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Saturday, July 9, 2011

Kizomba Saturdays Vol. 17 - Tentação, by Gama

About Kizomba Saturdays: Saturday has always been a day of kizomba. Living in Luanda, there was always a boisterous neighborhood party to go to on a Saturday night, where we would exhaust ourselves dancing kizomba after kizomba, waiting for that special tarraxinha to come on so that we could go slow dance with that girl we have a crush on. Even during the day, the aunts or cousins would put on an album while they cleaned or cooked, dancing spontaneously on the quintal (backyard) while the beans cooked and the fish grilled. I find myself keeping the tradition alive here in the States, where come the weekend I invariably play kizombas, even though I have no one to dance with. I figured I’d bring that tradition here to the Lounge: Kizomba Saturdays.

Long time, no kizomba. This edition of Kizomba Saturday features this immense tarrachinha that is the song Tentação, but unfortunately I know nothing of its singer, Gama. Hopefully you readers can help me out with this in the comment section below. All I know is that I heard this kizomba when I was last in Luanda and loved dancing to it. Then I lost it forever, only to find out that it was in my iPod all this time, forgotten in one of those dark, unknown album, unknown artist corners where we lose some of our songs from time to time. Press play and hear what we are coupling up to in Luanda.

Tentação

Sobre o Kizomba Saturdays: Para mim, sábado sempre foi um dia de kizomba. Na banda (Angola), sábado à noite há sempre uma festa de quintal para se ir dançar kizomba ao nosso bel prazer, dançar até as pernas começarem a estremecer de cansaço, dançar até vir aquela tarraxinha que estavamos à espera, e aí sim, podemos parar de dançar e em vez tarraxar com aquela mboa que nos estava a olhar a festa toda. Coisas da banda. Mesmo durante o dia, as tias e as primas botam um CD na aparelhagem com aquelas kizombas que param multidões, e enquanto o feijão ferve e o cacusso grelha, são várias as danças espontâneas no quintal entre primo e tia, sobrinho e irmã, convidado e pato. Porque patos há sempre, até para o almoço de sábado. Aqui nos States, tento, teimosamente, manter a tradição. Acordo aos sábados e boto kizomba na aparalhegam. Meus roommates só me olham. Ja estão habituados. Danço com a vassoura, afinal elas existem para quê? Decidi então trazer este hábito para o Lounge: Kizomba Saturdays. Para atenuar a saudade da banda.

Há muito tempo que não tocava aqui um kizomba. Esta edição destaca esta grande, imensa tarrachinha que é o som Tentação, mas infelizmente não sei nada sobre a sua cantora, a Gama. Se calhar os leitores poderão me ajudar nos comentários abaixo? Só sei dizer que durante a minha última estadia em Luanda ouvi esta música, e dancei váris e longas vezes ao som dela. Depois a perdi para sempre, até que a encontrei há dias no meu iPod, perdida algures naquele sítio escuro onde param as nossas músicas com "artista desconhecido" e "álbum desconhecido". Carregue no play e relembra os bons momentos de Luanda...

--Photo by Zé Carlos

Saturday, October 30, 2010

Kizomba Saturdays Vol. 16: Kassav, esta noite em Luanda!

About Kizomba Saturdays: Saturday has always been a day of kizomba. Living in Luanda, there was always a boisterous neighborhood party to go to on a Saturday night, where we would exhaust ourselves dancing kizomba after kizomba, waiting for that special tarraxinha to come on so that we could go slow dance with that girl we have a crush on. Even during the day, the aunts or cousins would put on an album while they cleaned or cooked, dancing spontaneously on the quintal (backyard) while the beans cooked and the fish grilled. I find myself keeping the tradition alive here in the States, where come the weekend I invariably play kizombas, even though I have no one to dance with. I figured I’d bring that tradition here to the Lounge: Kizomba Saturdays.

The Antillean supergroup Kassav, the inventors of the zouk music that inspired kizomba, are playing tonight in front of 40,000 people at Luanda's Cidadela Stadium as part of Angola's 35 Years of Independence celebration. 31 years after their formation, they are still the world's best known zouk ensenmble The concert starts at 18h00 and features opening acts by Yuri da Cunha and Yola Semedo, among others. It promises to be a night full of sweat and dancing...stay with Zouk La Se Sel Medikaman Nou Ni, the song that started it all.

Zouk La Se Sel Medikaman Nou Ni

Sobre o Kizomba Saturdays: Para mim, sábado sempre foi um dia de kizomba. Na banda (Angola), sábado à noite há sempre uma festa de quintal para se ir dançar kizomba ao nosso bel prazer, dançar até as pernas começarem a estremecer de cansaço, dançar até vir aquela tarraxinha que estavamos à espera, e aí sim, podemos parar de dançar e em vez tarraxar com aquela mboa que nos estava a olhar a festa toda. Coisas da banda. Mesmo durante o dia, as tias e as primas botam um CD na aparelhagem com aquelas kizombas que param multidões, e enquanto o feijão ferve e o cacusso grelha, são várias as danças espontâneas no quintal entre primo e tia, sobrinho e irmã, convidado e pato. Porque patos há sempre, até para o almoço de sábado. Aqui nos States, tento, teimosamente, manter a tradição. Acordo aos sábados e boto kizomba na aparalhegam. Meus roommates só me olham. Ja estão habituados. Danço com a vassoura, afinal elas existem para quê? Decidi então trazer este hábito para o Lounge: Kizomba Saturdays. Para atenuar a saudade da banda.

Quem não conhece os Kassav? Foram eles que criaram o zouk , que depois inspirou a kizomba, e foram das primeiras grandes bandas a tocar em solo angolano poucos anos depois da nossa independência. Como tal, têm uma relação de profunda amizade com o povo angolano. Hoje darão um mega concerto no estádio da Cidadela como parte das celebrações dos nossos 35 anos de independência, as 18h00. 31 anos após a sua formação, ainda conseguem movimentar multidões. O concerto terá a participação de nomes como o Yuri da Cunha e a Yola Semedo. Será uma noite de muita dança e suor...fiquem com Zouk La Se Sel Medikaman Nou Ni, a música que iniciou uma revolução.

Monday, October 4, 2010

Kizomba Saturdays Vol. 15 - Eduardo Paim

About Kizomba Saturdays: Saturday has always been a day of kizomba. Living in Luanda, there was always a boisterous neighborhood party to go to on a Saturday night, where we would exhaust ourselves dancing kizomba after kizomba, waiting for that special tarraxinha to come on so that we could go slow dance with that girl we have a crush on. Even during the day, the aunts or cousins would put on an album while they cleaned or cooked, dancing spontaneously on the quintal (backyard) while the beans cooked and the fish grilled. I find myself keeping the tradition alive here in the States, where come the weekend I invariably play kizombas, even though I have no one to dance with. I figured I’d bring that tradition here to the Lounge: Kizomba Saturdays.

Oh, Eduardo Paim. Where to start? Before Paulo Flores, there was Eduardo Paim. The man is simply an unavoidable figure in popular music and one of the country's most dear and beloved artists. He shaped a generation. General Kambuengo, as Paim is affectionately known to his adoring public, is credited with inventing Angola's kizomba rhythm, which differentiates itself from Caribbean zouk or Capeverdean cabo-love. While always being passionate about music, Paim first exploded into the national scene in the early 90s, enjoying widespread popularity ever since. During the 90s in our backyard parties, it was Paim's kizombas that my folk were dancing to. He was among the first true superstars of contemporary Angolan music, enjoying success in other Lusophone countries and selling thousands of albums both home and abroad. Included below for your kizomba enjoyment are two of his best known songs, the nostalgic Saudades and the always classic Rosa Baila.


Saudades
Rosa Baila

Sobre o Kizomba Saturdays: Para mim, sábado sempre foi um dia de kizomba. Na banda (Angola), sábado à noite há sempre uma festa de quintal para se ir dançar kizomba ao nosso bel prazer, dançar até as pernas começarem a estremecer de cansaço, dançar até vir aquela tarraxinha que estavamos à espera, e aí sim, podemos parar de dançar e em vez tarraxar com aquela mboa que nos estava a olhar a festa toda. Coisas da banda. Mesmo durante o dia, as tias e as primas botam um CD na aparelhagem com aquelas kizombas que param multidões, e enquanto o feijão ferve e o cacusso grelha, são várias as danças espontâneas no quintal entre primo e tia, sobrinho e irmã, convidado e pato. Porque patos há sempre, até para o almoço de sábado. Aqui nos States, tento, teimosamente, manter a tradição. Acordo aos sábados e boto kizomba na aparalhegam. Meus roommates só me olham. Ja estão habituados. Danço com a vassoura, afinal elas existem para quê? Decidi então trazer este hábito para o Lounge: Kizomba Saturdays. Para atenuar a saudade da banda.

