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Saturday, August 25, 2012

Batida 'ta sair bem...!

O Público disse isso acerca da actuação do grupo Batida no festival Bons Sons, na aldeia portuguesa de Cem Soldos:
Um concerto dos autores de Dance Mwangolé não é simplesmente um concerto. É uma vibrante celebração musical, uma performance activista, um festim de ritmo e de dança. Os sons da Angola da década de 1960 e 1970 transformados matéria do presente: o ritmo electrónico dos musseques, o kuduro agora globalizado, entra na dança, as imagens de arquivo projectadas ganham cor de pinturas tribais e, enquanto a dikanza (conhecemo-la como reco-reco) e as congas se lançam à base rítmica popular da música, a batida electrónica e as vozes (ora hip hop apontado ao coração do poder angolano, ora chamamento para repetir por quem ouve – “Yumbalá!”) transformam esta música numa síntese de tempos e estéticas irresistível.

Frente ao Palco Lopes Graça, ancas meneavam o melhor que podiam, crianças mexiam-se, homens feitos em tronco nu entregavam-se a toda aquela luxúria rítmica. Houve “combate” entre dançarinos e dança de máscaras tribais, houve homenagem a Luaty Beirão, o Ikonoclasta, membro de Batida que é actor importante na mobilização da sociedade civil angolana e nome deveras incómodo para o poder de Eduardo dos Santos, houve uma celebração imensa da vibrante cultura musical angolana que contagiou a multidão que assistia. No final, Pedro Coquenão, Birú, Catarina Limão e restantes comparsas reduziram tudo ao essencial: só as vozes, a dikanza e as percussões. “Batida!”, gritaram, primeiro. “Cem Soldos”, gritaram por fim.
Podem ler o resto do artigo aqui. Já agora, fica aqui o som Yumbalá para agitar um pouco o vosso sábado.

Yumbala (Nova Dança)

Sunday, July 22, 2012

Ikono no Okayplayer, Nancy Vieira no Womex, Batida no Soundway!!

É o que digo, música lusófona está bateire. Recebi duas excelentes notícias do blog dos manos do Grasspoppers, Afro LX, um blog que muito aprecio, e a terceira notícia recebi do Okayplayer em formato de entrevista a um mano que muito admiro. Detalhes em baixo!

It's what I keep saying, music in Portuguese is going places. If it's not "there" already, wherever "there" is. I got two pieces of excellent news from one of my favorite blogs, Afro LX, run by my brethren from Grasspoppers, and the other from Okayplayer:


A cantora caboverdeana Nancy Vieira foi selecionada para fazer parte no WOMEX, prestigiando assim o evento com a sua linda voz e cimentando o seu lugar como uma das cantoras mais importantes daquele arquipélago;


Nancy Vieira of Cape Verde was invited to play in WOMEX, further establishing herself as one of the islands premiere voices;




A banda luso-angolana Batida assinou pela Soundway Records e tem agora a possibilidade de espalhar o seu "vintage kuduro" para uma audiência verdadeiramente mundial; estou muito feliz pelos gajos, que neste preciso momento se encontram na Europa a tocar mambos como Alegria a personagens que nunca antes tiveram contacto com este tipo de energia;

Batida has signed for international record label Soundway Records, which further allows them to disseminate their highly contagious, infections brand of kuduro which is unlike any other; at this precise moment they're doing a tour of Europe, playing stuff like Alegria, the likes of which their awe-struck audience has never even fathomed;




Por fim, o mano Ikonoklasta (Luaty Beirão) foi entrevistado por nada mais nada menos que os bradas do Okayplayer/Okayafrica, que tomaram interesse no facto que o mesmo sofreu uma tentativa de incriminação com o agora já famoso caso da cocaína na roda da bicicleta. A entrevista fala também sobre a repressão violenta e criminosa que estão sujeitos o Ikono e seus amigos, repressão esta que conta com o apoio estatal angolano.


