É já amanhã!
Dia 26 de Maio, pela primeira vez em Angola. É um evento a não perder. Todas as informações no site: www.tedxluanda.com
Beautiful Music in Portuguese
O segundo episódio da web series, KUBIKO UNPLUGGED, tem como convidada ALINE FRAZÃO. Uma artista que acabou de lançar o seu primeiro disco, CLAVE BANTU, que já deixou marca em alguns palcos internacionais pela sonoridade única que criou inspirada nas suas viagens e origens.
Most people don’t know a whole lot about Lusophone music, meaning music from Portuguese-speaking countries. If anything, Brazil usually comes to mind first—in my experience, whenever I play music from places like Angola, the response is usually something like, “Oh, this sounds Brazilian.” It doesn’t, really, but there are definitely musical elements common to many genres coming from Lusophone countries. I assume it’s because the Portuguese colonized early, and were not afraid to mix with local populations. The Portuguese and their cultural influence have been around longer, and have penetrated deeper, than other colonizing powers.
Now fast forward to post-colonial times, and imagine a musician with Angolan, Cape Verdian and Portuguese roots. Raised in Angola, with family in Brazil. I would dare any Lusophone specialist to pinpoint where such music comes from. I like the idea that a specialist or layman might both be puzzled by Aline Frazão‘s music. A real mishmash of influences—and not all of them stemming from Lusophone genres.
“I cannot remember not being in touch with music” says Aline, who grew up in Luanda. She attended a Portuguese school, where she sang fado, and started performing in public from the age of 9. When she was 15, she heard an Ella Fitzgerald collection, and with it, discovered vocal jazz: “I felt like I was discovering a new dimension, the voice as an instrument… Jazz opened up doors in my mind.”
After she completed high school, she moved to Europe to go to university. Lisbon first, then Barcelona, then Madrid. As Aline puts it, her experience in Europe is itself a kind of musical education: she is exposed to other genres, has the opportunity to meet other musicians with different backgrounds, different focuses, and, just as importantly, she can perform for a wide range of publics. She now lives in Santiago de Compostela, a more quiet place where she can enjoy a slower pace and truly focus on her music. Santiago also happens to be at the heart of Galícia, which linguistically and culturally straddles in between Castilian Spanish and Portuguese.Click here to continue reading at TheFader
Lusa: Manifestações Contra Regime Têm Banda Sonora*
Os “rappers” MCK, Ikonoklasta e Carbono vivem em Luanda e têm feito a crítica musical ao regime de José Eduardo dos Santos As manifestações que se têm realizado em Angola no último ano têm como banda sonora as músicas de uma nova geração de “rappers”, que, apesar de mais limitados na liberdade de criação, prometem não baixar a voz.
MCK, Ikonoklasta e Carbono vivem em Luanda e têm feito a crítica musical ao regime de José Eduardo dos Santos. Pedro Coquenão é luso-angolano, mora em Lisboa e é o autor do projecto Batida, que reúne trabalhos de alguns destes músicos num disco com o mesmo nome, recentemente lançado.
Em comum, os quatro artistas têm a juventude, o gosto pela música, o protesto, a urgência da democracia e o amor que dizem ter por Angola. Muitos dos protestos que aconteceram no país no último ano foram influenciados por estes “rappers”, que também os têm apoiado publicamente e até participado neles. “Corremos todos o risco, se pensarmos de forma diferente, a sermos mortos como galinhas de rua”, alerta o “rapper” MCK, em declarações à Lusa.
Regime aperta o cerco aos artistas
O regime angolano foi perdendo a tolerância e, no último ano, as coisas tornaram-se mais difíceis para os artistas angolanos. O decreto presidencial 111/11, de 31 de Maio de 2011, que regula espectáculos públicos, passou a impor um sistema de “registos”, “vistos” e “licenças” para atividades artísticas. “A repressão, agora, é mais actuante. O ano passado já foi um ano muito pesado, porque foi um ano pré-eleitoral. Este ano, como é eleitoral, a repressão aumentou”, compara MCK.
Os concertos deixaram de ser autorizados. No final do ano passado, o “rapper” Carbono tentou organizar espectáculos no Teatro Elinga, sala “histórica” para a música de intervenção, mas não conseguiu. “Querem controlar a cultura, principalmente os artistas independentes”, denuncia. Isso não tem impedido que estes “rappers” vendam milhares de discos, mais ou menos à socapa, nas ruas angolanas.
O país vive entre duas realidades distintas, destaca Pedro Coquenão, autor do projecto Batida e criador da Rádio Fazuma. Por um lado, há a realidade política, financeira e mediática, que “é um sítio onde parece que está tudo bem”, com uma “conversa cheia de advérbios de modo”, e, por outro, há o dia-a-dia, onde as pessoas “têm uma esperança média de vida que é uma pouca-vergonha”.
Não é por acaso que a música de intervenção nasce nos bairros mais pobres de Angola. É nos musseques onde “não há sequer a hipótese de decidir o que se quer fazer da vida”, lembra Coquenão. “Sempre foi assim. Só que hoje tens uma grande maioria de pessoas muito pobres e uma minoria cada vez mais reduzida de pessoas muito ricas”, realça MCK.
Depois da guerra e da morte, “Angola tem tudo para dar certo”, acredita MCK. Mas “o país está completamente anestesiado”, descreve o “rapper” Ikonoklasta.
É disso que fala a música “Cuka”, incluída no disco “Batida”. “A cerveja [Cuca é a marca nacional] aqui custa menos 70 cêntimos do que a água. É mais fácil as pessoas matarem a sede com cerveja. O país está completamente anestesiado e o álcool é uma das maneiras de o manter assim. Quando o MPLA faz manifestações, comícios, o que for, um dos chamarizes é a distribuição, quando não gratuita, a preços mais reduzidos de cerveja”, descreve à Lusa.
A maioria dos manifestantes anti-governo é composta por estudantes e artistas, mas também há “mães e senhoras do bairro”. A burguesia é que “ainda não se envolveu”, porque “está muito bem habituada à vida que tem”, lamenta Pedro Coquenão. Estes artistas não têm uma causa nova. “Estamos a cobrar o que essas pessoas fundaram, mas não está a acontecer na vida real”, resume Pedro Coquenão.
“As coisas vão demorar muito tempo”, mas, se ninguém fizer “asneiras”, a democracia estará lá, no fim do caminho, acredita.
“Olho Angola como a nossa parceira. Devemos ser os primeiros a elogiar a nossa parceira e também os primeiros a criticá-la. Com justiça e verdade. Não porque a odiamos, mas porque a amamos muito”, salienta MCK.
![]() |
Tanta Asneira pra Dizer Luanda É Bonita Foto por Edson Chagas |
Angola: in the eye of the beholder
A successful play and a downtown arts festival both tap into Luandans' fascination for their own city and its urban life.
Angola's capital, Luanda, boasts a rich cultural calendar for 2012, dominated by works that have the city itself at their heart. One of the highlights is Nuno Milagre's new play [I]Tanta Asneira Para Dizer Luanda é Bonita[/I] (Utter Nonsense to Say Luanda is Beautiful), which was on in January at the Teatro Nacional Chá de Caxinde.
Portuguese director Milagre, who first worked in Angola in 2002 on the critically acclaimed film [I]O Herói[/I], shows a comedic but probing appreciation of Luanda's idiosyncrasies, the good and the bad, the amusing and the tragic.