Eduardo Paim. Por onde começar? Só o nome dela já nos inspira imagens de almoços familiares de fim de semana, de 'nguendas' (festas) que só acabam quando o sol já está bem lá em cima, das grandes passadas dos 'kotas' nas pistas de dança. Antes do Paulo Flores, já havia Eduardo Paim. Aliás, foi ele que ajudou o Paulo Flores a iniciar a carreira. Figura incontornável na história da música angolana, o General Kambuengo, como é afávelmente tratado pelos seus fãs, é também figura incontornável na história da kizomba angolana, porque é tido por muitos como a personagem que inventou a kizomba. A popularidade do General despontou no início da década dos 90s e moldou uma geração. Naquele tempo, as passadas imortalizadas na foto acima eram feitas ao som das músicas deste homem. Eduardo Paim foi das primeiras grandes estrelas angolanas da história recente, vendendo milhares de discos em Angola, Portugal e não só. Incluídas neste post estão duas kizombas dos 'velhos tempos', das melhores do Paim. Rosa Baila e Saudades, duas kizombas que já fazem parte do nosso ADN.

More on Eduardo Paim:
Jornal de Angola pays homage to the genius / Jornal de Angola presta tributo ao nosso General
Mblia interviews Eduardo Paim / Mbila entrevista Eduardo Paim

--Photo by Zé Carlos

Saturday, September 18, 2010

Kizomba Saturdays Vol. 14 - Johnny Ramos

Kizomba SaturdaysAbout Kizomba Saturdays: Saturday has always been a day of kizomba. Living in Luanda, there was always a boisterous neighborhood party to go to on a Saturday night, where we would exhaust ourselves dancing kizomba after kizomba, waiting for that special tarraxinha to come on so that we could go slow dance with that girl we have a crush on. Even during the day, the aunts or cousins would put on an album while they cleaned or cooked, dancing spontaneously on the quintal (backyard) while the beans cooked and the fish grilled. I find myself keeping the tradition alive here in the States, where come the weekend I invariably play kizombas, even though I have no one to dance with. I figured I’d bring that tradition here to the Lounge: Kizomba Saturdays.

In many ways, kizomba in the Portuguese-speaking countries on Africa is like "pop music" in the west. Songs go in and out of style, many of them with short lives and liked only during a particular three-month stretch. People complain of a song being old after it's been on the radio for 'too long'. However this man Johnny Ramos, hailing from Cape Verde but living in the Netherlands, has been able to consistently create kizombas and tarrachinhas that withstand the test of time, which is no small feat for a kizomba/zouk artist. While it is true that tracks like Fidju di Deus and So Nos Dos certainly have their golden days behind them, the success they have garnered is more than just a passing fad. Fidju di Deus will always be one of my favorite tarrachinhas...I still get "emotionated" when it plays in clubs and parties. And So Nos Dos isn't far behind, still regularly played in gatherings and still sensually, and effusively, danced to.

Fidju di Deus
So Nos Dos

Sobre o Kizomba Saturdays: Para mim, sábado sempre foi um dia de kizomba. Na banda (Angola), sábado à noite há sempre uma festa de quintal para se ir dançar kizomba ao nosso bel prazer, dançar até as pernas começarem a estremecer de cansaço, dançar até vir aquela tarraxinha que estavamos à espera, e aí sim, podemos parar de dançar e em vez tarraxar com aquela mboa que nos estava a olhar a festa toda. Coisas da banda. Mesmo durante o dia, as tias e as primas botam um CD na aparelhagem com aquelas kizombas que param multidões, e enquanto o feijão ferve e o cacusso grelha, são várias as danças espontâneas no quintal entre primo e tia, sobrinho e irmã, convidado e pato. Porque patos há sempre, até para o almoço de sábado. Aqui nos States, tento, teimosamente, manter a tradição. Acordo aos sábados e boto kizomba na aparalhegam. Meus roommates só me olham. Ja estão habituados. Danço com a vassoura, afinal elas existem para quê? Decidi então trazer este hábito para o Lounge: Kizomba Saturdays. Para atenuar a saudade da banda.

A kizomba que ouvimos nos páises africanos de língua oficial portuguesa tem a mesma 'vida útil' que a chamada pop music no ocidente. Ora a música 'está na moda', ora não está. Todas 'batem bué' por um período de tempo, mas depois já ninguem quer as ouvir. Umas duram três meses na ribalta, esticando os seus '15 minutes of fame', outras nem tanto. Mas atrevo-me a dizer que as tarrachinhas de um tal caboverdeano chamado Johnny Ramos ainda não saíram da moda. É verdade que já não devem tocar tanto como em tempos outrora, nem se tornaram ainda tarrachinas clássicas, mas dúvido que exista um casal que fique sentado quando So Nos Dos começa a tocar. E quando toca Fidju di Deus, é olhar a volta e ver os corpos colados, ondulando, como se a música nunca tivesse saído da moda. Nem importa o título da música, porque entre aqueles corpos não há mesmo espaço para Deus, nem o filho dele...

Monday, September 6, 2010

Kizomba Saturdays Vol. 13 – Bem Consché, by Quatro+

About Kizomba Saturdays: Saturday has always been a day of kizomba. Living in Luanda, there was always a boisterous neighborhood party to go to on a Saturday night, where we would exhaust ourselves dancing kizomba after kizomba, waiting for that special tarraxinha to come on so that we could go slow dance with that girl we have a crush on. Even during the day, the aunts or cousins would put on an album while they cleaned or cooked, dancing spontaneously on the quintal (backyard) while the beans cooked and the fish grilled. I find myself keeping the tradition alive here in the States, where come the weekend I invariably play kizombas, even though I have no one to dance with. I figured I’d bring that tradition here to the Lounge: Kizomba Saturdays.

Before Nelson Freitas was churning out his own albums as a solo act, he was the front man for one of Cape Verde’s finest kizomba ensembles, Os Quatro (later known as Quatro+). Their music was inspired by their Capeverdean home and the urban influences they got from their adopted home of Rotterdam. During their peak Os Quatro became synonymous with damn good kizomba and would sell out shows wherever kizomba was heard, from Praia to Lisbon to Paris to Luanda. I consider Bem Consché their best album - it contained hits like Kazangá, Meninas Bonitas, and Joia, my favorite song of theirs. Since 2002 I've been playing Joia regularly, and even today it gets to me. Click play and enjoy some of the best kizomba Cape Verde has to offer.

Kazangá
Meninas Bonitas
Joia

Sobre o Kizomba Saturdays: Para mim, sábado sempre foi um dia de kizomba. Na banda (Angola), sábado à noite há sempre uma festa de quintal para se ir dançar kizomba ao nosso bel prazer, dançar até as pernas começarem a estremecer de cansaço, dançar até vir aquela tarraxinha que estavamos à espera, e aí sim, podemos parar de dançar e em vez tarraxar com aquela mboa que nos estava a olhar a festa toda. Coisas da banda. Mesmo durante o dia, as tias e as primas botam um CD na aparelhagem com aquelas kizombas que param multidões, e enquanto o feijão ferve e o cacusso grelha, são várias as danças espontâneas no quintal entre primo e tia, sobrinho e irmã, convidado e pato. Porque patos há sempre, até para o almoço de sábado. Aqui nos States, tento, teimosamente, manter a tradição. Acordo aos sábados e boto kizomba na aparalhegam. Meus roommates só me olham. Ja estão habituados. Danço com a vassoura, afinal elas existem para quê? Decidi então trazer este hábito para o Lounge: Kizomba Saturdays. Para atenuar a saudade da banda.