And lastly but certainly not least, Ikonoklasta (Luaty Beirão) was interviewed by Okayplayer/Okayafrica regarding the brutal violent and criminal state-sponsored repression he and his friends have been subjected to since they decided to test their civil rights in Angola

Monday, August 30, 2010

Caipirinha Lounge Interview: Conductor, "O Nosso Timbaland"

Foi prometida há uns meses atrás mas não é à toa que o Andro de Carvalho (aka Conductor) é o homem do momento, o productor andava mesmo busy. Segue, na íntegra, a interessante entrevista com o que considero ser o melhor productor angolano, onde o mesmo fala das suas origens pelo mundo do hip-hop, a sua viagem pela experiência do kuduro e a sua explosão mundial, e alguns dos seus futuros projectos. Disfrutem e comentem!

As Origens

Como surgiu a tua relação com a música?

Acho que tudo começou muito cedo, conta a minha mãe que sempre gostei de tocar em instrumentos, guitarra, pianos eléctricos, etc etc etc, mas em termos de compor e tocar mesmo de um modo mais sério foi em 1996 que em Cuba aprendi a dar uns toques de guitarra com um tio.

Como surgiu a sua paixão pelo hip-hop?

Lembro-me por volta de 1993-1994 em Luanda ouve um boom do "eu queria um Ferrari amarelo" do Gabriel o Pensador e a partir dai que fui me sentindo intrigado com essa forma de "falar por cima das melodias". Já havia algum contacto prévio mas mais mesclado no explosão internacional com o "I've got the power" e outras coisas do género mas só prestei mais atenção quando ouvi em português.

Quais foram as suas primeiras grandes influências no hip-hop mundial?

Basicamente não havia muito por onde escolher, naquela altura a praça do Kinaxixi e alguns amigos tinham algumas coisas engraçadas como Snoop, Tupac, Fu-Shnikens e pouco mais do género. Acho que so em 1996 prai é que tive contacto com discos de rap americano, o Luaty (Ikonoklasta) tinha um stock grande e gravava-me algumas cassetes.

E no hip-hop lusófono?

Gabriel o Pensador e SSP acho que foram o primeiro "choque com o rap em português". Depois ouvi Black Company e fui ouvindo pouco a pouco o que se fazia no universo do rap angolano. Não acompanhei muito o desenvolvimento nessa altura do rap angolano porque estava focado noutras coisas mas arrependo-me profundamente.

O Hip Hop

Descreve-nos o teu trajecto dento do mundo do hip-hop angolano?

Bem, depois de vir para Lisboa viver e ja estar mais dentro do movimento e dos "canones" da cultura, acabei por re-encontrar o Luaty (que tinha sido meu colega de escola) e ele me apresentou uma nova face do rap angolano, Mc Kapa, Filhos da Ala Este, Hemoglobina, etc etc etc... Acabei por entrar em contacto com alguns deles e pouco a pouco fui produzindo para alguns destes artistas, eu tinha pouco mais de 1 ano de produção quando fiz metade do disco do Mc Kapa (Trincheira de Ideias) e bem... dai para a frente fui sempre dando o meu contributo quando me fosse pedido, Kid MC, Mc Kapa, Leonardo Wawuti, Keita Mayanda, Phay Grande, Ikonoklasta, etc etc etc

Quando e como surgiu o Conductor como productor e não só MC?

Eu comecei a produzir em 2000-2001, um grande amigo, o Loxe, mostrou-me o Fruity Loops e fui mexendo mais e mais na altura já tocava um pouco de guitarra e fui só misturando o que bem me apetecia com o "como deve soar". Lembro-me de samplar uns desenhos animados manga e me sentir o Madlib português... Hahahhahahaha.. o tempo passa não haja dúvida disso...

Como Mc comecei em 1998, assim que cheguei a Portugal conheci alguns rappers do circuito tuga e comecei a fazer algumas coisas com eles, freestyle, algumas rimas escritas, etc etc.. mais tarde fiz parte de um grupo chamado Nova Trova com uns amigos mas acabamos por nos separar.. A dada altura comecei a prestar mais e mais atenção ao rap que se fazia em Angola, acho que sempre senti mais "espaço para crescer", havia menos "barreiras psicológicas" e o pessoal sempre foi mais dado a experimentação sem usar bases de referencia.

Pensas ser melhor a cantar ou a produzir?

