Tuesday, December 22, 2009

Charles de Gaulle, my Tower of Babel

Charles de Gaulle Terminal FAs luck would have it, I am stuck in Charles De Gaulle’s Terminal F awaiting my flight to Luanda, which leaves in…11 hours. I have been here for 5 hours already and am surprising myself by my ability to wait. I think it should be considered an art form. The art of waiting. I don’t mind it much (as of now) and besides, I love Charles de Gaulle, despite its sometimes questionable reputation. I love the amalgams of languages being spoken around me, the incredible diversity of my fellow travelers, some of them stranded just like me, and even the lovely French of the loudspeaker announcers. Bizarre, I know. Right now I am sitting next to a boarding flight to Ouagadougou, and I don’t think I have ever before seen or met Burkinabes. Lovely.

I have fond memories of this particular airport – back in the day when my mother lived in Lisbon my little brother and I would always fly through CDG from Washinton, D.C., on our way to Portugal. Good times, Joel. It does however, help that I just obtained Dino & The Soulmotion’s CD Eu e os Meus, a truly fine piece of R&B and soul that will be featured here at the Lounge upon my arrival in Luanda, if the Kianda’s internet Gods permit me to do so. Expect some Paula Lima and BossaCucaNova as well. As for books, I just finished Ryszard Kapusinski’s Another Day of Life, a brilliant account of the days leading up to Angola’s independence. I’m going to tackle Dambisa Moyo’s Dead Aid or Malcolm Gladwell’s Outliers next – I haven’t decided which one yet.

For now, I’m just glad to be going home. I’ll leave you with Soulbreakxtra’s Angola em Dezembro, as promised, because the song epitomizes how I feel.

Á demain.

Angola em Dezembro

Por força do destino e de atrasos de voos, vou ter que passar as próximas 11 horas da minha vida no aeroporto Charles de Gaulle em Paris, mais concretamente no Terminal F, bela obra arquitectónica. Ja estou cá à 5 horas e estou surpreso com a minha capacidade de espera. Deve ser por nascer angolano. Ter que esperar por água, luz, dá nisso! Penso também que ja sou perito nestas andanças, na arte de esperar. Por enquanto ainda não tem sido assim tão aborrecido, por diversas razões. Em primeiro lugar adoro estar a ouvir tantos idiomas a minha volta. E como adoro francês, até os simples anúncios nos altifalantes fazem com que me esforça para ouvir pra ver se capto alguma coisa. E em segundo lugar, gosto de estar ao lado de gente de todo mundo. Neste momento o gate ao meu lado é de um voo com destino a Ouagadougou. Nunca tinha visto ou conhecido um Burkinabe.

Tenho boas memórias deste aerporto. Nos velhos tempos a minha mãe vivia em Lisboa, e o Charles de Gaulle era ponto de passagem obrigatório quando eu e o meu puto Jujas estivessemos a vir de Washington, ja que não há voos directos entre as duas localidades. Ainda outra circunstância que esta a fazer com que as horas passem é a minha recente aquisição do CD Eu e os Meus do Dino Soulmotion, uma obra de arte pintada por R&B e soul. Em breve o homem aparecerá aqui no Lounge num post como deve ser, se os deuses da internet em Luanda assim o permitirem. A caminho estão também posts acerca da Paula Lima e dos BossaCucaNova. A não perder. Em termos de leitura, acabo agora mesmo de ler Another Day of Life por Ryszard Kapusinski, um livro fascinate que detalha em cores vivas os meses intensos que Angola viveu logo antes da sua independência.. A seguir vou começar Dead Aid por Dambisa Moyo ou Outliers do Malcolm Gladwell...ainda não decidi qual.

Por agora, só me resta estar feliz pelo regresso a casa mas o menos iminente. Vos deixarei com o tema “Angola em Dezembro” do Soulbreakxtra, como prometido, porque caputra muito bem o que me espera no reencontro com a banda.

Á demain.

-Photo: Terminal F, by Yuen Long

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