Antes do Nelson Freitas ser o cantor que é, era mais um dos integrantes da mítica banda caboverdeana Quatro, que depois veio a se chamar Quatro Plus. Eram inspirados pelos ritmos de Cabo Verde e pelas influências que recebiam da cidade onde viviam, o Roterdão. No seu auge, a banda Quatro Plus era sinónima de kizomba de qualidade. Era comum encherem salas inteiras durante os seus concertos em qualquer cidade que apreciasse kizomba, desde Praia a Lisboa a Paris a Luanda. Considero Bem Consché o seu melhor album, porque é lá onde aparecem hits como Kazangá, Meninas Bonitas, e Joia, a minha música preferida deles. Desde 2002 que toco Joia regularmente, e ainda hoje mexe comigo. Carreguem no play e curtam uma das melhores kizombas que Cabo Verde já produziu.

Sunday, August 22, 2010

Kizomba Saturdays Vol. 12: Alta Segurança, by Philip Monteiro

About Kizomba Saturdays: Saturday has always been a day of kizomba. Living in Luanda, there was always a boisterous neighborhood party to go to on a Saturday night, where we would exhaust ourselves dancing kizomba after kizomba, waiting for that special tarraxinha to come on so that we could go slow dance with that girl we have a crush on. Even during the day, the aunts or cousins would put on an album while they cleaned or cooked, dancing spontaneously on the quintal (backyard) while the beans cooked and the fish grilled. I find myself keeping the tradition alive here in the States, where come the weekend I invariably play kizombas, even though I have no one to dance with. I figured I’d bring that tradition here to the Lounge: Kizomba Saturdays.

Today was one of those Saturdays. There was a huge birthday lunch at my grandmother's house, with so much food that I spent most of my time there eating and will still be back tomorrow for round two. Ironically, the genres of choice were kuduro and hip-hop (and they were only being played downstairs, in the basement) so I think those kizomba Saturdays are slowly becoming a thing of the past. Nonetheless, if the party isn't to your liking, you make your own! Today's kizomba post features Philip Monteiro, a musician from Cape Verde that has gone on to become one of the most popular and beloved voices of both zouk and kizomba. Alta Segurança has gone on to become a classics of 'Cabo Love', the romantic sub-genre of kizomba made in Cape Verde. Play this song in Cape Verde, west Africa, throughout the lusophone world, and in the French Antilles, and the reaction is the same. Couples clasping each other, swaying to the soft beat.

Alta Segurança

Sobre o Kizomba Saturdays: Para mim, sábado sempre foi um dia de kizomba. Na banda (Angola), sábado à noite há sempre uma festa de quintal para se ir dançar kizomba ao nosso bel prazer, dançar até as pernas começarem a estremecer de cansaço, dançar até vir aquela tarraxinha que estavamos à espera, e aí sim, podemos parar de dançar e em vez tarraxar com aquela mboa que nos estava a olhar a festa toda. Coisas da banda. Mesmo durante o dia, as tias e as primas botam um CD na aparelhagem com aquelas kizombas que param multidões, e enquanto o feijão ferve e o cacusso grelha, são várias as danças espontâneas no quintal entre primo e tia, sobrinho e irmã, convidado e pato. Porque patos há sempre, até para o almoço de sábado. Aqui nos States, tento, teimosamente, manter a tradição. Acordo aos sábados e boto kizomba na aparalhegam. Meus roommates só me olham. Ja estão habituados. Danço com a vassoura, afinal elas existem para quê? Decidi então trazer este hábito para o Lounge: Kizomba Saturdays. Para atenuar a saudade da banda.

Hoje foi um sábado destes. Houve uma grande almoçarada na casa da minha avó, com tanta comida que gastei a maioria do meu tempo lá só a comer e amanhã voltarei para mais. Por ironia do destino, a música que mais se tocou lá foi kuduro, batida e hip-hop...creio que esta coisa de kizomba aos sábados já está a se tornar, lentamente, coisa do passado. Mas prontos, aqui no Lounge continua a ser Kizomba Saturday, ora poças! A kizomba de hoje é do Philip Monteiro, um músico de Cabo Verde que por estas paragens dispensa apresentações. Alta Segurança já é um clássico do Cabo Love, tendo fãs espalhados pelo mundo da lusofonia, pelas antilhas, e pela África ocidental. Uma tarrachinha ao som desta música..."mano nem te conto."

Monday, August 9, 2010

Kizomba Saturdays Vol. 11: Até Um Dia, by Beto Dias feat. Suzanna Lubrano

Kizomba SaturdaysAbout Kizomba Saturdays: Saturday has always been a day of kizomba. Living in Luanda, there was always a boisterous neighborhood party to go to on a Saturday night, where we would exhaust ourselves dancing kizomba after kizomba, waiting for that special tarraxinha to come on so that we could go slow dance with that girl we have a crush on. Even during the day, the aunts or cousins would put on an album while they cleaned or cooked, dancing spontaneously on the quintal (backyard) while the beans cooked and the fish grilled. I find myself keeping the tradition alive here in the States, where come the weekend I invariably play kizombas, even though I have no one to dance with. I figured I’d bring that tradition here to the Lounge: Kizomba Saturdays.

Suzanna Lubrano and Beto Dias, two of my favorite kizomba artists, are performing together in Luanda this saturday night (Aug. 14) at the Pavilhão da Cidadela. The Capeverdean duo create magic when they sing together. Their lives share a similar path, as they both emigrated from Cape Verde to Holland during their youth and were part of the same band, Rabelados. Both have since embarked on stellar solar careers. I've said before that Ki Vida, by this same duo, is my favorite kizomba of all time, but Até Um Dia is not very far behind. Enjoy it below, and if you're in Luanda and in mood for sumptuous kizomba next Saturday, Cidadela awaits.

Até Um Dia

Sobre o Kizomba Saturdays: Para mim, sábado sempre foi um dia de kizomba. Na banda (Angola), sábado à noite há sempre uma festa de quintal para se ir dançar kizomba ao nosso bel prazer, dançar até as pernas começarem a estremecer de cansaço, dançar até vir aquela tarraxinha que estavamos à espera, e aí sim, podemos parar de dançar e em vez tarraxar com aquela mboa que nos estava a olhar a festa toda. Coisas da banda. Mesmo durante o dia, as tias e as primas botam um CD na aparelhagem com aquelas kizombas que param multidões, e enquanto o feijão ferve e o cacusso grelha, são várias as danças espontâneas no quintal entre primo e tia, sobrinho e irmã, convidado e pato. Porque patos há sempre, até para o almoço de sábado. Aqui nos States, tento, teimosamente, manter a tradição. Acordo aos sábados e boto kizomba na aparalhegam. Meus roommates só me olham. Ja estão habituados. Danço com a vassoura, afinal elas existem para quê? Decidi então trazer este hábito para o Lounge: Kizomba Saturdays. Para atenuar a saudade da banda.

A Suzanna Lubrano e o Beto Dias, dois dos meus artistas de kizomba preferidos, já estão em Luanda para o concerto que vão dar no próximo sábado, dia 14, no Pavilhão da Cidadela. Quando estes dois estão no palco juntos, acontece magia. As suas vidas seguiram uma trajectória parecida: os dois emigraram para Holanda quando eram crianças e foram parte da mesma banda, os Rabelados. Embarcaram depois numa brilhante carreira à solo que não parece abrandar tão cedo. Já disse aqui que Ki Vida é a minha kizomba preferida, mas Até Um Dia não fica muito atrás. Curte o som, e se estiveres em Luanda no próximo sábado, e com vontade de ouvir boa kizomba, a Cidadela te espera.

-Photo by Zé Carlos

Sunday, July 18, 2010

Kizomba Saturdays Vol. 10 - Yola Semedo

About Kizomba Saturdays: Saturday has always been a day of kizomba. Living in Luanda, there was always a boisterous neighborhood party to go to on a Saturday night, where we would exhaust ourselves dancing kizomba after kizomba, waiting for that special tarraxinha to come on so that we could go slow dance with that girl we have a crush on. Even during the day, the aunts or cousins would put on an album while they cleaned or cooked, dancing spontaneously on the quintal (backyard) while the beans cooked and the fish grilled. I find myself keeping the tradition alive here in the States, where come the weekend I invariably play kizombas, even though I have no one to dance with. I figured I’d bring that tradition here to the Lounge: Kizomba Saturdays.

