And thus Angola slides towards an increasingly totalitarian reality. A sham of democracy.
The disgust I feel at our new reality is best summed up by one of my favorite reggae artists, Tiken Jah Fakoly. This brave man hails from Cote d’Ivoire and is himself not adverse to political controversy – his sharp tongue and knack of exposing contradictions, corruption, and outright lies perpetrated by the governments of Western Africa have seen him declared persona non grata in several west African countries.
Quitte le Pouvoir is especially suited for the Angolan reality; in translates as ‘Leave Power’. “Mr. President, if you love your country, step down,” sings Tiken Jah. The song speaks for itself.
Quitte le Pouvoir
Não gosto muito de misturar cultura e musica com política (principalmente neste site) mas as vezes é dífical não o fazer, mesmo porque a música lusófona tende a ter fortes conotações políticas (MCK, Azagaia, o movimento musical independentista de Angola e outras ex-colónias portuguesas nos anos 60 e 70s). Há vezes que é extremamente dífical matermo-nos impávidos face os grosseiros ataques a ‘democracia’ angolana. A semana que findou foi mais um exemplo desses ataques: foi aprovado o Versão C da nova constituição angolana, que entre outras anormalidades acaba com o nosso direito de eleger o nosso presidente directamente atravéz de eleiçoes livres e justas. Em contrapartida, o presidente passa a a ser simplesmente o cabeça de lista dos deputados cujo partido vence as eleições legislativas. Ou seja, os cidadãos angolanos deixam de ter o direito de escolher por sua livre vontade, e em eleições separadas, quem será o seu presidente.
E assim Angola caminha para uma democracia de faz-de-conta, rumo ao calar das opiniões contrárias.
O desgosto que tenho face a este atentado ao processo democrático angolano é melhor exprimido por o único, o irreverente, o Tiken Jah Fakoly, um artista reggae da Costa do Marfim. A sua língua afiada e as suas críticas duras contra os regimes corruptos e ás vezes mentirosos de alguns países do oeste africano ja o fizeram ser considerado persona non grata nestes mesmos países.
Quitte le Pouvoir é especialmente adequado a nossa realidade. Traduzido, significa ‘Deixa o Poder’. Senhor Presidente, pelo bem do teu país, deixa o poder, canta ele. A música fala por si.
- Photo by Matthieus
Tiken Jah Fakoly's official site
Tiken Jah on Myspace
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