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Monday, June 13, 2011

Karina Buhr

Karina Buhr, by liliane callegari
Due to the proliferation of  Brazilian artists singing nu-bossa nova and the consumption of such music by the American and European mass markets, many people outside Brazil, especially here in the US, forget that Brazil has a thriving alternative music scene. I'm talking about Brazilian rock, manguebit, forró, axé, punk rock, electro-dub, and several others, as well as a musically explosive and experimental mix of all of the above. Karina Buhr brilliantly espouses this 'new' Brazilian sound in her new CD, Eu Menti Pra Você, the tracks of which left people positively surprised and excited at the latest SXSW festival in Austin, where Karina showcased her exceptional talents. The CD is astounding, a decidedly jazzy electro-punk-rockish break from the bossa nova-esque acoustic music we most readily associate with Brazil.

The songs below highlight the album's aural diversity, as well as Karina's vocal artistry and songwriting abilities. Eu Menti Para Você works well as the album's opener, giving you a teasing taste of what's to come. Nassiria e Najaf and Ciranda do Incentivo meanwhile are two songs I would pick as 'ambassadors' to Karina's musical versatility. The album is 12 songs and roughly 45 minutes long, but in that space of time Karina Buhr packs in some electro-reggae, sings in German, and generally gives you a good impression of the 'other side' of where Brazil is evolving musically. Highly recommended.

Eu Menti Pra Você
Nassiria e Najaf
Ciranda do Incentivo

Muita boa gente aqui nos States pensa que a grande maioria da música brasileira é a nu-bossa nova que prolifera pelos Starbucks espalhados por aí. É este o estilo de música brasileira mais consumida pelos grandes mercados dos EUA e Europa. Mas a realidade é que a chamada música alternativa brasileira está a atravessar um momento incrível, e muitos aqui não conhecem esta faceta espectacular da música brasileira contemporânea. Falo de fusões de rock, manguebit, forró, axé, punk rock, electro-dub, o fenómeno 'beirutando', e por aí em diante. A brilhante cantora Karina Buhr representa esta nova vaga de músicos brasileiros, e o seu CD de estreia, Eu Menti Pra Você, mostrou aos fãs do festival SXSW (em Austin) o seu talento excepcional. O CD é uma mistura única, uma sonoridade que tem elementos de jazz, electro-punk, e rock, e não aquela bossa nova electro-acústica que mais associamos com o Brasil.

As músicas acima destacam a diversidade auricular do álbum, bem como a mestria vocal e escrita da Karina. A música Eu Menti Pra Você faz um bom papel como a primeira canção do álbum, dando-nos um cheirinho do que podemos esperar para o resto da nossa viagem pela mente e alma desta cantora. Nassiria e Najaf e Ciranda do Incentivo mostram a vertente mais 'rockeira' da artista, e são as duas músicas que eu acho que melhor espelham a sua versatilidade. O álbum tem 12 faixas e leva 45 minutos de princípio ao fim, mas neste espaço de tempo a Karina ainda consegue nos imbutir com um bom electro-reggae, uma música em alemão, enfim, uma ideia e um sentimento que a música brasileira está a evoluir para uma coisa interessantíssima de se ouvir. Recomendo com prazer.

Karina Buhr on Myspace
karinabuhr.com.br

Wednesday, September 29, 2010

Jazzmática

Their name gives us a clue of the type of sound they create: Jazzmática combines elements of jazz and hip-hop, but also dabbles in a diverse array of styles, such as neo-soul, nu-jazz, funk, bossa nova, reggae, afro-jazz and others. They're another example of Angola's thriving alternative music scene and might even remind you a bit of Afrologia. Their frontman, Helder Faradai, likes to refer to his band as "a matemática do jazz", or "the mathematics of jazz", which is where the band name comes from. Jazzmática has been around since 1999, slowly honing their sound and battling the many difficulties that come with creating music in Angola. They've been playing live here and there, appearing in Espaço Bahia, being featured in mixtapes and compilations, but thankfully their EP is due out later this year. A visit to their Myspace and their Soundcloud will give you a fresh taste of their music; my favorite song of theirs, Apenas Sei, features Rossana Rapozo and has a certain A Tribe Called Quest vibe to it.


Apenas Sei

O nome da banda já nos dá uma ideia do tipo de música que ela toca. Jazzmática é uma banda experimental que funde elementos de jazz e hip-hop, mas que também adiciona outros ritmos e estilos ao seu cocktail sonoro, tais como neo-soul, nu-jazz, funk, bossa nova, reggae, afro-jazz, enfim, misturar a música é uma coisa bela. São mais um exemplo da música 'alternativa' que se faz em Angola, a música que vale alguma coisa, aquele tipo de música que é feito com dedicação, suor, e amor. Talvez até te façam lembrar dos Afrologia. Diz-nos um dos membros da banda, o Helder Faradai, que o seu som é uma fusão de "jazz e matemática", daí o nome. Diz-me também o Helder que já existem desde 1999 mas que por vários motivos alheios ao seu control ainda não puderam lançar o tão esperado album; o mesmo deve saír ainda antes do fim do ano. Mas pelo menos conseguiram espalhar a sua música, a sua arte, por aqui e acolá, fazendo parte de mixtapes,  cantando com outros músicos, dando concertos no Espaço Bahia. Recomendo vivamente uma visita ao seu Myspace e Soundcloud para se ouvir mais sonoridades jazzmáticas, e aqui no Lounge deixo-vos com Apenas Sei com a participação da Rossana Rapozo, a minha música preferida deles. É tipo A Tribe Called Quest, versão angolana.