The Lounge’s appreciation of Yola Semedo’s latest CD, Minha Alma, is still in full swing. Last week we saw the video for Semedo’s hit single Injusta, while this week we can vibe to not only Injusta but two other songs off her newest album. Injusta has enjoyed considerable airplay on Luanda’s radio stations on the buildup to the release, while Perdoa is another classical Semedo kizomba with a polished production and subtle backing vocals. The last track, Mar Azul, is a semba duet she does with Paulo Flores.

Injusta
Perdoa
Mar Azul feat. Paulo Flores

Sobre o Kizomba Saturdays: Para mim, sábado sempre foi um dia de kizomba. Na banda (Angola), sábado à noite há sempre uma festa de quintal para se ir dançar kizomba ao nosso bel prazer, dançar até as pernas começarem a estremecer de cansaço, dançar até vir aquela tarraxinha que estavamos à espera, e aí sim, podemos parar de dançar e em vez tarraxar com aquela mboa que nos estava a olhar a festa toda. Coisas da banda. Mesmo durante o dia, as tias e as primas botam um CD na aparelhagem com aquelas kizombas que param multidões, e enquanto o feijão ferve e o cacusso grelha, são várias as danças espontâneas no quintal entre primo e tia, sobrinho e irmã, convidado e pato. Porque patos há sempre, até para o almoço de sábado. Aqui nos States, tento, teimosamente, manter a tradição. Acordo aos sábados e boto kizomba na aparalhegam. Meus roommates só me olham. Ja estão habituados. Danço com a vassoura, afinal elas existem para quê? Decidi então trazer este hábito para o Lounge: Kizomba Saturdays. Para atenuar a saudade da banda.

A apreciação do Lounge pelo último CD da Yola Semedo, Minha Alma, continua em pleno. A semana passada tivemos a oportunidade de ver o clip da música Injusta, e esta semana vamos poder ouvir e vibrar não só com Injusta mas também com duas outras músicas do álbum. O 'brinde' Injusta tocava na rádio regularmente durante as semansas que antecederam o lançamento do àlbum, enquanto que Perdoa, uma kizomba clássica um pouco menos conhecida, espelha a Semedo no seu melhor. A última faixa destacada aqui, Mar Azul, é um dueto em estilo semba que ela faz com o Paulo Flores.

Saturday, July 10, 2010

Kizomba Saturdays Vol. 9 - Amor Melaço, by Irmãos Almeida

Kizomba SaturdaysAbout Kizomba Saturdays: Saturday has always been a day of kizomba. Living in Luanda, there was always a boisterous neighborhood party to go to on a Saturday night, where we would exhaust ourselves dancing kizomba after kizomba, waiting for that special tarraxinha to come on so that we could go slow dance with that girl we have a crush on. Even during the day, the aunts or cousins would put on an album while they cleaned or cooked, dancing spontaneously on the quintal (backyard) while the beans cooked and the fish grilled. I find myself keeping the tradition alive here in the States, where come the weekend I invariably play kizombas, even though I have no one to dance with. I figured I’d bring that tradition here to the Lounge: Kizomba Saturdays.

Most of my formative years were spent in the US, during a time when the internet wasn't what it is today and getting access to current Angolan music was nearly impossible. Especially since my Dad, the only one that was going to Angola fairly regularly, only listened to Bonga, Carlos Burity and the like. I think Kussundulola's Tá-se Bem was the only non-semba or rebita album that he ever brought home. This is all to say that there is a golden period of Angolan kizomba that I know nothing about, a fact that my cousin Victor loves to make fun of me for. Him and I have this running battle where he'll play old school zouk and kizomba to see if I'll recognize the song. While most of the time I manage to perform reasonably well, sometimes I fail spectacularly. We were sitting in the car a couple of days ago and he puts on Amor Melaço by Irmãos Almeida. What a beauty of a song. He and my brother Paulo start singing it enthusiastically, and, noticing my silence, ask me if I know the song.

My answer shocked them. Perplexed, my cousin asks me how can I possibly not know that song. Oh, the pitfalls of immigration. As we sat there in the car, in an impenetrable Cape Town traffic jam (Netherlands vs. Uruguay was starting in less than an hour at Green Point), I took in the gorgeous lyrics of the song while Victor sang heartily and "emotionated":

Como é bom saber que estás de volta (It's so good to know you're back)
Seu baton volta a pintar a minha camisa (It's back to your lipstick staining my shirt)
O teu cheiro volta a colar na minha roupa (It's back to having your scent stuck to my clothes)
Os teus brincos voltas a esquecer na minha banca... (It's back to having you forget your earrings on my bedside...)

After hearing the song for the first time in that car, I can't get enough of it. According to my cousin this lovely heartfelt kizomba was a hit in Luanda when it came out, one of those kizombas that fill the dancefloor to capacity. The geniuses who composed it, the legendary Irmãos Almeida, are still active in Angola today, and actually have an album coming out at the end of this month. Hearing this song actually prompted another debate in the car: the fact that kizombas made today, like ghetto-zouks and tarrachinhas, no longer have the same "feeling", the same passion as classics like Amor Melaço. I'll leave that for you to decide, but meanwhile, turn up your headphones or your stereo and dance like it's 1994 in Luanda.

Amor Melaço

Sobre o Kizomba Saturdays: Para mim, sábado sempre foi um dia de kizomba. Na banda (Angola), sábado à noite há sempre uma festa de quintal para se ir dançar kizomba ao nosso bel prazer, dançar até as pernas começarem a estremecer de cansaço, dançar até vir aquela tarraxinha que estavamos à espera, e aí sim, podemos parar de dançar e em vez tarraxar com aquela mboa que nos estava a olhar a festa toda. Coisas da banda. Mesmo durante o dia, as tias e as primas botam um CD na aparelhagem com aquelas kizombas que param multidões, e enquanto o feijão ferve e o cacusso grelha, são várias as danças espontâneas no quintal entre primo e tia, sobrinho e irmã, convidado e pato. Porque patos há sempre, até para o almoço de sábado. Aqui nos States, tento, teimosamente, manter a tradição. Acordo aos sábados e boto kizomba na aparalhegam. Meus roommates só me olham. Ja estão habituados. Danço com a vassoura, afinal elas existem para quê? Decidi então trazer este hábito para o Lounge: Kizomba Saturdays. Para atenuar a saudade da banda.

Passei a maioria dos meus anos formativos nos Estados Unidos, numa altura em que a internet não era o que é e o meu acesso à música angolana era quase inexistente. Principalmente porque o meu kota era o único que ia à Luanda mais ou menos regularmente, e na bagagem só trazia Bonga ou Carlos Burity. Acho que o Tá-se Bem dos Kussondulola foi o primerio e único álbum sem semba e rebita que o meu kota trouxe das suas viagens. Isso tudo é só para dizer que a minha sabedoria acerca da maioria das grandes kizombas feitas em Angola durante o período da guerra é lamentável. Facto este que o meu primo Victor adora explorar. Há vezes que ele desafia-me, tocando kizombas e zouks dos velhos tempos só para ver se tenho conhecimento delas. Na maioria das vezes até saio-me más ou menos bem, mas há vezes mesmo que cometo gaffes sérios. Estávamos nós sentados num tremendo engarrafamento em Cape Town (Holanda vs. Uruguay em Green Point era em menos de uma hora) e ele bota Amor Melaço dos Irmãos Almeida na aparelhagem. Que linda música. O Victor e o meu irmão Paulo começam a cantar, entusiasmados, e, olhando para mim, notam o meu silêncio. Perguntam-me se conheço a música.

A minha resposta os chocou. Principalmente ao Victor, claro. Perplexo, perguntou-me como era possível eu não conhecer aquele puro som. Maldita imigração, lhe respondi entre risos. Enquanto apreciávamos o engarrafamento, deliciei-me com a letra da música enquanto o meu primo a cantava, “emotionated”, em alto e bom som:

Como é bom saber que estás de volta
Seu baton volta a pintar a minha camisa
O teu cheiro volta a colar na minha roupa
Os teus brincos voltas a esquecer na minha banca...