A produzir sem sombra de dúvidas, não acho que seja um mc exímio nem nada do género, acho que me preocupo demais com o quanto a mensagem que quero transmitir vai ser recebida.. e isso acaba por me dificultar o processo de espontaneidade que faz falta para embelezar o flow. No entanto, tenho alguma facilidade a fazer freestyle e acho que talvez ai me sinta um bocado melhor..

Como avalias a tua evolução como productor?

Eu acho que devem ser os ouvintes a decidir isso...

A meu ver, compor ou mesmo produzir é um processo que passa por fazes, no principio queres soar como alguma coisa, depois começas a criar a tua "imagem de marca" e só mais tarde é que percebes o porque não és "ouvido" como querias. Acho que a limitação é só parte da mente, tudo é possível e fazível e acho que nunca me deixei gerir pelas regras que limitam os géneros, hoje em dia estou muito mais concentrado na qualidade de som, mistura e gráficos do que a uns anos atrás mas ao mesmo tempo acho que é mais simples ser ouvido quando soas bem...

Quais são as producções tuas no hip-hop de que mais te orgulhas?

Eu vou te Queixar - Conjunto Ngonguenha
Eu Vou Te Queixar

After Hours - Tekilla
Faz parte do Hustle - Força Suprema

E o rapper com que mais gostas de trabalhar, seja por motivos criativos ou outros quaisqueres?

Há vários tipos de artistas...

o Ikonoklasta tem sempre aquele desafio e aquela ideia complicada que vai demorar a criar mas cujo resultado final vai ser extraordinário. O NGA é sempre aquele mc que me surpreende sempre, é eficiente, tem uma escrita muito fluída e de rápido impacto e tem um tempo de entrega surpreendente.. 15 minutos por som, dobras, adlibs, coro.. é incrível.

Como avalias a qualidade productora do hip-hop lusófono em geral?

Acho que há produtores muito bons e acho honestamente que é o pilar que mais tem desenvolvido nos últimos anos, os beats soam cada vez mais a beats e a mistura vem evoluindo a longos passos. Kilú, Bambino, Sandokan, Aires, Eliei, Sam The Kid, Nave, Marechal têm sem dúvida nível para representar a lusofonia num evento de produção mundial.

Que planos e/ou projectos tens para o futuro como productor?

Projectos ha sempre milhares e milhões.. de momento estou a finalizar um projecto com os Força Suprema, vai se chamar "Faz Parte do Hustle", outra brincadeira com Edu-ZP que é um dos melhores rappers angolanos a meu ver e também um disco com Supremo G que vai se chamar "Regresso ao Futuro"... estes são os que tem andado, porque na gaveta há sempre mais uns tantos..

Conjunto Ngonguenha
Nos os do Conjunto
Como surgiu a ideia do Conjunto?

A ideia do Conjunto apareceu em 2002 entre conversas de internet e ideias idiotas e estúpidas que todos tínhamos em comum. Chamar de Conjunto foi apenas uma forma de não sermos outra crew e ao mesmo tempo de darmos aquele props a geração passada.

Como definiarias o seu propósito e a sua fonte de inspiração?

Acho que de uma forma muito natural nós somos bastante idiotas, passamos a vida a rir e a reparar e reclamar ironicamente da vida que vivemos e das coisas que acontecem a nossa volta. Somos uns realistas estupidamente rappers. Basta passar umas horas connosco para perceber de onde aparecem os temas e de que forma as coisas são escritas, acho que há mais demora na parte da produção, corte-e-costura e montagem do que na hora de encontrar uma fonte de inspiração.

Qual foi a reacção do público ao vosso primeiro CD? Estavas à espera desta reacção?

O público teve uma reacção muito lenta, os meios de promoção na altura eram quase inexistentes e lembro-me de termos vendido 200 copias no dia do lançamento oficial do disco em Luanda. Mesmo em Portugal as coisas não foram muito diferentes, o disco só esgotou efectivamente uns 2 anos depois do seu lançamento e foi quase só ai que nos apercebemos da reacção das pessoas a música, acho que foi um produto difícil de digerir.

A nossa grande admiração foram artistas de meios bastante fora do nosso terem escolhido o disco como disco predilecto do ano e sermos bem recebidos por grupos como os Cool Hipnoise, Prince Wadada, Terrakota, Sara Tavares ou mesmo 1-Uik Project, que dizem ser uma grande inspiração para o trabalho que fazem.