Monday, March 1, 2010

Late Nite Lounge Vol. 15: Catya Maré

Catya Maré
The music that this Danish musician creates is beautiful. Catya Maré does an amazing music thing with her violin - she gives it a voice. I've never really listened much to classical music nor its more modern reinterpretation, which is Catya's genre of choice. But what makes her album appealing is how accessible it is: it's her violin mixed with electronica, jazz, Celtic, and new age, among other genres. I think the powers that be call it "classical crossover", and her music has won her several musical awards. It's a soothing listen, and it goes well with those dark, cozy, quiet, winter nights. Light Longing is a lovely companion for that sort of evening, a unique expression of love where the words are sung by her violin. It's on her latest album, Destination Love, available in all those good places where good music is sold (iTunes, Amazon, etc)

Light Longing

A música que esta senhora dinamarquesa cria é linda. Ela chama-se Catya Maré e faz do seu violino a sua voz, dando lhe sentimento, emoção, ternura, em fim, dando-lhe vida. Nunca fui grande consumidor de música clássica, que é a sua fonte de inspiração. Mas um dos pontos fortes da música da Catya é que a mesma é acessível, já que mistura o violino com genres modernos, incluindo a electronica, o jazz, o new age, o Celtic, e por aí em diante. Os críticos chamam isso "classical crossover", e a sua música ja ganhou vários prémios. Destination Love, nome do seu CD mais recente, é daqueles discos que depois de um dia particularmente cansativo, ou numa destas noites frias de inverno, caem como água. Light Longing, a música aqui incluída, é perfeita para este tipo de noite...uma carta de amor onde as palavras são escritas por um violino. Consta no tal Destination Love, album que pode ser comprado em todos os sítios do costume (iTunes, Amazon, etc).

Catya Maré on Myspace
Catya's official site

Tuesday, December 29, 2009

Bossacucanova

BossacucanovaDJ Marcelinho da Lua on the turntables, Mário Menescal on bass, and Alexandre Moreira on the keyboards make up one of the most talented and adventurous electronica bands in Brazil, with a kick-ass name to boot. Bossacucanova, they call themselves. This audacious trio has been remixing timeless bossa nova classics and also offering original grooves of their own, taking us along an aural journey of breakbeats peppered with ukulele flair, turntablism doused with sensual bossa flavor, electronica with breathy Portuguese vocals. Bossacucanova have released three albums, but my favorite, the one that really gets me, is Uma Batida Diferente, their latest one. A quick peek at the cast of characters shows us names like Zuco 103, Marcos Valle, Cris Delanno, Max de Castro’s brother Simoninha, and Celso Fonseca, just to name a few; once you pop it in your stereo on a sunny summer day in Luanda, it’s hard to turn the thing off.

My three favorite songs of the album are featured below. Feitinho Pro Poeta is the band’s reinterpretation of a Baden Powell and Lula Freire composition, and it’s the first song I heard of this album, which plays beautifully from start to finish. Next is Cris Delanno’s version of Águas de Março, that marvelous bossa nova classic that Elis Regina sang so well many years ago and which remains as sweet and genius as it did back then. Dalanno, who’s Brazilian-American, makes it sound almost as good even though she sings it in English. To round things off nicely is the beautiful, jazzy, Previsão, one of the most played songs in my iPod. It features Adriana Calcanhotto and is maybe the best track on the entire CD, which is no easy feat. These pieces of aural sunlight might turn even the winterest of days into a warm, balmy Rio experience – a caipirinha will definitely smooth things along.

Feitinho Pro Poeta
Aguas de Marco
Previsao

DJ Marcelinho da Lua na mesa de misturas, Mário Menescal no baixo, e Alexandre Moreira nos teclados formam uma das bandas mais talentadas e aventureiras do movimento electrônico do Brasil, com um nome a maneiras. Chamam-se Bossacucanova, e aposto que ninguém o esquecerá. Desde o seu primeiro disco juntos, este trio ousado tem estado a compor remixes dos mais admirados temas do estilo bossa nova, mas também fazem canções originais. As suas composições fazem uso do tradicional misturado com o comtemporâneo – ukeleles e breakbeats no mesmo som, ritmos electrônicos com sabor a bossa, downtempo cantado em português ofegante. Os Bossacucanova já lançaram três discos, mas o meu preferido de longe é Uma Batida Diferente, o seu disco mais recente. Se dermos uma olhada rápida para a lista de convidados veremos nomes como Zuco 103, Marcos Valle, Cris Delanno, Simoninha, irmão de Max de Castro, e Celso Fonseca, entre outros. Quando metes o album no stereo num dia ensolarado de Luanda, é difícil tirá-lo de lá.

Os meus três sons preferidos deste lindo album, em que nenhuma canção precisa de ser avançada, estão acima. Feitinho Pro Poeta foi a primeira canção do disco que eu ouvi, no Pandora Radio; é a reintrepretação da composição de Baden Powell e Lula Freire, com o mesmo nome. A seguir está a música imortal de Elis Regina, Águas de Março, cantado em inglês com um sotaque fabuloso por Cris Delanno, que nasceu nos EUA de pais brasileiros. Não chega a ser tão boa como a versão Regina (ja que isto seria impossível) mas nunca pensei que esta música pudesse ser cantada noutra língua sequer. Para terminar temos Previsão com a participação de Adriana Calcanhotto, uma música muito bonita inspirada tanto por ritmos brasileiros como pelo jazz. É talvez a melhor canção do álbum. Estas músicas estão garantidas a aquecer os dias mais frios e cinzentos e ja dá pra fingirmos que estamos no Rio...uma caipirinha ajuda imenso, claro.

Photo: Bossacucanova no Morro da Urca, by rvkruger

Bossacucanova online
Bossacucanova's profile on their label, Six Degrees
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