Depois de ouvir a música pela primeira vez, não quero outra coisa. Segundo o meu primoto, quando esta música saiu fez enorme sucesso em Luanda, daquele sucesso que causa enchente na pista de dança. Os génios por detrás desta canção são os Irmãos Almeida, que ainda continuam no activo. Prometeram lançar um álbum mesmo no fim deste mês. Esta música ainda causou outro debate no carro: será que as kizombas feitas antigamente tinham mais “feeling”, mais paixão, que os ghetto-zouks feitos hoje? Pois, são conversas para outras ocasiões. Por agora, levantem os volumes dos headphones ou da aparelhagem, e dancem como se fosse 1994 em Luanda.

-Photo by Zé Carlos

Saturday, July 3, 2010

Kizomba Saturdays Vol. 8 - Caló Pascoal

Caló PascoalAbout Kizomba Saturdays: Saturday has always been a day of kizomba. Living in Luanda, there was always a boisterous neighborhood party to go to on a Saturday night, where we would exhaust ourselves dancing kizomba after kizomba, waiting for that special tarraxinha to come on so that we could go slow dance with that girl we have a crush on. Even during the day, the aunts or cousins would put on an album while they cleaned or cooked, dancing spontaneously on the quintal (backyard) while the beans cooked and the fish grilled. I find myself keeping the tradition alive here in the States, where come the weekend I invariably play kizombas, even though I have no one to dance with. I figured I’d bring that tradition here to the Lounge: Kizomba Saturdays.

One of Angola's most beloved contemporary artist, Caló Pascoal is today's featured kizomba artist. Singer, songwriter, and producer, his debut album Santa Mariazinha was very well received by the Angolan public, and helped cement his place among Angola's new wave of emerging talents. Several songs on Santa Mariazinha became instant classics and constant features at those expansive, nostalgic Luandan weekend gatherings. Prior to striking it big in the Angolan musical scene, Caló Pascoal led a life beset by hardships and excesses. He is a man of ardent faith and credits his breakthrough success to God's benevolence towards him.

Among Caló's best known tracks are the ones featured below. Titiriti was an instant hit when it came out in Luanda, and tells the story of how Caló lost a girlfriend because of a cell phone. Obrigado Mano is about his older brother, who used to be the family's breadwinner after Caló's father died when Caló was but an infant. Lastly there is Leninha, a sweeping ballad of a song, heartfelt, melodic and sincere. One of my favorites on the album.

Titiriti
Obrigado Mano
Leninha

Sobre o Kizomba Saturdays: Para mim, sábado sempre foi um dia de kizomba. Na banda (Angola), sábado à noite há sempre uma festa de quintal para se ir dançar kizomba ao nosso bel prazer, dançar até as pernas começarem a estremecer de cansaço, dançar até vir aquela tarraxinha que estavamos à espera, e aí sim, podemos parar de dançar e em vez tarraxar com aquela mboa que nos estava a olhar a festa toda. Coisas da banda. Mesmo durante o dia, as tias e as primas botam um CD na aparelhagem com aquelas kizombas que param multidões, e enquanto o feijão ferve e o cacusso grelha, são várias as danças espontâneas no quintal entre primo e tia, sobrinho e irmã, convidado e pato. Porque patos há sempre, até para o almoço de sábado. Aqui nos States, tento, teimosamente, manter a tradição. Acordo aos sábados e boto kizomba na aparalhegam. Meus roommates só me olham. Ja estão habituados. Danço com a vassoura, afinal elas existem para quê? Decidi então trazer este hábito para o Lounge: Kizomba Saturdays. Para atenuar a saudade da banda.

Um dos músicos angolanos mais consagrados e amados pelo sempre exigente público, o Caló Pascoal é destacado nesta edição do Kizomba Saturday. Cantor, escritor, e produtor, o seu disco de estreia Santa Mariazinha foi bastante bem recebido pelos amantes de boa música angolana e ajudou-o a cimentar o seu lugar como talento emergente da nova vaga de artistas populares angolanos. Várias músicas do disco Santa Mariazinha se tornaram clássicas, sempre presentes nas numerosas festas luandenses. Antes de atingir o sucesso, o Caló levou uma vida dura apimentada por excessos e dificuldades diversas. Hoje é um homem bastante religioso e acredita que o seu sucesso é uma benção de Deus.

Entre as músicas mais conhecidas do Caló estão as faixas destacadas abaixo. Quando Titiriti saiu, Luanda parou. Foi um clássico instantâneo e relata a história de como o Caló perdeu uma dama por causa de um telefone. Obrigado Mano é outro dos seus hinos, dedicado ao seu irmão mais velho que cuidou da família depois da morte do pai, quando o Caló ainda era bebé. Por último temos Leninha, uma linda música emotiva e sincera. Uma das minhas preferidas do disco.

Saturday, June 26, 2010

Kizomba Saturdays Vol. 7 - Amor, by Pérola

About Kizomba Saturdays: Saturday has always been a day of kizomba. Living in Luanda, there was always a boisterous neighborhood party to go to on a Saturday night, where we would exhaust ourselves dancing kizomba after kizomba, waiting for that special tarraxinha to come on so that we could go slow dance with that girl we have a crush on. Even during the day, the aunts or cousins would put on an album while they cleaned or cooked, dancing spontaneously on the quintal (backyard) while the beans cooked and the fish grilled. I find myself keeping the tradition alive here in the States, where come the weekend I invariably play kizombas, even though I have no one to dance with. I figured I’d bring that tradition here to the Lounge: Kizomba Saturdays.

The beloved Pérola (Jandira Sassingui) first burst into the Angolan popular music scene in the earlier this decade with the release of her debut album Meus Sentimentos, which not only garnered her a healthy following in Angola but also earned her international honors, as she was won the 2005 Kora Awards for Best Southern African Artist that year. Since then, the diva from Huambo province has never looked back. Blessed with a beautiful earthy, soulful voice, her genres of choice are kizomba and R&B, abundantly on display on her second album, Cara e Coroa. The jazzy Amor, a catchy song with a simple yet timeless message, is one of the standout songs in that CD, and today's featured kizomba.

Amor

Sobre o Kizomba Saturdays: Para mim, sábado sempre foi um dia de kizomba. Na banda (Angola), sábado à noite há sempre uma festa de quintal para se ir dançar kizomba ao nosso bel prazer, dançar até as pernas começarem a estremecer de cansaço, dançar até vir aquela tarraxinha que estavamos à espera, e aí sim, podemos parar de dançar e em vez tarraxar com aquela mboa que nos estava a olhar a festa toda. Coisas da banda. Mesmo durante o dia, as tias e as primas botam um CD na aparelhagem com aquelas kizombas que param multidões, e enquanto o feijão ferve e o cacusso grelha, são várias as danças espontâneas no quintal entre primo e tia, sobrinho e irmã, convidado e pato. Porque patos há sempre, até para o almoço de sábado. Aqui nos States, tento, teimosamente, manter a tradição. Acordo aos sábados e boto kizomba na aparalhegam. Meus roommates só me olham. Ja estão habituados. Danço com a vassoura, afinal elas existem para quê? Decidi então trazer este hábito para o Lounge: Kizomba Saturdays. Para atenuar a saudade da banda.

A consagrada Pérola (Jandira Sassingui) começou a deliciar-nos os ouvidos em príncipios desta década com o lançamento de Meus Sentimentos, seu primeiro album. Foi a parti daí que iniciou o namoro com o público angolano, sempre ávidos consumidores da sua música e da sua forma de ser. Música esta que não passou despercebida pelos nossos conterrâneos africanos da Kora, que em 2005 elegeram a Pérola como Melhor Artista da Africa Austral. Desde lá, a diva do Huambo nunca olho para trás. Portadora de uma linda voz de soul, os seus estilos preferidos são o kizomba e o R&B, duas constantes no seu seu segundo CD, Cara e Coroa. Amor é uma das melhores canções deste album, e a kizomba escolhida para hoje. É uma melodia contagiante com uma letra simples mais bonita.

Pérola on Myspace

Tuesday, June 15, 2010

Kizomba Saturdays Vol. 6 - Pura Ilusão, by Yola Semedo


About Kizomba Saturdays: Saturday has always been a day of kizomba. Living in Luanda, there was always a boisterous neighborhood party to go to on a Saturday night, where we would exhaust ourselves dancing kizomba after kizomba, waiting for that special tarraxinha to come on so that we could go slow dance with that girl we have a crush on. Even during the day, the aunts or cousins would put on an album while they cleaned or cooked, dancing spontaneously on the quintal (backyard) while the beans cooked and the fish grilled. I find myself keeping the tradition alive here in the States, where come the weekend I invariably play kizombas, even though I have no one to dance with. I figured I’d bring that tradition here to the Lounge: Kizomba Saturdays.