O vosso som ‘É Dreda Ser Angolano’ inspirou um documentário do mesmo nome bastante bem recebido. Será que o seu sucesso surpreendeu-te, ou perspectivavas algo assim?

O projecto foi filmado por nós e acabou por ser editado e lançado pela Fazuma, editora independente do mercado português. Acho que era de esperar uma boa recepção, as filmagens foram feitas de forma a captar o quotidiano angolano e para muitas pessoas ainda é um mito perceber como o pais sobrevive e como muitas pessoas vivem e como os prédios escondem, pisam e soterram os musseques e o modo de vida de muitos cidadãos angolanos. Claro que receber prémios etc etc nunca nos passou pela cabeça, mas é como dizemos, a realidade de uns é o teatro da vida de outros..

Definirias o Conjunto Ngonguenha como um trabalho discógrafico com conotações sócio-políticas?

De certo modo sim mas não me parece que façamos um trabalho direccionado para esse campo. Nós apenas falamos do nosso dia a dia, dos nossos problemas, das nossas cicatrizes de infância etc etc, acabamos por ser críticos e satíricos porque é assim que somos naturalmente, o angolano de forma natural é um "aceitador" e nós somos um pouco mais críticos mas é tudo feito sem esse link directo..

Que planos tens para o futuro do Conjunto? Pensam fazer mais documentários?

Já pensamos, mas como tudo o que acontece com o Conjunto, o tempo e a forma de fazer as coisas é muito nossa... O Conjunto vai começar a se concentrar em fazer um evento em Luanda no fim do ano e em espalhar mais e mais a semente que atiramos na Ngonguenhação.. Ainda temos 2 temas por fazer por isso ainda poderão esperar alguma coisa a passar ai pelo ar..

Buraka Som Sistema
Como tem sido a tua aventura pelo mundo do kuduro? Encontras semelhanças às tuas origens no hip-hop?

O mundo é do kuduro dentro de Angola, para nós da Buraka é o mundo da música electrónica (ou música urbana como chamamos), estamos no mesmo palco que os Daft Punk, Major Lazer, Crookers, MIA, Sinden, Benga.. é apenas diferente, é um mundo de espectáculo altamente direccionado a música de impacto e de dança. Desde o momento que tens mc's com microfones a fazer o público se mexer e vibrar seja que tipo de som seja para mim há uma ligação directa com o hip-hop, afinal a base é a mesma.

Acho que o kuduro hoje em dia representa melhor o quotidiano angolano do que o hip-hop que temos feito. Há mais originalidade e criatividade pelo menos sem sombra de dúvidas e é claro que é a maior expressão cultural que o país tem a décadas.

Como surgiu a idea para o Buraka Som Sistema?

A ideia surgiu no sentido de apresentar as noites Lisboetas a batida que se ouve nos clubes africanos, tudo começou com festas onde Dj Riot e J-Wow faziam de dj e o Kalaf e eu fazíamos de mc's a criar um hippe a volta do som em si. Depois de alguns eventos esgotadíssimos e a pedido do público acabamos por nos concentrar em fazer músicas para ilustrar o que estava a acontecer. E dai foram aparecendo pouco a pouco o Yah, Wawaba, Sound of Kuduro e o Kalemba (Wegue)...

Como defines o som dos Buraka?

Buraka Som Sistema faz música urbana, eu não consigo ver as coisas de outra forma, não vejo muita diferença entre o que nós fazemos (em termos conceptuais) e o que acontece no Baile Funk, o Kwaito, o Sakousse, Reggaetón, Nueva Cúmbia, Baltimore, Grime, Dubstep, Drum'n'Bass, Funky-House... são todos géneros suburbanos começados por miúdos em frente a um computador a tentar misturar o som que ouvem todos os dias com o som que não lhes sai da cabeça...

Qual a avaliação que fazes acerca do sucesso que o Buraka tem estado a granjear pelo mundo?

