, PA Kimmel Center, Perelman Theatre

Sat Nov 21 BOSTON, MA Berklee Performance Center

Sun Nov 22 FAIRFIELD, CT Quick Center for the Arts / Kelley Theatre


-Photo by Ricardo Oliveira Alves

Monday, September 7, 2009

Stória, Stória by Mayra Andrade

Storia Storia Mayra AndradeAfter the tremendous critical and commercial success of her first album Navega, Mayra Andrade would always have an uphill battle in trying to top the level of inspiration and quality of that piece of work. But not one to shy away from a recording studio, she has released the follow-up album Stória, Stória in Europe, with a North American release planned for later this year. It’s a lush, delicious summer album that took me a few listens before the quality of the music truly sunk in. I still prefer Navega because of how much I enjoyed almost every single song in that album, but that is not to say that Stória doesn’t also have its gems. And I feel that after a few more listens I might “discover” a couple more songs to fall in love with.

It was difficult picking two songs to share with you here, and I clearly didn’t do a good job of it because included here are three songs and not just two. Stória, Stória, the title track, is the opener to the CD and is perfect for those mornings when bright sunlight and a lazy summer breeze are filtering through your window. It’s that kind of sound. Mon Carrousel is a beautiful track sung in French, following in the footsteps of Comme s’il en Pleuvait, the French track in Navega. And lastly there is the simple but enchanting Palavra where the piano is played to beautiful effect. Produced and recorded in São Paulo, Rio de Janeiro, Bahía, Havana, and Paris, and featuring acclaimed Brazilian producer Alê Siqueira, Stória is that type of album that you have to go buy. Right now. Here is the link. And if you’d rather wait for the official iTunes release and need some more Mayra to tide you over until then, check out the gorgeous track Turbulénsa on her Myspace for a slice of Cuba meets Cape Verde.

Storia, Storia
Mon Carrousel
Palavra

Depois do enorme sucesso de Navega, o seu primeiro album, sempre seria díficil para Mayra ser capaz de fazer um trabalho que superasse aquele. Mas batalhadora e sem medo que ela é, lançou-se num perípelo pelo mundo, passando por Rio de Janeiro, São Paulo, Bahía, Havana, e Paris, falou com o productor brasileiro Alê Siqueira, e o resultado chama-se Stória, Stória. É um album rico e alegre, que faz lembrar aqueles dias de verão que todos amamos. Este album para mim não foi um caso de amor à primeira vista como foi Navega, e precisei de várias sessões com isto ao ouvido para começar realmente a apreciar muitas das cançoes.

Stória, Stória, a canção que abre o disco, foi das poucas que amei logo ao primeiro som da voz dela. É daquelas músicas que caêm bem logo pela manhã com um sol brilhante e uma briza amena a entrar pela janela. Outra música que me despertou foi Mon Carrousel, cantada totalmente em Frances, do mesmo estilo que Comme s’il en Pleuvait do seu primeiro album. É um exemplo da versatilidade dela. E por último, amo Palavra, uma música que no princípio não achei grande coisa mas depois reparei que a escutava sucessivamente. Para quem achou estas palavras suficientemente sedutoras, o album ja esta a venda. Mas para quem ainda precisa de ser convencido, uma escutadela a canção Trubulénsa no Myspace da Mayra será o suficiente. É um exemplo do que aconteceria se Cuba e Cabo Verde namorassem.

Mayra Andrade

Sunday, September 6, 2009

Xinti, Sara Tavares' New Album

Xinti, Sara TavaresThe word ‘xinti’ means ‘to feel’ in Cape Verdean Creole, and Sara Tavares’ latest offering is full of feeling. It comes from the soul. She is so good at creating that laid back, sensuous atmosphere. As I listened to the album extensively over the last couple of weeks, the first sensation that I would be aware of was one of peace, and for some reason I would imagine myself lying in the sand hearing the ocean. So in that respect, Sara has captured the essence of the Cape Verde’s islands beautifully. Her voice is sweet as ever, captivatingly melodic at times, throaty and low key on other occasions. Sometimes she won’t sing but rather just speak, almost rap, in certain parts of songs, like in the last minutes of Quando Dás um Pouco Mais, and it is so well done. It puts the song on another level. My other favorite tracks besides the opener are Sumanai and Di Alma, both great examples of the relaxed mood of the entire album. Compared to her earlier album Balancê, Xinti is a bit more low tempo and the songs tend to seamlessly weave into each other, due to a bit less variety than in the first album. Nonetheless, it’s a definite buy and a chance to hear a quieter, more introspective Sara Tavares.

Quando Das Um Pouco Mais
Sumanai
Di Alma

Xinti, o título do mais belo trabalho discográfrico de Sara Tavares, é uma bela palavra creole que significa ‘sentir’. Realmente, o novo album desta cantora cabo-verdeana é cheio de sentimento, de bom feeling. Vem da alma. Ela é mestre em criar um ambiente sensual, relaxado, comovente. Enquanto escutava o album durante estas semanas, reparei que a sua melodia sempre me dava a sensação de estar deitado numa praia, sossegado, ouvindo o mar. Neste sentido, Sara Tavares capturou muito bem o espírito e a essência de Cabo Verde. A voz dela continua serena, ofegante, linda. De vez em quando ela nem sequer canta, ela quase que ‘rapa’, como o faz com belo efeito no fim de Quando Dás Um Pouco Mais, talvez a mais bela canção do disco. Outras canções que oiço com frequencia incluem Sumanai e Di Alma, que tambem incluo aqui. Comparado com o seu trabalho anterior, o album Balancê, Xinti é muito mais low tempo e tem menos variedade. Mesmo assim, é um album muito bem feito e uma maneira de conhecer o lado mais ‘laid-back’ de Sara Tavares.

Get the album on iTunes
Xinti on Amazon
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