After a forced absence of over a month, Kizomba Saturdays returns on...a Tuesday. I wanted to dedicate my 300th post to the sensuality of Angolan Kizomba, and no songstress embodies that sensuality better than Yola Semedo. She is coming out with a new album titled Minha Alma on June 19th at Praça da Independência in downtown Luanda, and a single of hers has been playing constantly on the Angolan radio. I don't think Yola has ever sounded better. I'm sure she would love to see your smiling face, Kwanzas in hand, ready to buy your autographed copy of Angola's best female kizomba singer. Included below is one of her all-time classics, Pura Ilusão, purely for nostalgic purposes.

Pura Ilusão

Sobre o Kizomba Saturdays: Para mim, sábado sempre foi um dia de kizomba. Na banda (Angola), sábado à noite há sempre uma festa de quintal para se ir dançar kizomba ao nosso bel prazer, dançar até as pernas começarem a estremecer de cansaço, dançar até vir aquela tarraxinha que estavamos à espera, e aí sim, podemos parar de dançar e em vez tarraxar com aquela mboa que nos estava a olhar a festa toda. Coisas da banda. Mesmo durante o dia, as tias e as primas botam um CD na aparelhagem com aquelas kizombas que param multidões, e enquanto o feijão ferve e o cacusso grelha, são várias as danças espontâneas no quintal entre primo e tia, sobrinho e irmã, convidado e pato. Porque patos há sempre, até para o almoço de sábado. Aqui nos States, tento, teimosamente, manter a tradição. Acordo aos sábados e boto kizomba na aparalhegam. Meus roommates só me olham. Ja estão habituados. Danço com a vassoura, afinal elas existem para quê? Decidi então trazer este hábito para o Lounge: Kizomba Saturdays. Para atenuar a saudade da banda.

Depois de uma forçada ausência de mais de um mês, o Kizomba Saturdays retorna numa...terça feira. Quero dedicar o meu post número 300 à sensualidade da kizomba angolana, e ninguém a demonstra melhor que a Yola Semedo. Sou um autêntico apaixonado pela voz dela. No dia 19 de Junho na Praça da Independência, ela lançará o seu mais novo àlbum, intitulado Minha Alma. Um dos singles deste tão esperado CD tem tocado na rádio angolana com regularidade. Estou convencido que no dia 19 ela estará muito feliz de o ver, Kwanzas em mão, sorriso nos lábios, pronto/a para comprar o CD autografado por ela mesma. Incluído acima, por motivos puramente nostálgicos, está Pura Ilusão, uma das suas melhores canções.

-Photo by André Carvalho

Saturday, May 8, 2010

Kizomba Saturdays Vol. 5 - Irmãos Verdades

About Kizomba Saturdays: Saturday has always been a day of kizomba. Living in Luanda, there was always a boisterous neighborhood party to go to on a Saturday night, where we would exhaust ourselves dancing kizomba after kizomba, waiting for that special tarraxinha to come on so that we could go slow dance with that girl we have a crush on. Even during the day, the aunts or cousins would put on an album while they cleaned or cooked, dancing spontaneously on the quintal (backyard) while the beans cooked and the fish grilled. I find myself keeping the tradition alive here in the States, where come the weekend I invariably play kizombas, even though I have no one to dance with. I figured I’d bring that tradition here to the Lounge: Kizomba Saturdays.

I still get goosebumps when I listen to Irmãos Verdades. It’s an intense nostalgia, difficult to put into words. Before I was even born they were already a band of sorts, as dancers in Raul Indipwo’s Duo Ouro Negro. A couple of years later, Gaby, Luis, Alex, and Nando break away from the Duo and form their own band, the much beloved Irmãos Verdades, and they play on until this day. All members from the band are Angolan, except for Gaby, the lead vocalist featured on the photo above, who hails from Cape Verde. The Irmãos Verdades have gone Gold and Platinum throughout the Lusophone world, making them one of the most successful and respected band among Portuguese speakers, shattering borders and uniting the Lusophone world through their hypnotizing brand of romantic kizomba.

Isabella and Amar-te Assim are two of the most well known songs by this band. They’ve become anthems in their own right, especially Amar-te Assim. Incidentally, it’s one of the most romantic songs I know, and I’ve been playing it since it came out, around 2001. Isabella is a lovely, heartfelt tribute to a woman of the same name, and it’s sweetly addictive. Whenever I play it, I can’t play it just once. The lyrics of both these songs display a plethora of ways to say you’re in love in Portuguese; if you’re in that kind of mood, Irmãos Verdades is for you. Or, if you’re just now getting into kizomba, this is a great intro band into the world of vintage Angolan kizomba, the type of kizomba that has withstood the tests of time. A must for any Angolan music fan or anyone looking to learn more about contemporary Angolan music.

Happy Kizomba Saturday.

Amar-te Assim
Isabella


Sobre o Kizomba Saturdays: Para mim, sábado sempre foi um dia de kizomba. Na banda (Angola), sábado à noite há sempre uma festa de quintal para se ir dançar kizomba ao nosso bel prazer, dançar até as pernas começarem a estremecer de cansaço, dançar até vir aquela tarraxinha que estavamos à espera, e aí sim, podemos parar de dançar e em vez tarraxar com aquela mboa que nos estava a olhar a festa toda. Coisas da banda. Mesmo durante o dia, as tias e as primas botam um CD na aparelhagem com aquelas kizombas que param multidões, e enquanto o feijão ferve e o cacusso grelha, são várias as danças espontâneas no quintal entre primo e tia, sobrinho e irmã, convidado e pato. Porque patos há sempre, até para o almoço de sábado. Aqui nos States, tento, teimosamente, manter a tradição. Acordo aos sábados e boto kizomba na aparalhegam. Meus roommates só me olham. Ja estão habituados. Danço com a vassoura, afinal elas existem para quê? Decidi então trazer este hábito para o Lounge: Kizomba Saturdays. Para atenuar a saudade da banda.

Ainda apanho calafrios quando oiço os Irmãos Verdades. Sinto uma nostalgia intensa, díficil de descrever. Antes de eu nascer já eles dançavam para o Raul Indipwo e os Duo Ouro Negro; alguns anos mais tarde, o Gaby, o Luis, o Alex e o Nando decidiram mudar de ares e fundaram a sua própria banda, os muito amados Irmãos Verdades. Tocam até hoje, para o nosso delírio. Todos os membros da banda são angolanos, menos o vocalista principal, o grande Gaby. Os Irmão Verdades fazem grande sucesso pelo mundo lusófono, onde são disco de ouro e platina em países como Portugal e Moçambique. Ajudaram a compartilhar a cultura lusófona e a derrubar quaisqueres barreiras existentes entre os nossos países irmãos. Sãotomense ou português, angolano ou caboverdeano, todos se rendem ao kizomba romântico desta banda.

Isabella e Amar-te Assim são duas das minhas prefereidas canções deste grupo. Se tornaram verdadeiros hinos, principalmente Amar-te Assim, que é talvez a sua música mais conhecida. É uma das músicas mais românticas que conheço, e a toco desde que saiu em meados de 2001. Por outro lado, Isabella é uma música linda, um tributo condigno à mulher do mesmo nome. Sempre que a toco, não consigo fazê-lo só uma vez. Tenho que a repetir. A letra destas duas canções é uma maneira bonita de declarar o amor, e se o leitor está a alimentar este tipo de pensamentos, estas músicas serão uma fonte de inspiração. Para quem quiser aprofundar o seu conhecimento de kizomba, esta banda é um excelente ponto de partida. Ainda porque os manos mesmo não mostram sinais de abandonar a carreira.

Feliz Kizomba Saturday para vocês, e espero que estas duas músicas ajudaram a matar saudades de tempos idos.