Há muito trabalho duro por traz do nome Buraka Som Sistema, há muitas noites sem dormir e muitos sacrifícios por parte de todos, há equipas e mais equipas a trabalhar e a bater com a cabeça na parede para fazer com que o plano funcione. Para além disso há a força de vontade dos músicos e da própria banda para que as coisas aconteçam sempre da melhor forma possível, a organização e pensar grande são sempre a base de tudo, é só o que tenho a dizer.

Espanta-te a forma como o kuduro está sendo tão bem aceite mundialmente pelas mais diversas pessoas?

Acho que África é o centro de atenções do que está a acontecer musicalmente dentro da música electrónica a uns 2, 3 anos. Nós simplesmente viemos trazer uma outra face dentro de tudo o que as pessoas tem vindo a ouvir.

A forma como apresentamos o nosso espectáculo é também um grande trunfo dentro do que fazemos, poder ir ao Japão, Russia, México, Estados Unidos etc etc e dar a conhecer as cosias da mesma forma como damos em Portugal demonstra que temos um show forte e isso acaba por se reflectir também no sucesso que temos tido.

Descreve-nos a energia dum concerto dos Buraka? Qual foi a cidade do mundo que mais se rendeu ao vosso espectáculo? E qual foi a cidade em que mais gostaste de actuar?

Cidade do México, Paris e Bélgica são sempre lugares onde um show de Buraka é 300%. O set do concerto é quase non-stop e tem muita coisa a acontecer, acho que é difícil ficar parado (pelo menos é como muitas pessoas o descrevem), o clash entre a bateria e o computador acaba por criar uma vibração sonora muito dinâmica e isso se reflecte na reacção das pessoas aos comandos dos mc's.

Há quem acha que o Black Diamond tem uma mensagem um pouco política. Concordas?

Acho que de um modo indirecto o disco acaba por ser reflexo dos mc's que cantaram nele e tendo um leque tão diverso e tão completo de convidados acaba por ser um pouco mais social que político. O nome parece um pouco tendencioso mas apareceu sem querer sobre a ideia da rocha que pode ser um diamante mas pelo seu aspecto rude não é valorizada por ninguém (um bocado o que acontece com o género kuduro e com outros ao redor do mundo).

Como foi feita a aproximação à MIA? O que ela achou do kuduro dos musseques luandenses, que é diferente do kuduro dos Buraka?

A MIA ligou para o estúdio porque queria ter um kuduro no disco que estava a gravar na altura (Kala) e nós começamos a trabalhar com ela mas devido a um desentendimento de timings o som acabou por não sair, aí nos adaptamos a coisa para o nosso disco e assim fizemos o "Sound of Kuduro". Ela não chegou a ir para Luanda, foi lhe recusado o visto umas 3 ou 4 vezes, no fim de contas usamos umas imagens dela no estúdio e duma viagem que ela fez pela Índia.

Qual o teu som preferido dos Buraka Som Sistema?

Há vários, eu gosto da participação do Bruno M, o "Tiroza", gosto do "Luanda/Lisboa"e o Remix que fizemos do "Make it, Take it" de Amanda Blank

Luanda-Lisboa

Como perspectivas o futuro dos Buraka?

Estamos na fase mais criativa do próximo disco da Buraka e acho que vamos entrar numa onda mais melódica do que de impacto, não gostamos de nos repetir e acho que isso vai se notar um bocado no produto final. Esperamos continuar com os shows no próximo ano e continuar a fazer as pistas tremer com a nossa música.

Conductor the Man

5 MCs que respeitas, em Angola e no estrangeiro?
Angola - Leonardo Wawuti, NGA, Mc Kapa, Phay Grande & Bruno M
Estrangeiro - Drake, Mos Def, Elzhi, Ludacris, The Game

5 artistas que ouves quase que diariamente?
Marcia, The Game, Drake, Irmãos Almeida & Matias Damásio

Album de hip-hop preferido?
The Game - Doctor's Advocate

Album preferido, excluindo o hip-hop?
Márcia – Márcia

Cidade preferida?
Tokyo

Livro preferido?
7 Minutos, de Irving Wallace

Líder mundial preferido, e porquê?
Presidente Gasolina e Príncipe Ouro Negro, porque nem tudo tem que ser político...