-Photo: Album cover of this band's epic live concert in Lisbon

Irmãos Verdades Official website
Irmãos Verdades on Amazon and iTunes

Sunday, May 2, 2010

Kizomba Saturdays Vol. 4 - Preta da Guiné

Kizomba SaturdaysAbout Kizomba Saturdays: Saturday has always been a day of kizomba. Living in Luanda, there was always a boisterous neighborhood party to go to on a Saturday night, where we would exhaust ourselves dancing kizomba after kizomba, waiting for that special tarraxinha to come on so that we could go slow dance with that girl we have a crush on. Even during the day, the aunts or cousins would put on an album while they cleaned or cooked, dancing spontaneously on the quintal (backyard) while the beans cooked and the fish grilled. I find myself keeping the tradition alive here in the States, where come the weekend I invariably play kizombas, even though I have no one to dance with. I figured I’d bring that tradition here to the Lounge: Kizomba Saturdays.

Reader response required! To finally put the Kizomba Saturdays series up to date, I chose the beautiful kizomba Preta da Guiné, but have no idea who the singer is. I am hoping that the Lounge’s readers in Portugal, Angola, Cape Verde, or elsewhere can shed some light on this most unfortunate issue. Hopefully “Preta da Guiné” is the actual name of the song. I remember Preta da Guiné from quite a few years back, when it used to play all over Luanda. I specifically remember hearing it on one of the December vacations I took in Angola, and promptly bought a version of the song on the streets. All it said was that the singer’s name was António. Never have I been able to verify the song’s actual name and artist, and countless searches on Google have proven ineffective. It’s a kizomba I love however, and without even knowing the veracity of the author’s name, or any other song of his, I commend him for this one kizomba. For all it’s worth.

Preta da Guiné

Sobre o Kizomba Saturdays: Para mim, sábado sempre foi um dia de kizomba. Na banda (Angola), sábado à noite há sempre uma festa de quintal para se ir dançar kizomba ao nosso bel prazer, dançar até as pernas começarem a estremecer de cansaço, dançar até vir aquela tarraxinha que estavamos à espera, e aí sim, podemos parar de dançar e em vez tarraxar com aquela mboa que nos estava a olhar a festa toda. Coisas da banda. Mesmo durante o dia, as tias e as primas botam um CD na aparelhagem com aquelas kizombas que param multidões, e enquanto o feijão ferve e o cacusso grelha, são várias as danças espontâneas no quintal entre primo e tia, sobrinho e irmã, convidado e pato. Porque patos há sempre, até para o almoço de sábado. Aqui nos States, tento, teimosamente, manter a tradição. Acordo aos sábados e boto kizomba na aparalhegam. Meus roommates só me olham. Ja estão habituados. Danço com a vassoura, afinal elas existem para quê? Decidi então trazer este hábito para o Lounge: Kizomba Saturdays. Para atenuar a saudade da banda.

Preciso da vossa ajuda caros leitores! Para finalmente pôr em dia os Kizomba Saturdays, escolhi a linda canção Preta da Guiné. Mas tenho um pequeno problema: não faço ideia de quem será o cantor desta melodia! Espero que os leitores do Lounge espalhados pelo mundo, mais concretamente em Portugal, Angola, ou Cabo Verde, me possam elucidar. Também espero que Preta da Guiné seja realmente o título deste tema. Lembro desta música desde a muito tempo. Julgo que a primeira vez que a ouvi foi durante umas férias de Dezembro passadas em Luanda, e esta música tocava em todo sítio. Creio que, de tanta ansiedade, comprei a música na rua, e o nome que constava na capa era de um tal “António”. Não podendo na altura comprovar a veracidade deste facto, fiquei a conhecer a música assim mesmo: Preta da Guiné, por António. Nem as pesquisas no Google surtiram efeito. Todavia, é uma kizomba que aprecio e que trás saudade. E mesmo não conhecendo o seu autor, só posso lhe dizer obrigadão por tão bela kizomba. Talvez um dia o meu obrigado chegará a ele...

Kizomba Saturdays Vol. 3 – Zeca Nha Reinalda

Kizomba SaturdaysBelow, the second Kizomba Saturday that I owed you. It’s an exceptional one…

About Kizomba Saturdays: Saturday has always been a day of kizomba. Living in Luanda, there was always a boisterous neighborhood party to go to on a Saturday night, where we would exhaust ourselves dancing kizomba after kizomba, waiting for that special tarraxinha to come on so that we could go slow dance with that girl we have a crush on. Even during the day, the aunts or cousins would put on an album while they cleaned or cooked, dancing spontaneously on the quintal (backyard) while the beans cooked and the fish grilled. I find myself keeping the tradition alive here in the States, where come the weekend I invariably play kizombas, even though I have no one to dance with. I figured I’d bring that tradition here to the Lounge: Kizomba Saturdays.

Zeca Nha Reinalda’s Segunda is one of those epic dance-floor bangers. Sang mournfully and intensely by one of Cape Verde’s most iconic and prolific singers, Segunda is an enticing fusion of funaná and kizomba that is bursting with rhythm and soul. The effort that Zeca Nha Reinalda put into this song is noticeable, especially by those who grab on to their partners and dance across the dance floor to the sound of it. This kizomba is sung in Cape Verdean creole, and Portuguese speakers will recognize several words from it. What I particularly like about this song is the interplay between its funaná and kizomba elements – the accordion gives it an interesting and melodic accent and that beautifully complements not only the kizomba rhythm but also Zeca’s tender lyrics. “Segunda…

Segunda

Eis a outra Kizomba Saturday que vos estava a dever. Disfrutem, mas melhor ainda, dancem!

Sobre o Kizomba Saturdays: Para mim, sábado sempre foi um dia de kizomba. Na banda (Angola), sábado à noite há sempre uma festa de quintal para se ir dançar kizomba ao nosso bel prazer, dançar até as pernas começarem a estremecer de cansaço, dançar até vir aquela tarraxinha que estavamos à espera, e aí sim, podemos parar de dançar e em vez tarraxar com aquela mboa que nos estava a olhar a festa toda. Coisas da banda. Mesmo durante o dia, as tias e as primas botam um CD na aparelhagem com aquelas kizombas que param multidões, e enquanto o feijão ferve e o cacusso grelha, são várias as danças espontâneas no quintal entre primo e tia, sobrinho e irmã, convidado e pato. Porque patos há sempre, até para o almoço de sábado. Aqui nos States, tento, teimosamente, manter a tradição. Acordo aos sábados e boto kizomba na aparalhegam. Meus roommates só me olham. Ja estão habituados. Danço com a vassoura, afinal elas existem para quê? Decidi então trazer este hábito para o Lounge: Kizomba Saturdays. Para atenuar a saudade da banda.

Segunda, pelo Zeca Nha Reinalda, é daquele tipo de kizomba que enche a pista de dança, sempre. Cantada tenramente e com muito sentimento por um dos mais conhecidos e mais prolíficos artistas caboverdeanos, Segunda é uma fusão gratificante de funaná e kizomba, uma fusão cheia de ritmo e soul. O esforço que o kota Zeca faz a cantar esta música não passa despercibida pelos muitos corpos interlaçados que deslizam pelo salão sempre que esta músia toca. É uma kizomba cantada em crioulo caboverdeano, e qualquer pessoa que se expresse em português não terá dificuldades em perceber um pouco da letra. O que mais gosto neste ‘brinde’ é a interactividade entre os elementos do funaná e a kizomba - o acrodião do funaná empresta uma melodia interessante ao ritmo da kizomba, dando lhe um ligeiro acento que vai muito bem com a voz do kota Zeca. “Segunda...”

Thursday, April 29, 2010

Kizomba Saturdays Vol. 2 - Maya Cool

Kizomba SaturdaysI owe you two Kizomba Saturdays since the last one…don’t think I forgot! The first Kizomba Saturday no-show coincided with the AM Roots interview, while the second one wasn’t published for other reasons. Without further ado, Kizomba Saturday Vol. 2!

About Kizomba Saturdays: Saturday has always been a day of kizomba. Living in Luanda, there was always a boisterous neighborhood party to go to on a Saturday night, where we would exhaust ourselves dancing kizomba after kizomba, waiting for that special tarraxinha to come on so that we could go slow dance with that girl we have a crush on. Even during the day, the aunts or cousins would put on an album while they cleaned or cooked, dancing spontaneously on the quintal (backyard) while the beans cooked and the fish grilled. I find myself keeping the tradition alive here in the States, where come the weekend I invariably play kizombas, even though I have no one to dance with. I figured I’d bring that tradition here to the Lounge: Kizomba Saturdays.