Pensamento do dia:
"Morrer é burrice, no caixão faz calor"

Batida

Dance MwangolêAs promised late last week, here's the post on Batida. It all started as a weekly radio show hosted by DJ Mpula on Portugal's Antena 3 station. Batida, as the show was known, focused on African and Afro-inspired urban music, ranging from kwaito to kuduro, dancehall to Brazilian Funk. It didn't take long for the program to turn into an actual project, complete with a CD. DJ Mpula of the Fazuma family and producer Beat Laden teamed up with the cream of the crop of Angola's authentic kuduro and hip-hop scene, including Sacerdote, De Faia, Ikonoklasta, and Bob da Rage Sense, and set about remixing and sampling Angolan classics from decades past (just like Comfusões) into insanely danceable, high energy, brain-warping beats. Pure batida, as the kuduro sold on the streets of Luanda is known as.

Alegria is without a doubt the best song on the Dance Mwangolê album, the first and only album under the Batida banner. It builds up luxuriously before exploding into a cornucopia of vintage, psychedelic, semba-twinged kuduro, accented with an electric guitar of sorts and a humorous loop:

Eu vou dançar com alegria
(I'm going to dance with joy)
A música do gatuno. (The song of the robber).

Turn up your headphones and experience what Luanda sounds like. You can watch the video of the song here. And as much as Alegria is the jam to end all jams on the Dance Mwangolê record, be sure to check out Puxa, another well done track that features Angolan oldies and a bass heavy rhythm.

Alegria
Puxa

Como prometido na semana passada, aqui vai o post acerca da Batida. Tudo começou com um programa de rádio semanal do DJ Mpula na estação de rádio portuguesa Antena 3. Batida era o nome do programa, e procurava divulgar a música urbana africana ou pelo menos inspirada pelos ritmos africanos, tais como o kwaito, o kuduro, o baile funk, o dancehall, e por aí em diante. Não demorou muito para que o programa virasse projecto, com CD e tudo. O DJ Mpula da familia Fazuma e o productor Beat Laden convocaram nomes pesados do mundo do kuduro e hip-hop autêntico de Luanda, como o Sacerdote, o De Faia, o Ikono e o Bob da Rage Sense, e embarcaram na missão de remixar e samplar clássicos angolanos de outras décadas (um pouco como o Comfusões) e transformar-lhes em batidas explosivas, energéticas, fora de série e estúpidamente dançáveis.

O melhor brinde do álbum Dance Mwangolê, o único até agora lançado pelo projecto, é sem dúvida Alegegria. Começa com a simples batida, mas cresce diante de nós a cada momento em que um novo som ou instrumento é adicionado à batida, até que depois ela explode num festival de kuduro psicodélico com sabor ligeiro a semba e uma guitarra tipo eléctrica que veio mesmo a calhar. E o loop:

Eu vou dançar com alegria
A música do gatuno.

Aiué. Levanta o volume e escuta uma faceta de Luanda. Podes até ver o vídeo aqui mesmo. E mesmo sendo Alegria o melhor brinde do disco, apanha mesmo o álbum porque todas as músicas são boas. Incluindo Puxa, também incluída neste post. Outra track com um baixo lixado e um ritmo alucinante.

Batida on Myspace
Batida on baga-baga blog (here you can read more about its history)
Batida is available online on iTunes, Amazon, and even Mondomix

Saturday, August 28, 2010

Caipirinha Lounge Cinema: Alegria, by Batida

It's impossible to listen to this jam sitting down. Damn! Psychedelic kuduro with traces of semba. It's like Angola itself was sampled for this hell of a beat, and it's image of beautiful chaos captured on film. The post about Radio Fazuma's Batida Project is coming soon...watch this space! And here's to a Saturday morning as happily explosive as Alegria.

Batida - "Alegria" from Fazuma on Vimeo.

É impossível ouvir isso sentado. Fogo! Kuduro psicodélico com traços de semba. Angola samplada num só som, e a imagem a espelhar o carnaval Luandense. Vem aí o post acerca do Projecto Batida dos manos da Rádio Fazuma, do qual sou um 'ganda fã'. Que tenham um sábado tão cheio de energia como a que esta música e vídeo transmitem. Mantenham-se sintonizados!
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