This week's edition features one of my favorite popular Angolan musicians, the iconic Maya Cool. His songs are loved by Angolans, and when they come on everyone fills up the dance floor. They usually tell a humorous story than any Angolan, young and old, rich or poor, can readily relate to. Included in this post are two of his most memorable songs, Ti Paciência and Maria Enganadora. I remember when Ti Paciência came out a couple of years ago. It coincided with a trip I made to Benguela with my cousin Victor and my brother Paulo, and we used to drive around the city in our little rented car waiting for this song to come on the radio. It prompted me to buy Maya Cool’s CD. Maria Enganadora is another typical Maya Cool song, and tells the story of a man driven to despair by his cheating wife, for whom nothing he did was ever enough. Press play and enjoy some quality, made in Angola kizomba.

Ti Paciência
Maria Enganadora

Vos devo dois Kizomba Saturdays desde que se publicou a primeira edição desta série…não pensem que esqueci! O Kizomba Saturdays esteve ausente nos dois últimos sábados por razões diversas, incluindo a entrevista aos AM Roots. Apresento-vos então, sem maios rodeios, Kizomba Saturdays Vol. 2!

Sobre o Kizomba Saturdays: Para mim, sábado sempre foi um dia de kizomba. Na banda (Angola), sábado à noite há sempre uma festa de quintal para se ir dançar kizomba ao nosso bel prazer, dançar até as pernas começarem a estremecer de cansaço, dançar até vir aquela tarraxinha que estavamos à espera, e aí sim, podemos parar de dançar e em vez tarraxar com aquela mboa que nos estava a olhar a festa toda. Coisas da banda. Mesmo durante o dia, as tias e as primas botam um CD na aparelhagem com aquelas kizombas que param multidões, e enquanto o feijão ferve e o cacusso grelha, são várias as danças espontâneas no quintal entre primo e tia, sobrinho e irmã, convidado e pato. Porque patos há sempre, até para o almoço de sábado. Aqui nos States, tento, teimosamente, manter a tradição. Acordo aos sábados e boto kizomba na aparalhegam. Meus roommates só me olham. Ja estão habituados. Danço com a vassoura, afinal elas existem para quê? Decidi então trazer este hábito para o Lounge: Kizomba Saturdays. Para atenuar a saudade da banda.

Esta edição destaca o Maya Cool, um dos meus cantores preferidos de música popular angolana. Também é dos mais conhecidos e amados pelos amantes de boa música angolana. Enquanto toca o Maya Cool, a pista de dança nunca fica vazia. As músicas dele normalmente contam uma história engraçada. Ele canta sobre cenas da vida que qualquer angolano, rico ou pobre, ‘ndengue’ ou ‘kota’, aprecia e percebe. Incluídas neste post estão duas das minhas preferidas canções do Maya Cool, Ti Paciência e Maria Enganadora. O Ti Paciência para sempre me fará lembrar Benguela, porque quando esta música estava mesmo a me entrar, disfrutava eu dos sabores e da lindeza da Cidade das Acácias Rubras. Fui lá com o meu primo Victor e o meu irmão Paulo, e enquanto conduziamos pela cidade no nosso ruca alugado, esperavamos ansiosamente que a radio tocasse esta música. Foi por esta razão que comprei o disco do Maya Cool. Ja Maria Enganadora é um som típico do Maya, e a letra fala por si. Carrega no play e disfruta de kizomba made in Angola.

-Photo by Zé Carlos

Sunday, April 11, 2010

Kizomba Saturdays Vol.1 - A Surprise from Pharoahe Monch and Erykah Badu, Among Others

Kizomba SaturdaysSaturday has always been a day of kizomba. Living in Luanda, there was always a boisterous neighborhood party to go to on a Saturday night, where we would exhaust ourselves dancing kizomba after kizomba, waiting for that special tarraxinha to come on so that we could go slow dance with that girl we have a crush on. Even during the day, the aunts or cousins would put on an album while they cleaned or cooked, dancing spontaneously on the quintal (backyard) while the beans cooked and the fish grilled. I find myself keeping the tradition alive here in the States, where come the weekend I invariably play kizombas, even though I have no one to dance with. I figured I’d bring that tradition here to the Lounge: Kizomba Saturdays.

For this segment’s inaugural issue, I want to share with you a very special song which I found out about only recently through Keita’s Song of the Day chronicles on Facebook. Anyone who’s his friend there will know what I’m talking about. I think it was Felipe from AM Roots who asked Keita what’s the name of this kizombafied song by Pharoahe Monch featuring Erykah Badu, to which Keita replied: Hold On. So it wasn’t even my own conversation, I was “eavesdropping” on someone else’s. I promptly found this beauty of a song, Hold On, as track number 11 on Pharaohe Monch’s most recent CD, Desire. Erykah Badu is earthy as always, ever the sensual crooner. What really grabs me about this song, besides the lyrics, is the kizomba-influenced beat. I don’t know where Monch got this beat from, or who produced the track, but I’ll be damned if it doesn’t sound like my Saturday kizombas. It’s reminiscent of other quasi-kizomba songs posted here, including The First Taste by Fiona Apple and Shantytown Carnival by Jehro.

Included with Hold On are three other kizombas that I’m very fond of and that complement the ambiance that Hold On evokes. There’s Fiona, among my top 10 favorite kizomba tracks of all time, by the kizomba/zouk virtuoso Kaysha. Right after that is Bye Bye by Nilton G. , an Angolan artist that I’ve heard very little about in the past couple years. To round up the first Kizomba Saturday is Força de Destino by Suzanna Lubrano and Beto Dias, two artists who create love every time they come together.

Hold On
Fiona
Bye Bye
Força de Destino

Para mim, sábado sempre foi um dia de kizomba. Na banda (Angola), sábado à noite há sempre uma festa de quintal para se ir dançar kizomba ao nosso bel prazer, dançar até as pernas começarem a estremecer de cansaço, dançar até vir aquela tarraxinha que estavamos à espera, e aí sim, podemos parar de dançar e em vez tarraxar com aquela mboa que nos estava a olhar a festa toda. Coisas da banda. Mesmo durante o dia, as tias e as primas botam um CD na aparelhagem com aquelas kizombas que param multidões, e enquanto o feijão ferve e o cacusso grelha, são várias as danças espontâneas no quintal entre primo e tia, sobrinho e irmã, convidado e pato. Porque patos há sempre, até para o almoço de sábado. Aqui nos States, tento, teimosamente, manter a tradição. Acordo aos sábados e boto kizomba na aparalhegam. Meus roommates só me olham. Ja estão habituados. Danço com a vassoura, afinal elas existem para quê? Decidi então trazer este hábito para o Lounge: Kizomba Saturdays. Para atenuar a saudade da banda.

Para o segmento inaugural desta nova série, destaque vai para uma música muito especial, da qual só tomei conhecimento por ler as músicas do dia do Keita lá no Facebook. Quem for amigo dele naquelas paragens saberá do que falo. Estava eu a bisbilhotar numa das músicas do dia do Keita e vi que o Felipe dos AM Roots o tinha perguntado o nome duma tal música kizombificada do Pharoahe Monch, ao qual o Keita respondeu: Hold On. Intrigado, googlei a música e agora ela não me sai da cabeça. Música numero 11 do mais recente album do Monch, intitulado Desire. Ele faz a música com a Erykah Badu, e a voz dela sempre me tira do sério. O que mais me derrete neste som, para além da sua letra, é o beat kizombificado. Não sei onde o Monch foi buscar o beat, ou quem o productor desta música, mas vão ter que me aturar quando digo que isto é kizomba, e se não, anda muito perto disto. Faz me lembrar outras músicas kizombificadas postadas aqui, incluindo The First Taste da Fiona Apple e Shantytown Carnival do Jehro.

Incluídas aqui estão mais três kizombas que me alimentam a alma. Três kizombas que amo. São elas Fiona, do grande Kaysha, que quando saiu Luanda não queria dançar outra coisa; Bye Bye do Nilton G., cantor sobre o qual tenho ouvido muito pouco ao longo dos anos mais recentes; e por último, Força do Destino pela Suzanna Lubrano e o Beto Dias, dois artistas que quando se juntam, sai faísca.


-Photo by Zé Carlos (quem mais?)
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